LEALDADE HUMILDADE PROCEDIMENTO

Minha foto
São Paulo, Mooca - SP, Brazil
Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

domingo, 13 de junho de 2010

A aventura de Lulinha no Estoril de Portugal




LULINHA foi considerado uma das maiores promessas do futebol brasileiro, depois de ter sido uma das figuras na Copa América de Sub-17 e ter despertado o interesse de clubes como o Barcelona ou o Chelsea. Renovou contrato com o Corinthians, com uma cláusula de rescisão de 33 milhões de euros, mas não explodiu como era esperado e agora está emprestado no Estoril-Praia.

O jornal Público procurou saber junto de várias fontes como se explicava que um dos jovens mais promissores do futebol brasileiro acabasse nnum clube de uma divisão secundário portuguesa. O próprio jogador diz que sentiu necessidade de sair do seu anterior clube e sente-se satisfeito no Estoril. "Não é que eu tivesse vontade de sair, eu precisava sair do Corinthians. Sinto-me tranquilo. O treinador dá-me muita liberdade dentro de campo para correr, para jogar e finalizar. Acho que hoje tenho a confiança que não tinha no Corinthians", revela o jovem, que depois explica melhor como era a sua situação no clube brasileiro. "Desde que sou profissional, esta é a época em que estou com mais ritmo de jogo, já são 13 jogos a jogar directo. No Corinthians jogava um jogo, ficava três sem jogar, depois entrava 15 minutos em outro jogo. Para o jogador é muito importante ter ritmo para ganhar confiança e conseguir fazer os golos", garante.

O técnico do Estoril, Neca, considera que o jovem brasileiro tem um potencial muito grande mas que necessita de melhorar aspectos como a cultura táctica. "E confiança, claro. Estou convencido de que foi vítima das expectativas que se criaram à sua volta demasiado cedo. Mas tem tudo para ser um grande jogador", acrescenta.

Já Luis Freitas Lobo, conhecido comentador de futebol e que acompanha os talentos um pouco espalhados por todo o Mundo, também se mostra surpreendido em como um talento com Lulinha acaba por chegar ao Estoril. "Para mim é um mistério como é que um jogador com esta qualidade vem parar ao Estoril", refere.

Mas a II Liga portuguesa tem mais talentos jovens, além de Lulinha. Um desses casos é o de Pizzi, emprestado pelo Sporting de Braga ao Covilhã, e que muitos treinadores acreditam ter tudo para vingar no futuro. "É necessário desenvolver as suas capacidades competitivas e a Liga de Honra é um teste, uma prova exigente e que permite aos jovens crescer", começa por dizer LUIS MARTINS, coordenador do futebol jovem dos arsenalistas. "É importantíssimo que se encontrem numa equipa que os coloque a jogar. Se passarem esta fase apenas a treinar-se não atingem os mesmos níveis competitivos", acrescenta um responsável de futebol jovem da Federação Portuguesa de Futebol.

Além destes casos, muitos outros desenvolvem as suas capacidades na II Liga portuguesa, onde podem ganhar ritmo competitivo na difícil etapa entre o futebol de formação e o profissional. O mesmo jornal consultou vários treinadores da Liga Vitalis, que consideram que Pizzi é um dos mais promissores talentos que aparecem a surgir naquele campeonato, tal como os internacionais sub-21 Pedro Moreira e Rui Pedro, ambos cedidos ao Gil Vicente.