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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

domingo, 13 de junho de 2010

1928: Satanás, ídolo e muralha corintiana

Gilmar, Leão, Dida, Ronaldo... As metas corintianas já foram defendidas por grandes nomes ao longo dos quase cem anos de História. Porém, o primeiro goleiro que se tornou um ídolo alvinegro atendia pelo apelido de Satanás.

Tuffy nasceu em Santos e defendeu o A.A das Palmeiras, o Santos, o América de Pernambuco e o Sírio antes de chegar ao Parque São Jorge, em 1928. O incomum apelido surgiu pelo costume de jogar, na maioria das vezes, inteiramente vestindo preto.

Tuffy conservava grandes costeletas e fazia o estilo galã, muito antes de Emerson Leão. O goleiro do Timão, inclusive, chegou a participar de um filme, em 1931. A relação dele com o cinema ficaria ainda mais forte após terminar a carreira, quando virou gerente de um cinema, o Cine Santa Helena.

Antes de chegar ao Corinthians, o goleirão chegou até a enfrentar o Alvinegro defendo a Seleção Brasileira, em 1925 – história já publicada nesta série especial.

As grandes atuações e muitas defesas de pênalti, fizeram de Satanás uma legenda no Parque São Jorge. Em apenas quatro anos de Corinthians, Tuffy sagrou-se campeão paulista por três vezes.

Quando faleceu, em 1935, vítima de pneumonia dupla, Satanás teria sido sepultado junto com a camisa de goleiro do Corinthians.

O famoso trio final

Tuffy construiu a História dele no Timão com a ajuda de outros dois companheiros que, juntos, formavam o “trio final”. A escalação corintiana com Tuffy, Del Debbio e Grané representava tanta força à defesa que levou o Timão ao segundo tricampeonato paulista dele (1928, 1929 e 1930). Os três também defenderam juntos a Seleção Paulista em algumas ocasiões.

‘Estreia’ com gol relâmpago no Parque

Dois anos. Esse foi o tempo que o Corinthians teve de esperar para disputar a primeira partida como mandante no Parque São Jorge após a compra do terreno. A demora acontece, porque a diretoria decidiu fazer uma grande reforma no local.

Para comemorar a inauguração, nada melhor do que um jogo festivo. Na ocasião, o Timão enfrentou o América-RJ, no jogo entre os campeões estaduais de 1922, ano do centenário da Independência do Brasil.

Mesmo sem a vitória corintiana, o amistoso entrou teve importância dupla. Tudo porque, bem no jogo inaugural da Fazendinha, saiu o gol mais rápido da da História do estádio. Ele foi marcado pelo atacante De Maria, logo aos 29 segundos. O jogador ainda marcaria mais uma vez, mas o placar terminou em 2 a 2.

Por conta do duelo, o Timão recebeu a Taça Char de la Victoire, feita em bronze, Em compensação, o clube ofereceu ao rival a Taça Vada.