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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

segunda-feira, 31 de maio de 2010

1916: Debutantes corintianos na Seleção

A primeira vez a gente nunca esquece. Em 1916, no Campeonato Sul-Americano, disputado na Argentina, Amílcar e Neco tornaram-se os primeiros corintianos a defender a Seleção Brasileira.

Comandado pelo técnico Sylvio Lagreca, o Brasil acabou a competição na terceira colocação. Em três partidas, dois empates (Chile e Argentina) e uma derrota (Uruguai).

Aos 85 anos, Amílcar Barbuy Filho, filho de Amílcar, guarda com carinho a camisa usada pelo pai.

– Essa é a minha maior relíquia. Meu pai é o meu maior ídolo. Ele era um dos líderes daquele time. É um orgulho muito grande saber que ele, ao lado do Neco, foi o primeiro corintiano convocado à Seleção Brasileira – disse Amílcar.

Centenário do Corinthians: Cem anos em cem dias!

Mas o fracasso pela Seleção não foi o suficiente para abalar a dupla. De volta a São Paulo, os dois lideraram o Timão na conquista de mais um título.

Assim como em 1914, a equipe conquistou a Liga Paulista de Futebol (LPF) de forma invicta e com 100% de aproveitamento. Com 20 gols, o ataque corintiano foi o mais positivo do torneio.

Ano quase perfeito
Campeão paulista e com dois jogadores convocados à Seleção, o Corinthians por muito pouco não terminou 1916 sem perder.

Em 23 confrontos,19 vitórias, três empates e uma derrota. O único tropeçou ocorreu em 15 de outubro, no amistoso diante do SPR (Santos). Na ocasião, o Timão foi derrotado por 2 a 1.

RETROSPECTO - 1916

Em 23 partidas, 19 vitórias, 3 empates e 1 derrota.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 3 x 0 AMERICANO

GOLS: Amílcar, Apparício e Neco
DATA: 3/12/1916
ESTÁDIO: Parque Antarctica, S.Paulo (SP)
COMPETIÇÃO: Campeonato Paulista, último jogo do segundo turno
JUIZ: Alex D. Hutchinson

CORINTHIANS: Pizzocaro, Fúlvio e Casemiro González; Police, Plínio e César Nunes; Américo, Marconi, Amílcar, Apparício e Neco. Técnico: Casemiro González

AMERICANO: Hugo, Menezes e Eurico; Franco, Bertone I e Magon; Dudu, Mimi, Heitor, Alencar e Menezes II.

*Dados do “Almanaque do Corinthians”, do historiador e jornalista Celso Unzelte.

Corinthians 4x2 peixinhos fora d´água



No duelo das dancinhas, o Timão se saiu melhor e "pescou" o Peixe no Pacaembu. Goleou o adversário por 4 a 2, e manteve a invencibilidade no Campeonato Brasileiro, com três vitórias e um empate.

O destaque do jogo ficou por conta do meia Bruno César, que participou do primeiro gol e marcou o segundo, que recolocou o Timão à frente do placar depois de sofrer o empate. Jorge Henrique, Ralf e Paulinho marcaram os outros gols alvinegros, enquanto André e Marcel fizeram os gols dos santistas.

Com o resultado, o Corinthians permanece líder do Brasileirão, agora com 13 pontos. Já o time da Baixada Santista caiu para a oitava colocação, com oito pontos.

O Corinthians começou a partida engolindo o Santos no campo de ataque. Com Dentinho e Jorge Henrique abertos pelas pontas, sendo municiados pelo recém-contratado Bruno César, o Timão não precisou de muito tempo para abrir o placar do clássico. Logo no primeiro minuto de jogo, o meia chutou de longe, o goleiro do Santos deu rebote nos pés de Jorge Henrique, que só teve o trabalho de empurrar para a rede e levar a Fiel ao delírio.

O gol aumentou ainda mais o volume de jogo da equipe alvinegra, que continuou pressionando o Peixe, principalmente pela esquerda, com Dentinho, Roberto Carlos e Bruno César encostando. Aos 15, boa trama do trio resultou em um cruzamento perfeito do camisa 6 para Jorge Henrique na área, que mandou na trave.

O Santos, por sua vez, só conseguiu se encontrar em campo após os 20 primeiros minutos, quando o time de Parque São Jorge diminuiu o volume de jogo. Neymar só deu o primeiro chute dele no jogo aos 25 minutos, mas o suficiente para o Peixe crescer na partida. Um minuto mais tarde, Marquinhos tabelou com Neymar, invadiu a área e chutou forte. Felipe espalmou, mas André ficou com a sobra e tocou novamente para Marquinhos, que mandou no canto direito de Felipe, mas o juiz anulou o lance alegando impedimento do meia. Muita reclamação dos santistas e principalmente do técnico Dorival Júnior.

O panorama do jogo então mudou. Se antes o Timão comandava a partida, o time da Baixada adiantou a marcação e dominou o restante da primeira etapa, deixando a torcida corintiana apreensiva. Aos 38 minutos, o grito de gol ficou entalado na garganta dos santistas presentes no Pacaembu...

Marquinhos disparou pela intermediária e lançou Neymar na entrada da área. O goleiriro do Timão saiu do gol e tirou a bola com perna, mas ela sobrou para a Joia de novo, que tentou encobrir a zaga. A bola ia entrando quando o zagueiro Chicão saltou e conseguiu tirar de cabeça, evitando o empate quase certo.

Mas o primeiro tempo terminou com a vitória parcial do Corinthians, mesmo com a pressão santista no final.

- É só o juiz controlar um pouco mais o jogo que não teremos dificuldade nenhuma - afirmou Roberto Carlos antes de descer para os vestiários.

As dificuldades até aumentaram no segundo tempo para o Timão, quando logo aos sete minutos, Marquinhos interceptou lançamento de Ganso, dominou entre dois zagueiros e deu lindo passe para André, que chutou cruzado e empatou o jogo para o Santos. Na comemoração, dancinha dos Meninos da Vila na frente das arquibancadas do Pacaembu, repletas de corintianos.

Porém, Bruno César tratou de descomplicar a vida do Corinthians dois minutos mais tarde. Jucilei cruzou na área e Edu Dracena cortou, mas a bola sobrou para o meia, que chutou com força, no meio do gol, e colocou o Timão à frente do marcador novamente. Festa do jovem jogador, festa da torcida e 2 a 1 no placar.

Jogando muito melhor e dominando novamente a partida, o Corinthians chegou ao terceiro gol aos 21 minutos, quando Dentinho tocou para Ralf, que driblou Léo, invadiu a área e chutou no canto esquerdo, marcando um golaço. Na comemoração, pescaria dos corintianos, numa clara provocação ao Peixe.

Ainda teve tempo para Paulinho, outro jogador recém-contratado do Bragantino, marcar o quarto gol de cabeça depois de cruzamento de Roberto Carlos e Marcel, do Santos, também marcar um gol de cabeça após cruzamento de Paulo Henrique e diminuir o placar.

Mas aí a torcida já comemorava a vitória e a invencibilidade no Brasileirão. Corinthians segue firme rumo ao penta!





FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 4 X 2 SANTOS

Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data/hora: 29/5/2010 - 16h
Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes Filho (SP)
Auxiliares: Ednílson Corona e Vicente Romano Neto (ambos de SP)
Renda/público: R$ 825.707,50 - 27.681 pagantes
Cartões amarelos: William, Bruno César, Chicão (COR) Neymar (SAN)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Jorge Henrique 1'/1°T; André 7'/2°T; Bruno César 9'/2°T; Ralf 21'/2°T; Paulinho 41'/2°T; Marcel 42'/2°T

CORINTHIANS: Felipe; Jucilei, Chicão, William, Roberto Carlos; Ralf, Elias, Danilo, Bruno César (Paulinho 28'/2°T); Jorge Henrique (Iarley - 4'/2°T) e Dentinho (Paulo André - 46'/2°T). Técnico: Mano Menezes

SANTOS: Felipe; Pará (Marcel 20'/2°T), Edu Dracena (Zezinho - 37'/2°T), Durval e Léo; Arouca, Wesley, Marquinhos e Paulo Henrique; Neymar (Madson 17'/2°T) e André. Técnico: Dorival Júnior

domingo, 30 de maio de 2010

1915 - De volta á varzea

No ano de 1915, o Corinthians enfrentou a maior dificuldade em sua sua gloriosa trajetória no futebol paulista. Como havia sido campeão invicto – com certa facilidade – da Liga Paulista no ano anterior, o Timão buscava maiores desafios.

Pensando nisso, abandou a Liga e tentou ingressar na Apea (Associação Paulista de Esportes Atléticos), mais badalada e elitizada na época. Entretanto, como tinha uma equipe formada por operários, realmente um time do povo, sua inscrição foi recusada, assim como o retorno à Liga Paulista. Resultado: o clube ficou um ano inteiro sem disputar uma competição.

Como não disputaria nenhum campeonato, o assédio aos jogadores corintianos foi grande. Seus craques foram emprestados. Neco foi para o Mackenzie, Police e Amílcar, para o Ypiranga, entre outros.

Contudo, na tentativa de manter a existência do clube, a diretoria ainda manteve o Corinthians disputando amistosos na várzea paulista durante o ano.

Como prova de força e também da injustiça que havia sofrido, em um desses amistosos o Timão venceu o A. A. Palmeiras, campeão da Apea, liga que recusara a inclusão do Alvinegro.

Durante as partidas que disputou, o Time do Povo não sofreu nenhuma derrota sequer, ficando invicto por mais um ano.

Lealdade
Mesmo emprestados a outros clubes, jogadores como Neco participaram dos amistosos do time.

Timão é Campeão Mundial Sub-18

As jovens revelações do Corinthians venceram, na manhã deste domingo, o Campeonato Mundial Sub-18. Pelo placar de 1 a 0, o Timão venceu o Chivas (MEX) e conquistou o título.

Realizado na Espanha, o torneio contou com a participação de grandes times, como Real Madrid (ESP), Valencia (ESP) e Boca Juniors (ARG), todos eliminados pelos meninos do Corinthians.

Na final, o gol solitário saiu após cobrança de escanteio do meia Fran. Na área, Kelvin subiu mais que os adversários e mandou para o gol, de cabeça. Fran, que deu a assistência para o título, comentou o lance e a vitória no torneio.

- Foi um jogo truncado e mais uma vez conseguimos superar. Tivemos dois expulsos, mas o grupo manteve o foco, o domínio para levar o caneco. Neste ano tão importante para o clube, conquistamos o primeiro título da temporada. Estou muito feliz e quero comemorar ainda mais quando chegar ao Brasil - comentou o jogador.

1914 - O primeiro título e o primeiro ídolo

Quatro anos, dois meses e sete dias de vida foram suficientes para o Corinthians conquistar o primeiro título no futebol na sua História. Foi em 8 de novembro, na cidade de São Paulo, que o clube começou sua hegemonia estadual.

Na sua segunda participação na Liga Paulista de Futebol (LPF), o clube garantiu o título de forma antecipada, com a goleada por 4 a 0 em cima do Campos Elyseos. Em seguida, com a vitória por 3 a 0 diante do Lusitano, a equipe confirmou os 100% de aproveitamento no torneio (dez vitórias em dez jogos).

Os corintianos tomaram as ruas do bairro do Bom Retiro para comemorar a conquista do Estadual, o primeiro dos 26 que têm hoje.

Festejaram o título e o nascimento de seu primeiro ídolo: o atacante Neco, artilheiro do campeonato, com 12 gols. Promovido ao time principal aos 18 anos, Manoel Nunes, o Neco, liderou o ataque alvinegro por 17 anos. Ao lado do companheiro Amílcar Barbuy, foi o primeiro corintiano convocado para a Seleção Brasileira, em 1916.

Além de talentoso e temido pelos adversários, o atacante também foi um jogador folclórico, o que o ajudou a se tornar ainda mais popular em sua época.

– O Neco não levava desaforo pra casa. Em qualquer briga, ele tirava a cinta e partia pra cima. Ele jogava sempre com o cinta larga – lembrou Amílcar Barbuy, filho do ex-corintiano Amílcar.

Sete vezes campeão paulista e idolatrado pela torcida, que cantava “Tira a cinta, Neco!” sob ameaça de confusão, Neco, em 1929, ganhou um busto no Parque São Jorge.
Ele fez 296 jogos pelo clube e marcou 235 gols (0,79 por jogo).

Palavra da família - Amílcar Barbuy
Filho do ex-corintiano Amílcar

Neco-Amílcar foi uma dupla maravilhosa

Ao lado do Neco, meu pai fez parte do começo da hegemonia de títulos estaduais do Corinthians. Eles formavam uma dupla maravilhosa. Amílcar era um dos jogadores mais técnicos do Brasil. Jogava em função dos companheiros, da equipe, era um líder. Além da raça, tinha técnica, sabia jogar.

Como meu pai era muito reservado, falava pouco sobre os companheiros de time. Mas eu sei que ele guardou boas lembranças da união com o Neco. Eles formaram, com certeza, uma das maiores duplas do futebol brasileiro na época.

Neco, inclusive, começou a jogar no segundo quadro (uma espécie de time B da época) do Corinthians. Meu pai, que era o capitão e também treinador do time, foi um dos responsáveis por chamá-lo para o time principal. Ele viu que Neco tinha talento, era ótimo. Acertou!

Outro fato curioso, e que faz a nossa família ter muito orgulho, é o meu tio Hermógenes, litógrafo, ter desenhado o primeiro símbolo oficial do Corinthians, com as letras SCP. Aliás, ele criou os dois primeiros. O símbolo CP também foi ideia dele (usado entre 1910 e 1914). Enfim, é uma honra muito grande saber que os Barbuy estão cravados na História do clube.


Clube estreia 1º escudo oficial
Na várzea, os uniformes não dispunham de distintivos e quando passou a jogar a Liga Paulista, em 1913, o Timão teve improvisar duas letras (o “C” e o “P”) no peito. Já em 1914, Hermógenes Barbuy, litógrafo irmão do jogador Amílcar, criou o 1 escudo oficial, que estreou no amistoso contra o Torino (ITA), em São Paulo.

1913 - Nasce o mosqueteiro corinthiano


Um por todos e todos por um". Você provavelmente já ouviu ou leu essa frase. Este era o grito entoado por Athos, Porthos e Aramis, personagens do romance histórico "Os três mosqueteiros", escrito pelo francês Alexandre Dumas, em 1844.

Após 69 anos da publicação da obra, o mosqueteiro entrou na História do Corinthians. Em 1913, o clube pleiteou uma vaga na Liga Paulista de Futebol. Na ocasião, apenas três equipes participavam do grupo: Americano, Germânia e Internacional. Eram os "três mosqueteiros".

Para ser aceito, o Timão teve de mostrar sua fibra. Como havia outros pretendentes à vaga, a equipe disputou um torneio seletivo contra o Minas Gerais e o F.C. São Paulo, outros dois grandes da várzea paulistana.

Determinada, a equipe liderada pelo quinteto ofensivo Lepre, César Nunes, Peres, Fabbi, Rodrigues e Campanella venceu o Minas por 1 a 0, em 23 de março, e, uma semana depois, goleou o São Paulo por 4 a 0.

Aceito no grupo e garantido o direito de disputar a Divisão Especial da Liga de 1914, o Corinthians ganhou da imprensa o apelido de D’Artagnan, o quarto mosqueteiro.

Ícone da valentia, audácia e espírito de luta, Charles de Batz-Castelmore, conde de Artagnan (comunidade no sul da França), foi um respeitado militar, tendo servido ao rei Luís XIV como capitão dos Mosqueteiros da Guarda Real.

Apesar da relação literária, uma segunda versão para a utilização do mosqueteiro surgiu em 1929. Na ocasião, o Corinthians venceu o Barracas (ARG), por 3 a 1. Com a primeira vitória em um jogo internacional, o jornal “A Gazeta” repercutiu o feito com a manchete do jornalista Thomas Mazzoni: o Corinthians venceu com "fibra de mosqueteiro".

A veracidade do apelido, hoje, não vem ao caso. O mosqueteiro é, com certeza, a cara do Corinthians.

Pós-várzea, CP estampa manto alvinegro

Enquanto o Corinthians disputou amistosos e torneios não-oficiais na várzea, a camisa não tinha distintivo. O primeiro foi criado às pressas para o jogo contra o Minas Gerais, primeiro eliminatório para a Liga Paulista de Foot-Ball. Com as letras C e P (Corinthians Paulista) enlaçadas, o Timão venceu por 1 a 0, gol de Rodrigues. Esse escudo seria usado até o ano seguinte.

Retrospecto – 1913

Foram 11 jogos (3 vitórias, 4 empates e 4 derrotas), sendo dois eliminatórios para a Liga.

O PRIMEIRO JOGO DE CAMPEONATO

FICHA TÈCNICA - GERMÂNIA 3 x 1 CORINTHIANS

DATA: 20 de abril de 1913
ESTÁDIO: Parque Antarctica, São Paulo
COMPETIÇÃO: Campeonato Paulista
GOLS: Picagle (2), Rodrigues e Manny

GERMÃNIA: Lagos, Jaeger e Geiler; Amstetter, Vaz Porto e W. Gerhardt; H. Gerhardt, Manny, Picagle, Baungartner e Weit.

CORINTHIANS: Casemiro do Amaral, Fúlvio e Casemiro González; Police, Alfredo e Lepre; César Nunes, Peres, Fabbi, Rodrigues e Campanella.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

1912 - O primeiro troféu

Com pouco mais de 99 anos de existência de Sport Club Corinthians Paulista, o Memorial do clube abriga 1.038 troféus de conquistas e, por incrível que possa parecer, a primeira taça erguida pelo clube não foi com o futebol.

Foi em 1912, em uma corrida realizada no Parque Antarctica, local onde hoje está o Palestra Itália, estádio do maior rival, o Palmeiras. Isso mesmo, caro leitor, a primeira taça corintiana foi conquistada em frente à casa do seu grande rival.

A Unione Vigiatore Italiani (União dos Viajantes Italianos) foi oferecida pela colônia italiana no Brasil, em uma corrida de revezamento de 10km, vencida pela equipe formada pelos corintianos Batista Boni, João Collina e André Lepre.

Após “inaugurar” a sala de troféus, as conquistas e a torcida corintiana só aumentaram. O suado título paulista de 1977, os quatro Campeonatos Brasileiros e o primeiro Campeonato Mundial da Fifa em 2000 foram muito importantes para História do clube, mas a primeira vez em que o campeão dos campeões foi realmente campeão, foi longe dos gramados do futebol.

Passado x Presente

Para celebrar a primeira conquista alvinegra, a equipe de reportagem do LANCE! levou a taça ao local onde foi conquistada. E para erguê-la novamente em um ato simbólico, membros atuais do pedestrianismo corintiano.

Surpresos, a treinadora Betânia, as atletas Lilian Gigante, Elizia Silva, Marcília Oliveira e João Carreira, além de Tânia, a “guardiã” da taça, se emocionaram ao saber que a primeira conquista do Timão veio do pedestrianismo, esporte ao qual tanto se dedicam.

Hoje, cerca de cem atletas praticam o esporte no clube, na equipe chamada “Corre, Corinthians”. O esporte voltou ao clube em 2008, quando o presidente Andrés Sanchez aprovou o projeto do “Corre”.

Todo ano, no aniversário do clube, uma prova é disputada. Em 2010 ela será ainda mais especial.




A Taça - Unione Vigiatore Italiani
Pedestrianismo
A taça foi conquistada em 29 de dezembro de 1912, em uma corrida de revezamento pelos atletas Batista Boni, João Collina e André Lepre.

2 kg é o peso da taça, feita de alpaca.
10 km Tinha o percurso da prova.




História de glórias

As mais recentes
As taças do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil de 2009 e a Taça dos Invictos (no Paulistão) foram as últimas conquistadas pelo Corinthians.

Futebol Profissional
No total, o Memorial do Corinthians abriga hoje 131 trófeus do futebol.

Outros Esportes
Em outra sala de troféus, as outras 907 conquistas do Timão estão armazenadas.



Retrospecto do Timão – 1912

Alguns jogos não foram registrados. Segundo o historiador Celso Unzelte, foram 12 partidas, mas só seis delas foram documentadas: quatro vitórias, um empate e uma derrota.

Curiosidades de 1912

9 de abril
Nasce Mazzaropi, grande ator, diretor e humorista do cinema brasileiro.

14 de abril
É fundado o Santos Futebol Clube.
O transatlântico Titanic afunda em sua viagem inaugural para Nova Iorque e mata mais de 1.500 pessoas.

30 de abril
É fundado o América F. C. (MG).

6 de julho
Nasce Adoniran Barbosa, grande compositor da música brasileira.

19 de dezembro
É fundada a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, atual Faculdade de Medicina da USP.

Grêmio Prudente 2x2 Corinthians




O Corinthians não conseguiu manter seu 100% de aproveitamento e empatou em 2 a 2 com o Grêmio Prudente, no Prudentão. Mesmo com o resultado, o time manteve a liderança do Brasileirão.

O primeiro tempo da partida foi equilibrado, com ambas as equipes criando oportunidades de gol. No entanto, o Grêmio Prudente conseguiu sair com vantagem no placar e a primeira etapa terminou em 2 a 1 para o time da casa.

Logo no início, o Grêmio Prudente partiu para cima do Timão e abriu o placar, aos 17 minutos. Wesley cruzou da esquerda e Wanderley, dentro da área, emendou para o gol.

Não tardou muito e o Corinthians foi atrás do empate. Aos 32 minutos, Defederico cobrou falta da direita, o zagueiro Leonardo afastou mal, Chicão, impedido, desviou de cabeça e o seu companheiro de zaga, William, chutou para o gol: 1 a 1.

No entanto, aos 44, Sasha rolou para Diego em cobrança de falta, o lateral esquerdo do Grêmio Prudente chutou a bola entre a barreira e a bola entrou no canto esquerdo de Felipe. Fim de primeiro tempo e 2 a 1 para a equipe da casa.

Num segundo tempo muito movimentado, as duas equipes mostraram força no ataque e o jogo foi lá e cá. Após as alterações feitas no time, o Corinthians conseguiu se impor ante o Grêmio Prudente e criou boas oportunidades de gol.

Em desvantagem no placar, o Timão foi para cima e conseguiu o empate aos 28 minutos, Bruno César, que entrou no lugar de Elias e cobrou a falta que originou o gol em seu primeiro lance pelo Corinthians. A bola desviou em Dênis, mas o árbitro assinalou o tento para o corintiano.

De olho nos 100%, o Alvinegro seguiu pressionando e, aos 31 minutos, Jorge Henrique subiu entre os zagueiros e cabeceou no travessão. No entanto, o Grêmio Prudente conseguiu segurar o resultado e a partida chegou ao final com o placar de 2 a 2.

Na próxima rodada, sábado, o Grêmio Prudente retorna à antiga casa - a Arena Barueri - para enfrentar o Palmeiras. No domingo, o Timão tem pela frente o clássico contra o Santos, no Pacaembu.


FICHA TÉCNICA:
GRÊMIO-PP 2 X 2 CORINTHIANS

Estádio: Prudentão, Presidente Prudente (SP)
Data/hora: 26/5/2010 - 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Paulo Cesar Oliveira (Fifa-SP)
Auxiliares: Marcelo C. Van Gasse (SP) e João B. Nober Chaves (SP)
Renda/público: Não disponíveis

Cartões amarelos: Leonardo, Anderson e Geovane (GPP); Defederico, Ralf, Elias e Roberto Carlos (COR).
GOL: Wanderley 11'/1ºT (1-0), William 32'/1ºT (1-1), Diego 44'/1ºT (2-1) e Bruno César 28'/2ºT (2-2).


GRÊMIO-PP: Márcio; Sasha, Paulão, Leonardo e Diego; Anderson, João Vítor, Carlos Eduardo (Henrique Dias, 33'/2ºT); e Wesley (Anderson Luiz, 21'/2ºT); Flavinho (Geovane, 17'/2ºT) e Wanderley; Técnico: Toninho Cecílio.

CORINTHIANS: Felipe; Moacir (Jucilei, Intervalo), Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias (Bruno César, 28'/2ºT), , Paulinho e Defederico (Jorge Henrique, 21'/2ºT); Dentinho e Souza. Técnico: Mano Menezes.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ronaldo: 'Meu corpo está pedindo para parar'



Convivendo com seguidas lesões e desfalcando o Corinthians constantemente, Ronaldo já admite que está chegando próximo de seu limite físico. Na última terça-feira, em um evento publicitário no Rio de Janeiro, o Fenômeno afirmou:

- Meu corpo está pedindo para parar. Estou ficando velho - relatou o colunista do jornal O Globo, Ancelmo Gois.

Nesta quarta-feira, o Fenômeno, com uma contusão na panturrilha desfalcará o Corinthians na partida diante do Grêmio Prudente e é dúvida para enfrentar o Santos, no domingo.

No evento que participou em Copacabana, o camisa 9 do Corinthians ainda aproveitou para sugerir a postura que Dunga seguir no comando da Seleção Brasileira.

- Importante é o técnico não fazer cagada. Técnica e tática, todo jogador tem. Técnico tem que ser motivador - disse o Fenômeno.

1911 - Um ano perdido

Pouco tempo após seu nascimento, o Corinthians já dava seus primeiros passos para atingir sua grandeza, mas uma parte dessa caminhada ficou perdida no passado.

Como era um clube de várzea, de bairro, os jogos da equipe, assim como as outras partidas de várzea que aconteciam na cidade, geralmente eram noticiados pelos grandes jornais, porém apenas no dia em que eram disputados, em geral aos domingos. Os jornais não acompanhavam o resultado das partidas e de muitas destas não se tem registros – nem se aconteceram de fato.

Esse problema histórico continuou em 1912, mas no ano seguinte o Corinthians já disputou seu primeiro Campeonato Paulista.

Com uma equipe formada basicamente por operários, o Corinthians passou a ganhar respeito na várzea paulista, quando passou a fazer seus primeiros compromissos futebolísticos fora da cidade de São Paulo.

1º jogo longe da capital
Em 17 de setembro de 1911, o Corinthians realizou sua primeira partida fora da cidade. Na verdade, as duas primeiras. No mesmo dia, os comandados do técnico e capitão Rafael Perrone foram a Campinas e venceram a Ponte Preta por 1 a 0, de manhã, no campo do Largo São Benedito, hoje Praça Pedro II.

À tarde outra vitória. Desta vez no campo da Rua José Paulino, venceu por 3 a 1 seu homônimo da cidade, o Corinthians Campineiro.

Vitorioso na primeira excursão, o Corinthians ainda disputou partidas em 1911 sob o comando de Rafael Perrone, porém é um período nebuloso da gloriosa História do Timão.

Corinthians 1 X 0 Ponte Preta

Corinthians: Casemiro do Amaral, Atílio e Onofre; Oscar, José e Police; Campanella, César Nunes, Nani, Jorge Campbell e Alfredo T: Rafael Perrone

Ponte Preta: Amparense, Luís e Roque; Duarte, Fernandes e Wadt; Fritz, Moraes, Burghi, Válter e Lili.

GOL: César Nunes
AMISTOSO VARZEANO
DATA: 17/9/1911 (de manhã)
ESTÁDIO: Campo do Largo São Benedito, Campinas (SP)
Fonte: “Almanaque do Timão”, do jornalista e historiador Celso Unzelte

Com a palavra
Celso Unzelte - Jornalista e historiador

"São registros fundamentais"

Dos clubes grandes, o Corinthians é o único de origem realmente popular, porque vem da várzea. Não é como o Paulistano, que era de elite, e o Palestra Itália, que tinha um jornalista entre os fundadores, tendo os registros nos jornais de colônia. Os jornais da época noticiavam apenas que o jogo iria acontecer, depois não voltavam no assunto. Recuperar esses dados seria fundamental, pois mexe com números da História, como o gol dez mil, por exemplo."

Retrospecto – 1911
Segundo os arquivos dos jornais daquele ano, o Corinthians jogou nove partidas em 1911, mas há registros de resultados de apenas três – vitórias contra Ponte, Corinthians de Campinas e União Lapa.

1910 - A fundação do Corinthians

Se você, corintiano, nunca visitou a esquina da Rua Cônego Martins com a Rua Jose Paulino, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, não se sinta distante. Neste local, no dia 31 de agosto de 1910, por volta das 20h30, surgiu a ideia da criação de um clube de futebol.

Na madrugada do dia 1 de setembro, na barbearia de Salvador Battaglia, localizada na esquina da Rua dos Italianos com a Rua Julio Conceição, o Sport Club Corinthians Paulista foi fundado.

Acompanhado das três gerações da família Battaglia, a reportagem do LANCE! percorreu os mesmos 800 metros dos operários Antônio Pereira, Joaquim Ambrósio, Anselmo Correia, Carlos da Silva e Rafael Perrone, os percussores dessa paixão alvinegra.

Luiz Battaglia, de 77 anos, filho de Salvador, ao lado de José Luiz, 52, e Luiz Henrique, 11, seu filho e neto, respectivamente, visitou a ex-barbearia, onde eram realizadas as primeiras reuniões do clube. Hoje, o local virou uma lanchonete. Mas nem tudo ficou apagado com o tempo. Ao notar um quadro com as imagens do antigo estabelecimento, do pai e do tio, Miguel, o primeiro presidente do clube, Luiz se emocionou:

– Olha, é o meu pai na foto.
Surpreso, o funcionário do local parecia não acreditar na história. Após minutos de conversa, a desconfiança acabou com um forte abraço.

Mas a emoção e a busca por lembranças não pararam ali. Em seguida, os três seguiram para o marco histórico. Nem o sol forte foi capaz de acabar com a curiosidade deles. No caminho, a família mergulhou no passado. Além das histórias do clube, os três conversavam sobre as lembranças da própria família.

Ao chegar ao local, eles se depararam com com um pilar de concreto, sem identificação e perdido entre as pessoas que por ali passavam.

– Se eu passasse por aqui jamais imaginaria o significado – disse José Luiz que, segundos depois, ouviu a resposta de um funcionário de uma loja de roupas próxima:

– Não adianta. Sempre que colocam uma placa com identificação, alguém rouba – explicou.

Ao fim do percurso da fundação, a alegria de reviver tão intensamente o passado era nítida nos rostos de Luiz, José Luiz e Luiz Henrique. Uma simples manhã de sábado acabou se tornando um momento marcante da vida dos Battaglia.

– Meu pai e meu tio, com certeza, devem estar orgulhosos de verem a obra que ajudaram a criar – finalizou Luiz, abraçado com o filho e o neto.


Visão da fundação
Luiz Battaglia - Filho de Salvador Battaglia, 77 anos

"Meu pai sempre contou muito pouco sobre o Corinthians. Mas uma coisa eu sei: foi ele quem sugeriu o nome Corinthians. Quando eu nasci, ele já tinha 40 anos, ou seja, falava pouco sobre o clube. O que ele contava é que os jogadores e os diretores do Corinthians sempre estavam na barbearia.

As conversas que surgiam sobre o Corinthians geralmente eram na hora das refeições. No fundo, meu tio (Miguel Battaglia, primeiro presidente do clube) e meu pai, com certeza, devem estar orgulhosos de verem a obra que criaram. É uma honra muito grande para a nossa família."

Visão do presente
José Luiz Battaglia - Neto de Salvador Battaglia, 52 anos

"O Corinthians se tornou uma teocracia, com certeza. Somos uma nação juntamente com uma religião.

Desde pequenos, nós da família Battaglia, acompanhamos de perto nosso orgulho maior, que é saber que o Salvalor, meu avô, participou da fundação do Corinthians.

Naquela época, a cidade de São Paulo era muito pequena, sendo assim, ele não imaginava, talvez, que o Corinthians fosse se tornar o que se tornou. Mas meu avô, provavelmente, tinha bastante noção do crescimento da manifestação popular. Ele sentia que era preciso abrir espaço para a massa."


Visão do futuro
Luiz Henrique Battaglia - Bisneto de Salvador Battaglia, 11 anos

"O Corinthians é tudo na minha vida. Meus amigos não acreditam quando eu falo que meu bisavô foi um dos fundadores do clube. Nenhum colega meu tem uma História parecida para contar, e eu fico muito feliz com isso (risos).

Nos próximos anos, espero que o Corinthians se torne “o time”. Seremos um time que ninguém vai vencer, uma equipe imbatível. Vamos ganhar tantos títulos que vai faltar espaço na nossa camisa para tantas estrelas.

Do fundo do coração, espero que o Corinthians ainda dure muitos anos. Quero que meus filhos, netos e bisnetos possam viver este amor.

Corinthians 1x0 Fluminense


O Corinthians derrotou o Fluminense por 1 a 0 neste domingo, no Pacaembu, e manteve a liderança isolada do Campeonato Brasileiro. O gol de Chicão, aos 11 minutos da primeira etapa, também deixa a equipe com 100% de aproveitamento na competição (três vitórias em três jogos). Por outro lado, o time carioca sofreu sua segunda derrota no certame e tem apenas três pontos até aqui.

O primeiro tempo do confronto foi de bom nível, com as duas equipes em busca do gol. O Corinthians teve com algumas chances com Roberto Carlos. Em uma delas, o lateral chutou forte uma falta da esquerda e a bola passou perto da trave do goleiro Rafael.

Não tardou muito e, aos 12 minutos, o Timão abriu o marcador. Dentinho fez boa jogada pela direita e recebeu falta dura de Carlinhos. Na cobrança, Chicão bateu colocado no canto direito de Rafael e deixou a equipe em vantagem.

Até a metade do primeiro tempo, preso pela marcação corintiana e insistindo nas jogadas pela esquerda com o lateral Carlinhos, o Fluminense não conseguiu articular suas jogadas de ataque.

Depois disso, no entanto, a equipe carioca equilibrou a partida e passou a pressionar bastante. Na principal chance, Conca deixou Rodriguinho cara a cara com Felipe, mas o auxiliar apontou, equivocadamente, o impedimento do atacante Tricolor.
Aos 40 minutos, o Tricolor teve outra grande oportunidade. Carlinhos cruzou para a área e Fred, sozinho de frente para a meta de Felipe, perdeu um gol incrível de cabeça. Logo em seguida, o Corinthians respondeu com um chute cruzado de Moacir que passou rente à trave.

No segundo tempo, o Fluminense adiantou sua marcação e passou a pressionar ainda mais o adversário. Aos 21 minutos, Fred recebeu lançamento na grande área, foi derrubado por Felipe e o árbitro Leonardo Gaciba assinalou o pênalti. No entanto, o auxiliar João Monteiro de Souza Jr., já apontava o impedimento do atacante do Flu. Curiosamente, o árbitro foi alertado disso pelo técnico corintiano Mano Menezes, o que gerou uma pequena discussão entre o comandante alvinegro e Muricy, treinador do Flu.

Notando que sua equipe estava com dificuldades na armação, Mano mexeu no time, colocando Tcheco no lugar de Jucilei e, logo em seguida, Defederico no lugar de Dentinho. Contudo, conseguiu apenas uma boa jogada, quando, aos 31 minutos, quando Defederico invadiu a área, caiu e pediu pênalti. O árbitro não foi na dele e ainda deu cartão amarelo para o meia corintiano.

O Fluminense seguiu insistindo mas não conseguiu empatar o jogo. As duas equipes voltarão a campo na próxima quarta-feira, quando será iniciada a quarta rodada do Brasileirão. O Fluminense terá, às 19h30, o clássico contra o Flamengo, no Maracanã. Já o Timão também fará um duelo caseiro, ante o Grêmio Prudente, às 21h50, interior paulista.

FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 1 X 0 FLUMINENSE

Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data/hora: 23/5/2010 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Leonardo Gaciba (RS)
Auxiliares: Marcelo Bertanha Barison (RS) e João Monteiro de Souza Jr. (RS)
Renda/público: R$ 904.013,50 / 28.190 pagantes
Cartões amarelos: Jucilei, Jorge Henrique, Defederico e Ralf (COR); Leandro Euzébio e Diguinho (FLU)
GOL: Chicão, 11'/1ºT (1-0).

CORINTHIANS: Felipe; Moacir, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei (Tcheco, 17'/2ºT) e Elias; Jorge Henrique, Dentinho (Defederico, 23'/2ºT) e Souza (Paulo André, 42'/2ºT). Técnico: Mano Menezes.

FLUMINENSE: Rafael; Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos (Alan, 35'/2ºT); Diogo, Diguinho (André Lima, 41'/2ºT), Marquinho e Conca; Rodriguinho e Freds. Técnico: Muricy Ramalho.

domingo, 16 de maio de 2010

Grêmio 1x2 Corinthians



Quando entrou em campo neste domingo, no Olímpico, o Corinthians, além de enfrentar o Grêmio, jogava contra um tabu de 11 anos sem vencer no estádio gaúcho. A última vitória tinha ocorrido em 1999. Daí em diante, cinco derrotas e dois empates.

Mas, desta vez, a história foi diferente. Com o Tricolor gaúcho poupando alguns de seus titulares visando a semifinal da Copa do Brasil contra o Santos, no meio de semana, o Corinthians se aproveitou, conseguiu a vitória por 2 a 1 e manteve os 100% no Brasileirão 2010: dois jogos e duas vitórias.

Logo aos 5 minutos, Ralf abriu o placar para o Alvinegro. Dentinho cobrou escanteio da direita, o volante subiu mais que Mário Fernandes e cabeceou. A bola ainda tocou na trave antes de morrer no fundo do gol de Victor. Foi o primeiro gol do jogador com a camisa do clube paulista.

Com o gol sofrido logo no começo, o Grêmio sentiu o "baque". Embora os gaúchos trocassem passes com traquilidade no campo de defesa, bastava avançar um pouco mais para que o jogo ficasse truncado no meio de campo. Tanto que a primeira chegada do Tricolor aconteceu apenas aos 24 minutos, em um cruzamento de Hugo, que William afastou.

No intervalo, o técnico Silas tentou mudar a postura da equipe, tirou o apagado Douglas e promoveu a entrada de Jonas. E nos primeiros minutos da segunda etapa a equipe realmente melhorou e por pouco não empatou com Leandro, aos 2 minutos.

No entanto, quando o Grêmio parecia melhor em campo, o Corinthians ampliou. Jucilei fez bom passe para Dentinho na esquerda, que cruzou. A bola passou por Victor, Bruno Collaço não conseguiu afastar e ela sobrou para Souza, que teve tranquilidade para tocar para as redes.

Com 2 a 0 contra, o Grêmio se lançou ao ataque. Silas tirou Hugo e colocou Maylson, aos 27 minutos. Dois minutos depois, foi ele quem diminiu. O camisa 16 recebeu na área, contou com a falha de William e bateu cruzado. Felipe nada pode fazer.

Depois disso, o Corinthians se fechou e arriscou-se apenas nos contra-ataques. Embora os gaúchos ficassem mais tempo com a posse de bola, não houve grande pressão. A defesa alvinegra, bem postada, segurou o impeto do ataque adversário e garantiu a vitória corintiana.

FICHA TÉCNICA:
GRÊMIO 1 X 2 CORINTHIANS

Estádio: Olímpico, Porto Alegre (RS)
Data/hora: 16/5/2010 - 16h
Árbitro: Elmo Alves Resende (GO)
Auxiliares: Fabrício Vilarinho (GO) e Cristhian Passos (GO)
Renda/público: R$284.483,00 / 17.119 pagantes

Cartões amarelos: Douglas, Leandro, William Magrão (GRE); Jorge Henrique, Dentinho (COR)
Cartões vermelhos: Não houve
GOLS: Ralf, 5'/1ºT (0-1); Souza, 19'/2ºT (0-2); Maylson, 29'/2ºT (1-2)

GRÊMIO: Victor, Joílson, Mário Fernandes (Fernando, 40'/1ºT), Rafael Marques e Bruno Collaço; William Magrão, Fábio Rockemback, Hugo (Maylson, 27'/2ºT) e Douglas (Jonas, Intervalo); Leandro e Bergson. Técnico: Silas.

CORINTHIANS: Felipe, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei e Elias; Dentinho (Iarley,35'/2ºT), Jorge Henrique (Danilo, 22'/2ºT) e Souza (Paulinho, 44'/2ºT). Técnico: Mano Menezes.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sem rodízio, Timão é melhor que Santos e Barcelona (ESP)

Definitivamente, o rodízio de jogadores fez mal ao Corinthians. Muito mal, diga-se de passagem. Pelo menos, é isso que mostra a diferença de aproveitamento da equipe de Mano Menezes com a excessiva mudança dos titulares e o que foi alcançado posteriormente, após o fim das experiências do treinador.

Durante o período de intensas mudanças, o aproveitamento foi de 57,8%, contabilizando os jogos do Paulistão e da Libertadores (nove vitórias, seis empates e quatro derrotas). Após o término do rodízio, o Timão disputou nove partidas, com oito triunfos e uma derrota.

O aproveitamento de 88,8% dos pontos é maior do que o alcançado por concorrentes brasileiros ao longo da temporada, inclusive, do festejado Santos. Boa parte dos clubes europeus também não conseguiu um aproveitamento tão bom em 2010 (veja listas mais abaixo).

A última partida com o famigerado rodízio ocorreu em 24 de março, na derrota para o Paulista de Jundiaí, por 1 a 0, na Arena Barueri. Naquela noite de péssimo futebol, a equipe atuou com os dois zagueiros reservas (Paulo André e Leandro Castan) e o desacreditado Morais na armação das jogadas.

Alguns titulares absolutos, como Dentinho e Jucilei, não jogaram. O volante, aliás, foi colocado no banco de reservas sem qualquer motivo aparente. Após a derrota para o Paulista, a equipe saiu do G4 e jamais conseguiu voltar, ficando fora da disputa da fase semifinal.

Após o término do rodízio, São Paulo, Cerro Porteño (PAR), Ituano, Rio Claro, Racing de Montevidéu (URU), Medellín (COL), Flamengo e Atlético-PR sucumbiram diante do Corinthians. Os cariocas, porém, foram os responsáveis pela única derrota nesse período pós-rodízio. Revés esse, aliás, fundamental para o fim do sonho na Libertadores.

A queda precoce do Timão faz com que essa evolução da equipe de Mano seja escondida do noticiário e da mente dos torcedores.

– Estamos numa evolução. Nos últimos jogos, a equipe mostrou bom futebol e conseguiu a maioria dos resultados – lembrou Mano.

O sonho da Libertadores 2011 volta à tona com o início do Brasileirão e, principalmente, com a manutenção desse bom futebol.

COM RODÍZIO (57,8%)

19 JOGOS
9 VITÓRIAS
6 EMPATES
4 DERROTAS


SEM RODÍZIO (88,8%)

9 JOGOS
8 VITÓRIAS
1 DERROTA


TEMPORADA 2010 (no futebol brasileiro)

Botafogo - 81,1%
Grêmio - 79,3%
Santos - 75%
Flamengo - 71,6%
Fluminense - 68%
Atlético-MG - 66,6%
Internacional - 66,6%
Cruzeiro - 66,6%
Vasco - 64,6%
São Paulo - 57,7%


TEMPORADA 2010 (principais ligas nacionais pelo mundo)

Barcelona (ESP) - 86%
Benfica (POR) - 84,4%
Twente (HOL) - 84,3%
Rangers (ESC) - 76,3%
Chelsea (ING) - 75,4%
Fenerbahçe (TUR) - 73,7%
Inter (ITA) - 71%
Bayern Munique (ALE) - 68%
Olympique (FRA) - 67%

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ronaldo: 'Me arrependo de dizer que torcia pelo Flamengo'



Em coletiva na manhã desta segunda-feira, para anunciar a sua parceria com uma empresa de telefonia celular, Ronaldo falou sobre o quanto lhe prejudicou o fato de ter, um dia, se declarado torcedor do Flamengo.

- Me arrependo profundamente de ter anunciado um dia ser torcedor do Flamengo. Só me atrapalhou, porque ninguém consegue entender que já fui criança um dia, e torcia para um time. Parecia um absurdo - afirmou o Fenômeno, que ainda completou.

Isso passou, acabou. Hoje, sou Corinthians e honro a camisa do Corinthians em cada dia da minha vida. Os outros clubes, não tenho de defende-los - decretou Ronaldo.
O Fenômeno tratou também de defender seu ex-companheiro de ataque da seleção, Adriano, com quem formou a dupla ofensiva da Copa de 2006, na Alemanha.

- O Dunga confia no Adriano e às vezes que foi para a Seleção não nos decepcionou. Qualquer julgamento é preciptado, ainda mais ser saber os motivos da pessoa. Acredito nele, acho que vai nos representar bem na Copa - concluiu Ronaldo.

Corinthians 2x1 Atlético PR



O Timão venceu na tarde deste domingo o Atlético-PR, no Pacaembu, pela estreia no Campeonato Brasileiro deste ano, e espantou a crise que rondava o Parque São Jorge. O Atlético-PR ainda saiu na frente, mas com gols de Souza e Ronaldo, o Alvinegro conseguiu a virada.

O Corinthians começou melhor na partida, criando oportunidades e, aparentemente, tendo espantado o fantasma da eliminação da Libertadores frente ao Flamengo, quarta-feira, neste mesmo Pacaembu.
As jogadas saíam com certa facilidade, principalmente pelos pés do lateral-esquerdo Roberto Carlos, e do trio ofensivo, Jorge Henrique, Dentinho e Ronaldo, este, mais uma vez, mostrando maior mobilidade do que nos jogos anteriores, como já havia sido no dia da eliminação.

A melhor oportunidade surgiu aos 23 minutos do primeiro tempo, com Roberto Carlos, que cruzou da esquerda, Ronaldo se esticou todo, mas não alcançou a bola, que fatalmente abriria o placar para o Timão. Pouco antes, Fenômeno já tinha sido protagonista de um lance em que deu bom passe de letra para Dentinho, e este não conseguiu chutar, por ser travado pelo zagueiro RodholfoO cenário melhoraria ainda mais para o Timão após a expulsão de Paulo Baier, que recebeu o segundo cartão amarelo ao colocar a mão na bola, aos 41 minutos do primeiro tempo.

Porém, o gol não saiu, e novamente o Corinthians se viu em situação complicada no Pacaembu quando Wagner Diniz cobrou falta, ninguém desviou, e a bola entrou direto, no canto esquerdo do goleiro Felipe, que ficou vendido no lance.

Na volta do intervalo, Mano Menezes ousou, e voltou com Souza no lugar do lateral-direito Alessandro. A ousadia foi premiada, pois Souza se entendeu bem com o Fenômeno, inclusive recebendo, aos 13 minutos, o passe que resultou no gol de empate do Timão, quando ele deu boa finta no zagueiro e finalizou de forma precisa.

Depois de o empate, a morosidade tomou conta da partida. Apenas aos 24 minutos, após passe de Chicão, o panorama se alterou, quando Dentinho saiu na cara do goleiro, que acabou expulso, pois deu um carrinho violento no atacante corintiano.

Com dois a mais, Mano Menezes novamente foi ousado, e pôs Iarley também no jogo, o quinto atacante do time. Contrastando com o que a torcida dizia, quando protestou nos treinos da equipe no sábado, chamando o treinador de retranqueiro.

Aos 38 minutos, depois de cruzamento na área, Souza, na interpretação do árbitro, foi empurrado por Alan Bahia. Pênalti duvidoso para o Corinthians. Ronaldo deslocou com tranquilidade o goleiro, e sacramentou a virada do Timão.

Agora, o Corinthians terá a tão desejada paz por uma semana, quando visitará o Grêmio, no Olímpico. Já o Atlético Paranaense receberá o Guarani, também no domingo que vem, na Arena da Baixada.

FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 2 X 1 ATLÉTICO-PR

Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data/hora: 9/5/2010 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Auxiliares: Dilbert Moisés (RJ) e Rodrigo Jóia (RJ)
Renda e público: R$ 283.127,00 / 9.232 pagantes

Cartões amarelos: Danilo (COR); Alan Bahia e Leandro (ATL-PR)
Cartões vermelhos: Paulo Baier, 41'/1ºT (ATL-PR); Neto, 24'/2ºT (ATL-PR)
GOLS: Wagner Diniz, 46'/1ºT (1-0); Souza, 13'/2ºT (1-1); Ronaldo, 38'/2ºT

CORINTHIANS: Felipe, Alessandro (Souza, Intervalo), Chicão, William e Roberto Carlos. Ralf (Iarley, 29'/2ºT), Elias e Danilo (Jucilei, 23'/2ºT); Jorge Henrique, Dentinho e Ronaldo. Técnico: Mano Menezes.

ATLÉTICO-PR: Neto, Rodholfo, Leandro e Bruno Costa; Wagner Diniz, Alan Bahia (Alex Mineiro, 40'/2ºT), Chico, Paulo Baier e Marcio Azevedo; Marcelo (João Carlos, 26'/2ºT) e Javier Toledo (Netinho, Intervalo). Técnico: Leandro Niehues.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Andrez:Carta para a Fiel!!!

"Depois de uma noite mal dormida, revendo e pensando cada decisão que tive que tomar a frente do clube nos últimos tempos, falando com os amigos e pessoas muito queridas, e ainda com o sentimento de perda muito grande, chegou a hora de me dirigir a enorme Nação Corinthiana.

Hoje, estamos chateados, feridos, porém, tenho certeza que isso só nos dá ainda mais ânimo para todos os desafios que nós corinthianos passamos em nosso dia a dia.

Na maior dor da história do clube, em 2007, eu disse, na ocasião, alguns vão rir, porém, amanhã podem se preparar para chorar.

Eu tenho certeza que continuamos de cabeça erguida, nosso orgulho como corinthiano nenhum resultado pode tirar.

Sabemos do nosso tamanho, da nossa grandeza e a partir de hoje tomei uma decisão: ao invés de lamentar, vou arregaçar as mangas e trabalhar ainda mais com meus companheiros. Tem muito a fazer, tem uma história gloriosa que precisa continuar a ser escrita é isso que temos obrigação de fazer. E vamos fazer. Nesses 100 anos lições foram aprendidas e essa é mais uma.

Os corinthianos podem ficar tranquilos. Sem tirar o peso da minha responsabilidade, porém contando com cada torcedor, nós temos muitas tarefas. E as vitórias e os títulos vão continuar acontecendo em nossas vidas."

Saudações corinthianas,

Andrés Sanchez
Presidente"

R9: 'Eu tenho 33 anos, oito operações e dores'

Para aqueles torcedores que colocam culpa em Ronaldo e têm certeza de que houve falta de comprometimento dele em relação à forma física, o Fenômeno respondeu. E com desabafo. O camisa 9 do Timão rechaçou qualquer tipo de acusação nesse sentido e, visivelmente emocionado no momento da resposta, lembrou de suas limitações físicas nos últimos anos da carreira.

- É muito fácil falar de comprometimento, é fácil a pessoa do lado de fora fazer julgamentos. Vocês (Jornalistas) não devem saber, mas eu tenho 33 anos, fiz oito operações no meu corpo, tenho muitas dores, enfim, e eu tenho de ouvir esse tipo de pergunta, sobre comprometimento. Enfim, o povo está comigo, o corintiano está comigo, é isso - desabafou o Fenômeno.
Ronaldo revelou que teve uma conversa com o preparador fisico Walmir Cruz na última semana e, segundo as estatísticas da comissão técnica, ele foi um dos jogadores que mais treinaram na temporada.

- Eu estava vendo essa semana com o Walmir, eu estou entre os dez que mais treinaram esse ano, uma das maiores cargas horárias. Esses dados não são passados porque o torcedor não quer saber isso, o torcedor quer saber de futebol jogdo, vitórias, derrotas - lembrou.

Apesar das dificuldades que o término da carreira traz a ele, Ronaldo garantiu que não tem a mínima intenção de parar de jogar neste momento. Nem mesmo as ironias que parte da imprensa faz no dia-a-dia muda sua opinião. O camisa 9 do Timão pediu ainda que haja um tratamento mais adequado aos ídolos brasileiros, e ainda citou os EUA.

- É claro que a cobrança é válida, é motivadora, mas o que eu vejo é uma parte da imprensa é uma cobrança muito pessoal, envolve coisas pessoais, não é justo comigo nem com ninguém. Eu não concordo quando vejo críticas ou matéria sobre minha vida pessoal, acho isso tudo muito ultrapassado. As coisas deveriam ser mais técnicas, mas entendo também como dentro do futebol existem profissões que não são capacitados, na imprensa também há pessoas assim - afirmou.

- Nós estamos muito atrasados. Nosso comportamento, até mesmo a chacotas, podem ser engraçadas mas são muito ofensivas. Eu tenho uma admiração grande com os EUA porque o ídolo é um ídolo mesmo, ele chega a ser quase intocável. As pessoas falam do Jordan como Deus na Terra. Não pretendo isso no Brasil, mas o respeito pela carreira do atleta precisa ter. A carreira de um atleta é sofrida, você joga 70 vezes no ano, treina todos os dias, enquanto seus amigos têm fim de semana, você está jogando, treinando. São 18 anos que eu não sei o que é um final de semana prolongado. Depois que consegue uma situação financeira boa, o dinheiro fica em segundo plano. Vôce pensa no sonho de criança, que era jogar futebol. Precisa ter o respeito com a História do cidadão - finalizou o desabafo.

Fiel, mostrou porque é a melhor do MUNDO!!!

Parecia definitivo. Se o Corinthians fosse eliminado da Libertadores o pau ia comer. A tensão estava no ar. Até Mano Menezes deu declarações tentando acalmar a torcida no caso de uma eliminação.

Durante o jogo, a torcida só apoiou o Timão. Foram 90 minutos vibração, torcida e apitaço. E, mesmo após a eliminação, a torcida mostrou muita maturidade e aplaudiu o time. O que mudou de 2006 pra cá? A postura do time.

A torcida viu Ronaldo, mesmo longe da sua melhor forma, buscar o jogo, se movimentar e tentar passar pela marcação do Flamengo.

Viu Dentinho driblando e abrindo espaços.

Percebeu a dedicação de Jorge Henrique, que correu até não aguentar mais.

Viu Elias e Ralf dominarem o meio de campo.

Viu Chicão e William, como dois leões, defendendo a meta corintiana.

Viu Felipe jogando com muita coragem.

Viu o Corinthians, como um todo, brigar e buscar a classificação até os últimos segundos de jogo. Viu a dedicação e a luta do time, que honrou a camisa do Timão.

Mesmo assim não deu. O Corinthians foi eliminado. A torcida está triste, esperava melhor sorte, como disse Ronaldo. Mas está confiante. Sabe que tem um grande time e que, se Deus quiser, ano que vem tem mais.

Não seremos campeões da Libertadores no nosso centenário, mas outras Libertadores virão. O que importa é que o Corinthians está, eternamente, dentro dos nossos corações.

Parabéns torcida! Parabéns Corinthians! O sonho não acabou! Rumo à Libertadores 2011!

Por que o Corinthians caiu na Libertadores?

O que nenhum corintiano esperava aconteceu na noite desta quarta-feira, no Pacaembu. Depois de fazer a melhor campanha da fase de grupos, o Corinthians foi eliminado pelo Flamengo nas oitavas de final da Copa Libertadores.

O sonho da conquista inédita, no ano do centenário, que será completado em setembro, acabou. Um insucesso para diretoria, que investiu alto e contratou jogadores de nome, como Roberto Carlos e Danilo, e para grande parte do elenco, que havia conquistado o status de melhor do Brasil, após as conquistas do Paulistão e Copa do Brasil em 2009.

1) Fenômeno em baixa

Ronaldo não se encontrou na temporada-2010. No começo do ano, sofreu lesão muscular na coxa direita que o afastou dos gramados por mais de um mês. Depois, não conseguiu mais recuperar o condicionamento físico que apresentou no mesmo período do ano passado, quando foi o principal destaque das conquistas do título paulista e da Copa do Brasil. Neste ano, fez apenas seis gols em 17 partidas, sendo três em sete jogos pela Libertadores. Nem mesmo a preparação especial para o duelo das oitavas surtiu efeito. Uma de suas piores atuações com a camisa do Corinthians foi no jogo de ida contra o Flamengo, no Maracanã. Na volta, no Pacaembu, o atacante até teve boa atuação e marcou um gol, mas a equipe foi eliminada.

2) Reforços não vingaram

O planejamento da diretoria desde a conquista da vaga para a Libertadores, em 2009, era montar um elenco experiente e acostumado a decisões. De todos os "medalhões", apenas Roberto Carlos se destaca, com atuações regulares. Os volantes Marcelo Mattos e Edu, por exemplo, perderam espaço no time e raramente são aproveitados. Iarley não conseguiu se firmar como titular e já é cotado para deixar o clube. Já Tcheco, hoje machucado, também foi muito perseguido pela torcida desde as primeiras atuações. Danilo, camisa 10 na Libertadores, não foi o meia de ligação que a torcida esperava.

3) Ataque improdutivo

Em 2010, Mano Menezes abdicou do esquema com três atacantes de ofício, vitorioso no ano passado. Sem Douglas e com Danilo, que não tem as mesmas características, segundo o próprio treinador, o desenho tático mudou. O Corinthians foi montado com três volantes, Ralf, Jucilei e Elias, e Danilo e Dentinho abertos pelas pontas. Apenas Ronaldo era a referência. Em determinado momento do ano, segundo levantamento feito pelo LANCENET! , o Timão teve a pior média de gols entre todos os clubes da Série A. O fato de não ter marcado gol no jogo de ida, no Maracanã, foi determinante para a eliminação. No Pacaembu, Mano reeditou os três atacantes. Deu resultado no primeiro tempo, mas no fim os atacantes não conseguiram marcar o gol necessário para a classificação.

4) Obsessão pela Libertadores

Diretoria, Mano Menezes e os jogadores tentaram negar até os últimos instantes do jogo contra o Flamengo. Mas a pressão pela conquista da Libertadores, no ano do centenário, acompanhava o elenco desde o ano passado. O próprio lateral Roberto Carlos, em uma entrevista recente, afirmou que ouvia a palavra "Libertadores" sempre que encontrava algum torcedor. O medo de repetir o fracasso e a tragédia da eliminação anterior, contra o River Plate (ARG), em 2006, no Pacaembu, era mais um fator que aumentava a pressão de todos no Parque São Jorge.

5) Saída pelas laterais

No primeiro jogo, os dois laterais corintianos tiveram influência negativa. Roberto Carlos errou a saída de bola, que resultou na jogada do pênalti do Fla, cometido por Moacir em Juan. Já no duelo do Pacaembu, a jogada do gol de Vagner Love saiu nas costas de Alessandro, que já estava cansado pela falta de ritmo de jogo.

Corinthians 2x1 Flamengo (O FIM)





Está decidido. O Flamengo perdeu para o Corinthians por 2 a 1, no Pacaembu, mas garantiu sua classificação para as quartas de final da Copa Libertadores. Em partida eletrizante, o Rubro-Negro não apresentou grande atuação, mas soube segurar a ofensividade corintiana e administrar o placar que lhe rendeu permanência na Libertadores, após a vitória sobre o Timão no Maracanã, por 1 a 0.

Era de se esperar que o duelo entre Flamengo e Corinthians começasse a mil, mas a grande surpresa da noite desta quarta-feira, no Pacaembu, foi a apatia da equipe carioca dentro de campo durante o primeiro tempo. De pés atados pela forte marcação do Corinthians, o Rubro-Negro teve dificuldades de organizar seus contra-ataques e se viu pressionado durante praticamente todos os 45 minutos iniciais.

As estrelas do Timão fizeram jus ao jogo dentro de casa e impuseram o ritmo do duelo no primeiro tempo. Aos cinco minutos, com Jorge Henrique, e aos sete, com Ronaldo, a fiel torcida corintiana quase viu o primeiro gol do Timão. E assim seguiu a superioridade do clube paulista: desarmando melhor e criando mais, o Corinthians encontrava aos poucos o caminho da rede. A primeira finalização do Flamengo só viria aos 18 minutos, com um chute despretensioso de Vinícius Pacheco, que acabou em tiro de meta para o time de Mano Menezes, que já havia finalizado em cinco oportunidades.

Aos 20 minutos, outro susto para os corações rubro-negros. Jorge Henrique alçou bola na área e Dentinho empurrou com os pés para o gol, mas Bruno estava atento e adiou o revés. Apático, o Flamengo não conseguia dar continuidade às saídas de bola e cedia a pressão imposta pelos donos da casa com muita timidez.

Tal pressão enfim deu resultado para os corintianos. Aos 27 minutos, o que parecia um cruzamento de Danilo para Ronaldo terminou na rede de Bruno após David tentar a interceptação. Atrapalhado, o zagueiro do Fla não firmou o pé e acabou fazendo contra.

A recompensa para um ataque efetivo viria minutos depois, em outro cruzamento. Desta vez, Dentinho cruzou bola na área e Ronaldo, preciso, cabeceou para ampliar o marcador. O faro de gol do camisa 9, até o momento, aproximava o Timão da classificação para as quartas de final.

O Flamengo acordou no segundo tempo, mas ainda não convencia. Saindo mais para o ataque, o Rubro-Negro buscava, quase sempre pelo meio, o placar mínimo de 2 a 1 que o classificaria. Para isso, Rogério Lourenço sacou Kleberson para o lugar de Vinicius Pacheco, na tentativa de imprimir qualidade técnica no meio campo de sua equipe.

Funcionou. Foi Kleberson quem deu lindo passe para que Vagner Love penetrasse venenosamente na área do adverário e chutasse na saída do goleiro Felipe, que não conseguiu evitar. Gol do Mengão.

Depois do gol a estratégia do Flamengo foi clara: se fechar atrás e explorar os contra-ataques. O Corinthians teve campo para atacar, mas sentiu o gol sofrido. As chances foram escassas. Ronaldo, Roberto Carlos, Dentinho & Cia. trocavam passes, mas não conseguiam penetrar na zaga do rival.

Os passes errados dos corintianos facilitavam os contra-ataques do Flamengo, que passou a perder chances de empatar a partida. Adriano, Love e Kleberson desperdiçaram chances claras.

O jogo ganhou ainda mais em emoção. Um gol poderia definir tudo. O Timão insistia, tanto pelas laterais com Roberto Carlos e Alessandro, quanto pelo meio, mas o Flamengo conseguia rechaçar o perigo. O Rubro-Negro chegava com perigo, entretanto, pecava nas finalizações.

Minutos finais e mais apreensão no Pacaembu. Rogério Lourenço tratou de reforçar a marcação com Fierro e Toró nos lugares de Love e Maldonado, respectivamente. Por sua vez, Mano colocou Iarley e Jucilei. O panorama era o mesmo: Timão com a posse de bola e Fla recuado.

Expectativa em alta! Acréscimos e falta para o Corinthians na entrada da área. Chicão encobre a barreira. Bruno voa e manda para escanteio. Ali o goleiro do Flamengo sacramentou a classificação para as quartas de final. O Timão ainda tentou na cobrança do córner, até Felipe foi para a área, mas não deu. A vaga é do Flamengo, que continua em busca do bicampeonato da Libertadores. Já o Corinthians é eliminado no ano do seu centenário
FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 2 X 1 FLAMENGO

Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data/Hora: 05/05/2010 - 21h50
Renda/Público: 35.561 pagantes / R$ 2.949.424,00
Árbitro: Roberto Silvera (URU)
Auxiliares: William Casavieja (URU) e Marcelo Costa (URU)
Cartões Amarelos: Juan, David, Willians, Iarley

GOLS: David 27'/1ºT (1-0), Ronaldo 39'/1ºT (2-0), Vagner Love 4'/2ºT (2-1)

CORINTHIANS: Felipe, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias (Jucilei - 23'/2ºT) e Danilo; Jorge Henrique (Iarley - 21'/2ºT), Dentinho e Ronaldo. Técnico: Mano Menezes.

FLAMENGO: Bruno, Léo Moura, David, Angelim e Juan; Rômulo, Maldonado, Willians e Vinícius Pacheco (Kleberson - intervalo); Adriano e Vagner Love (Fierro - 31'/2ºT). Técnico: Rogério Lourenço.

sábado, 1 de maio de 2010

É hora da virada

Nessa quarta-feira é o jogo mais importante da história do Corinthians. Chegou a hora de sabermos o nosso futuro no ano do Centenário. Lutamos como grandes guerreiros para chegarmos a esse objetivo e não vai ser uma derrota simples por 1x0 que irá nos abalar. Somos grandes o suficiente para levantar, lutar e reverter esse resultado como grandes homens, com a raça característica desse time que não desiste nunca. Vamos Corinthians, vamos lutar, vamos jogar com o coração, vamos incorporar esse instinto Alvinegro que tanto nos orgulha. Somos Corinthianos, somos diferentes, apenas nós sabemos o que é ser tão apaixonado por um time. Chegou a nossa hora, a hora de virar o jogo e provar pra todos que desacreditam que somos o Corinthians. Vai Corinthians

Um abraço á todos
Rodrigo Freitas

Corinthians vende 26 mil ingressos; Fla terá dois mil

Neste domingo, das 10h às 18h, em sete postos de venda espalhados pela cidade de São Paulo e região, a diretoria alvinegra coloca à disposição ingressos para dois setores do Pacaembu, palco do confronto Corinthians x Flamengo, na próxima quarta-feira, às 21h50. São eles: arquibancada especial laranja (R$ 250) e numerada (R$ 350) – bilheterias do estádio não abrem por causa da final paulista.

Até agora, 26 mil já foram comprados pela internet, por meio do programa Fiel Torcedor. Os sócios-torcedores do Timão esgotaram os bilhetes de arquibancadas e tobogã, os mais populares. Já o setor Vip, que também não será colocado à venda, foi esgotado por empresas ligadas ao clube, espécie de venda cooperativa.

Em relação à torcida do Flamengo, os anfitriões já comunicaram à diretoria rubro-negra de que dois mil bilhetes estarão à disposição – capacidade do setor visitante. A divisão da carga e os pontos de venda ficarão à cargo dos dirigentes do Fla.

No Rio de Janeiro, o presidente Andrés Sanchez havia afirmado de que apenas 700 bilhetes seriam repassados aos flamenguistas. Algo que não se confirmou dias depois.

Mais de 3 mil FIÉIS no treino deste sábado




A promessa foi cumprida. Mais de três mil corintianos saíram de suas casas para acompanhar o treinamento do Corinthians na manhã deste sábado, a quatro dias do confronto com o Flamengo, pelas oitavas de final da Copa Libertadores.

Com dezenas de faixas e bandeiras espalhadas pelas arquibancadas da Fazendinha e gritos de incentivo dos mais diversos, a torcida demostrou a importância que a partida diante dos cariocas têm para a nação corintiana.

Para eliminar o Rubro-Negro, o Timão precisa vencer por diferença de dois gols ou devolver o placar de 1 a 0, e vencer nos pênaltis.