LEALDADE HUMILDADE PROCEDIMENTO

Minha foto
São Paulo, Mooca - SP, Brazil
Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

sábado, 31 de julho de 2010

1977: Basílio faz o gol mais importante da História do Timão

Se Deus é brasileiro, na noite do dia 13 de outubro de 1977 Ele vestiu a camisa do Corinthians, e todas as 86.677 pessoas presentes na final do Campeonato Paulista daquele ano, no Morumbi, foram testemunhas da benção concedida a apenas um homem no gramado, que se não era anjo, tinha o pé de um: José Roberto Basílio.

Em toda sua carreira, Basílio nunca marcou muitos gols. Desde os times da várzea paulistana até despontar na Portuguesa, sempre jogou como meia ou volante. Tanto que o camisa 8 da Lusa só pisou no Parque São Jorge em 1975 com a missão de substituir Rivellino, que comandou o meio-campo corintiano por muitos anos. O início com poucos gols e nenhum título aumentaram ainda mais a pressão da torcida, que já tinha expulsado o Reizinho do clube. A grande oportunidade de encerrar o jejum de título veio em 1976, mas Basílio viu do banco de reservas o time ser vice-campeão brasileiro.

Já titular, Basílio não teve grandes atuações no Paulistão de 1977. Wladimir, Vaguinho e Zé Maria eram os grandes nomes da equipe. A boa campanha levou o Corinthians à final da competição, contra a Ponte Preta. No primeiro jogo, 1 a 0 para o Timão, em Campinas, e no segundo, 2 a 1 para a Macaca no Morumbi, forçaram o terceiro e decisivo jogo.

- Estávamos tranquilos. Quando entrei no Morumbi e vi tanta gente, tive certeza que precisávamos dar aquele título para eles - relembra.

O jogo começou nervoso. Logo no início, Ruy Rei foi expulso pelo lado da Ponte, mas mesmo com jogador a menos a Macaca segurou o empate até os 36 minutos do segundo tempo, quando o juiz marcou falta da direita para o Corinthians.

- A gente treinava muito aquela jogada. O Wladimir ficava no primeiro pau, o Vaguinho centralizado e eu na sobra. Então, quando ele cruzou, era o Wladimir quem tinha mais chances de marcar o gol, mas a cabeçada dele bateu na zaga. Logo em seguida o Vaguinho chutou na trave e então pingou na minha frente, e eu fiz o gol mais importante da História do Corinthians - conta, emocionado.

Porém, a importância do gol não atingiu Basílio no momento em que ele aconteceu, somente o motivo pelo qual ele foi o escolhido para fazê-lo.

- Foi Deus. Ele olhou lá de cima e disse: "É você". Mas eu não imaginava que teria uma proporsão tão grande como é hoje - disse.

O mesmo Deus que na noite de 13 de outubro de 1977 desceu até as arquibancas do Morumbi e viu o Corinthians ser campeão paulista depois de 22 anos com um toque seu, e um gol do Pé-de-anjo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

1976: Torcida corintiana invade o Maracanã



Como explicar uma torcida que, mesmo sem comemorar a conquista de um título importante há mais de 20 anos, viaja 429 km para ver seu time enfrentar um rival que era considerado uma máquina, como o Fluminense de 1976?

Mesmo sem explicação, em 5 de dezembro daquele ano, cerca de 70 mil corintianos invadiram o Rio de Janeiro e lotaram o Maracanã para acompanhar o Corinthians na semifinal do Campeonato Brasileiro.

Diante de um dos melhores times brasileiros da época, liderados pelo ex-corintiano Rivellino, o Corinthians se sentiu em casa, em pleno território do adversário.

A partida foi dramática. Aos 18 minutos, Carlos Alberto Pintinho abriu o placar para os donos da casa e parecia que iria calar os corintianos presentes no Maracanã. Mas, em uma meia-bicicleta, Ruço empatou a partida.

Um temporal fez com que o segundo tempo começasse atrasado e também que ambos os times não conseguissem mais fazer gols.

A decisão foi para os pênaltis e, então, brilhou a estrela de Tobias.

O goleiro do Timão defendeu duas cobranças e levou o Corinthians à final do Brasileirão, que seria perdida contra o Internacional.

Aquele Brasileirão, porém, já havia sido conquistado. Pela torcida do Corinthians, por uma das maiores e mais intensas movimentações humanas por razões pacíficas na História. A Fiel conquistou seu título.

FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 1 (1) X (4) 1 CORINTHIANS

ESTÁDIO: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
DATA: 5/12/1976
JUIZ: Saul Mendes (BA)
GOLS: 18’/ 1ºT Carlos Alberto Pintinho (1-0); 29’ 1ºT Ruço (1-1)

CORINTHIANS: Tobias, Zé Maria, Moisés, Zé Eduardo e Wladimir; Givanildo (Basílio), Ruço e Neca; Vaguinho, Geraldão (Lance) e Romeu. Técnico: Duque

FLUMINENSE: Renato, Rubens Galaxe, Carlos Alberto Torres, Edinho e Rodrigues Neto; Carlos Alberto Pintinho, Cléber (Erivélto) e Rivellino; Gil, Doval e Dirceu. Técnico: Mário Travaglini

Com a palavra - Rivellino - Ídolo de Corinthians e Fluminense

'Foi um dos fatos mais marcantes da minha carreira'

Foi o presidente do Fluminense quem me disse que ia convidar a torcida do Corinthians para ir ao Maracanã. Eu ainda falei pra ele: “Não faz isso, você não sabe do que essa torcida é capaz”. Deu no que deu. Quando entrei no estádio e vi toda aquela gente, fiquei pasmo. Realmente, foi um dos fatos mais marcantes da minha carreira. Apesar que aquilo não era novidade para mim, porque eu jogava contra o São Bento de Sorocaba no Pacaembu com 40 mil pessoas. Sei o que é isso, sei a paixão que essa torcida tem pelo time. Aquela invasão só me fez ter certeza disso. Acho que nem mesmo o Flamengo, que tem a maior torcida do Brasil, conseguiu fazer algo parecido. As torcidas rivais do Fluminense também ajudaram, mas a nação corintiana deu, sem dúvida, a maior demonstração de amor que já vi.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

1975: Geraldão chega ao Corinthians para ser artilheiro

"Eu quero ver gol, eu quero ver gol. Não precisa ser de placa, eu quero ver gol". O trecho da música do Rappa transmite essencialmente o desejo de uma torcida. Além da paixão pelo seu clube, o que importa realmente para um torcedor é ver seu time balançando as redes. E era isso o que Geraldão sabia fazer.

Ex-boia-fria, ele era o tradicional centroavante. Era limitado tecnicamente, mas o que sabia mesmo fazer era gols. De pé direito, de pé esquerdo, de cabeça e até mesmo de canela, nos seis anos em que passou no Parque São Jorge, o atacante fez 91 gols em 280 jogos.

Quando chegou ao Corinthians, em 1975, o atacante já chegou com status de goleador. Geraldão havia sido o artilheiro do Campeonato Paulista do ano anterior, com 23 gols, atuando pelo Botafogo-SP.

Na equipe do interior paulista, Geraldão fazia dupla com Sócrates, que mais tarde se tornaria um dos maiores ídolos do clube paulista.

Na épica conquista do título paulista de 1977, Geraldão foi muito importante para o Timão. O atacante foi o artilheiro da equipe na competição, marcando 23 gols.

E, para agradar ainda mais o torcedor corintiano, a vítima predileta de Geraldão era o São Paulo. Para se ter uma noção, apenas em 1977, o Corinthians enfrentou o rival tricolor cinco vezes e Geraldão marcou cinco gols, um verdadeiro “cliente preferencial” do atacante.

Campeão paulista em 1977 e 79, Geraldão provou que um jogador não precisa ser muito técnico, mas sim fazer gols. E ele fazia.

quarta-feira, 28 de julho de 2010



A torcida corintiana não perdeu tempo e começou a prestigiar ainda mais o volante Jucilei na Seleção Brasileira. Na loja oficial do Corinthians, no Parque São Jorge, camisas do volante são comercializadas

Equipe do Corinthians vira brinquedo infantil



No ano do centenário corintiano, o departamento de marketing do clube ataca em mais uma frente. Agora visando os torcedores mirins, o clube lançará em parceria com a Estrela, uma linha de jogos infantis comemorativas do Corinthians. O tradicional jogo "Cara a Cara", agora tem os rostos do elenco corintiano e será vendido por R$ 69,90. A linha dos brinquedos licenciados, ainda terá o Banco Imobiliário (R$ 99,90) e um Quebra-cabeça de cem peças, em alusão ao aniversário do clube, por R$ 19,90. (Foto: Divulgação)

1974: 100 mil corintianos em silêncio

"A lembrança que tenho é terrível. Eu tento sempre apagar as coisas negativas que aconteceram na minha vida profissional, tento pensar sempre para a frente, pensar apenas naquilo que conquistamos.

Naquela noite, encontramos o Morumbi na situação que sempre encontrávamos a torcida. A nação corintiana sempre foi participativa, sempre nos apoiou. E isso tornou a derrota ainda mais dolorosa. Saber que você entrou, tentou e não conseguiu dar a eles um retorno positivo. Um sonho de milhares de torcedores não foi alcançado. Para mim foi uma grande derrota, a maior da minha vida. E acredito que tenha sido também para todos os jogadores que estiveram lá.

Depois que você conquista um título, como foi nos anos seguintes, você consegue superar, mas para aqueles que não conseguiram deve ter sido muito mais frustrante.

O lance do gol do Palmeiras foi em uma jogada bem construída. O Buttice (goleiro do Timão) deu azar no lance, ele foi na bola, mas não conseguiu pegar. O Palmeiras foi muito feliz, foram poucos os lances de gol. Mas futebol é assim mesmo, você aproveita as oportunidades ou não. E o Palmeiras aproveitou.

A pressão no Corinthians é uma coisa diferente, não sei explicar. A emoção do torcedores, a revolta acontece, faz parte da vida. Tentamos sempre ganhar, ninguém gosta de perder. Na situação da derrota, você olha para cara de um, de outro e acaba se sentindo culpado, mesmo não participando do lance que nos levou para essa situação.

Sou contra ao que aconteceu depois. Tentaram responsabilizar o Rivellino, mas o time todo, com pouquíssimas exceções, não teve brilho. Criaram uma situação e o Vicente Matheus abraçou a ideia.

Para mim, realmente, foi a maior derrota da minha vida."

Derrota tirou Rivellino do clube

Se o Corinthians ficou com o vice-campeonato paulista, a torcida indicou um culpado para a derrota: Rivellino. Destaque do time, o meia ficou marcado por uma confusão no primeiro jogo do segundo turno no torneio. Na derrota por 1 a 0 para o Botafogo-SP, ele foi expulso por agredir o auxiliar Mário Molina após um impedimento. O duelo não terminou e o Timão perdeu seu rumo.

Com o vice-campeonato e a perseguição da torcida, Rivellino deixou o clube e foi para o Fluminense em seguida.

- A saída foi como foi mais pela imprensa. Uma pessoa principalmente, depois de muitos anos, veio me pedir desculpa. Foi o senhor J. Hawilla, que fez uma campanha maldosa - disse o meia.

terça-feira, 27 de julho de 2010

1973: Tião, santo protetor de Rivellino no Corinthians

Roberto Rivellino, sem dúvida, é um dos maiores ídolos da História do Corinthians. Mas seu sucesso se deve também ao companheiro Tião. Quase sempre coadjuvante, o volante era o responsável por segurar as contas dentro de campo.

Sebastião Carmo Silva iniciou a carreira em 1968, no próprio Timão. Falar de Rivellino sem mencionar Tião é quase impossível. Foram quase sete anos atuando juntos.

– Ele era segundo volante. Além de marcar com qualidade, o Tião era muito técnico, tocava bem a bola. Foi um prazer jogar com ele, foi muito importante, fizemos uma dupla boa. Era ele que segura a bronca (risos) – elogiou Rivellino.

No dia 11 de maio de 1968, contra o Palmeiras, Tião, o Santo Protetor, estreou com a camisa corintiana. Coincidentemente, ele substituiu Rivellino na etapa final. O clássico terminou empatado em 2 a 2.

Três anos depois, no dia 25 de abril, pelo Paulistão, o arquirrival voltou a fazer parte da trajetória dele. Apelidado como “O jogo da sua vida”, o volante marcou um gols da vitória corintiana por 4 a 3.

A estreia e o triunfo histórico diante do Palmeiras não foram suficientes para Tião. Ele queria mais contra sua vítima favorita. Em março de 1973, além do Carnaval, a Fiel comemorou o título Laudo Natel, torneio disputado apenas pelos grandes do Estado. Vitória por 2 a 1, com gols de Rivellino e Lance.

Ao todo, Tião realizou 363 jogos pelo Corinthians. Deixou o clube em 1977, apenas oito meses antes da quebra do jejum de títulos.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2x1 PALMEIRAS

TAÇA LAUDO NATEL
DATA: 3/3/1973
ESTÁDIO: Morumbi, São Paulo (SP)
GOLS: 7’ 1ºT> Mílton, 37’ 1ºT> Rivellino e 39’ 2ºT> Lance

CORINTHIANS: Ado, Zé Maria, Vágner, Luís Carlos e Miranda; Tião e Rivellino, Vaguinho, Lance, Mirandinha (Adãozinho) e Marco Antônio (Suingue). T: Duque

PALMEIRAS: Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha (Madurga), Mílton e Nei.
T: Oswaldo Brandão

Troca de técnico dá economia de 40%

O novo técnico do Corinthians, Adílson Batista, chegará ao clube recebendo cerca de 40% a menos do que se pagava a Mano Menezes, que foi para a Seleção Brasileira.

Batista receberá R$ 220 mil mensais, enquanto Mano recebia R$ 350 mil de salário. O novo treinador corintiano praticamente manteve o salário que recebia no Cruzeiro, seu último clube. Esse valor é 30% maior do que Mano acertou com o presidente do
Corinthians, Andrés Sanchez, no final de 2007.

Como Mano, Adílson terá no Corinthians seu segundo clube de expressão.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Timão: projeto de estádio por R$ 400 milhões, diz jornal

Para erguer seu estádio no terreno de Itaquera, que já pertence ao Corinthians, a diretoria alvinegra deve ter mais um projeto para avaliar, segundo o jornal "Brasil econômico".

Sem custos para o Corinthians, um projeto que será apresentado pelo grupo Advento ao clube paulista prevê a construção do estádio corintiano por R$ 450 milhões.

De acordo com o jornal, o Corinthians teria como gasto o valor simbólico de R$1 e o novo estádio corintiano teria capacidade para 50 mil lugares. O projeto é baseado em três pilares, que deverão garantir 90% das receitas: a venda do direito de dar nome ao estádio (naming rights) por dez anos, a venda de 20 mil cadeiras cativas e de 400 camarotes.

Nesse formato e com apenas com dinheiro da iniciativa privada, o projeto prevê arrecadação é de R$ 650 milhões, R$ 250 milhões acima do necessário para erguer a arena no terreno que o Corinthians tem disponível em Itaquera.

Ainda segundo a publicação, o grupo Advento quer apresentar a proposta para o conselho administrativo do Corinthians em, no máximo, 15 dias.

A reportagem do LANCENET! procurou Caio Campo, gerente de marketing do Corinthians, que afirmou desconhecer tal proposta de estádio para o clube.

1972: Wladimir, o recordista de jogos no Corinthians

Em quase cem anos de História, muitos jogadores vestiram a camisa do Corinthians diversas vezes. Porém, nenhum deles superou a marca de Wladimir, que defendeu o Timão em 805 jogos.

Revelado no Parque São Jorge, o lateral-esquerdo teve sua primeira chance no profissional do time em uma excursão pela Europa, sob o comando do técnico Duque. Na partida de estreia, vitória sobre o Besiktas (TUR) por 3 a 0 em Istambul, na Turquia.

Mas Wladimir só foi se firmar como titular do Corinthians no ano seguinte, assumindo a posição. A partir dali, o lateral fez história com a camisa corintiana. Além do recorde de partidas, a maior sequência de jogos consecutivos também é dele: 161. Seu estilo aliava técnica e também o espírito aguerrido, característica cultuada pela exigente torcida corintiana.

Em 15 anos de clube, Wladimir participou de grandes momentos do clube paulista. Em 1977, quando o Corinthians conquistou o título paulista após 22 anos de jejum, foi dele a cabeçada que o zagueiro pontepretano salvou em cima da linha e, no rebote, Basílio marcou o gol do título.

Em 1979, o lateral mais uma vez sagrou-se campeão paulista pelo Timão e ao lado de Sócrates, Casagrande e Zé Maria foi um dos líderes da Democracia Corintiana, na década de 80. Nesse período, mais duas conquistas no Paulistão: 1982 e 1983.

Em 1983, na maior goleada do Campeonato Brasileiro, Wladimir marcou um gol antológico no Canindé. De bicicleta, o lateral ajudou a construir a vitória por 10 a 1 sobre o Tiradentes, do Piauí.

Ídolo corintiano, Wladimir porém, não conseguiu passar sua identificação alvinegra para a família. O ex-corintiano é pai do lateral-direito Gabriel, que além de Fluminense e outros times, defendeu o São Paulo.

Mano Menezes diz ser 'mais um para o bando'

Após mais uma vitória e deixar o Corinthians na liderança do Brasileirão, Mano Menezes não conteve a emoção e foi às lágrimas ao falar sobre a despedida do Timão. E fez uma "declaração" de amor.

– Serei eternamente um louco – afirmou o emocionado treinador.

Mano Menezes dirigiu o Corinthians em 185 partidas, o bastante para conquistar o carinho e a confiança da exigente torcida.

– A recíproca é verdadeira. Eles (torcedores) me conquistaram também – disse, ao dar uma volta olímpica, saudando com muita emoção todos setores do estádio.

A fila dos jogadores esperando para prestar a última homenagem ao treinador mostrou que ele sempre teve o elenco ao lado dele. Com Mano Menezes nos braços, os corintianos comemoraram a escolha do treinador para a Seleção Brasileira e já começaram a fazer um lobby pela primeira convocação do novo técnico, que acontecerá hoje, na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

– Eu vou pedir a Deus para estar nessa convocação. Tenho um pouquinho de chance, afinal, ele estava com a gente. Vamos ver... – afirmou Bruno César, que decidiu a partida saideira de Mano Menezes do Corinthians, fazendo dois gols.

Tarimbado na Seleção Brasileira, Roberto Carlos também revelou a expectativa pela convocação.

– É importante ver. Até mesmo quando não sou convocado, fico ansioso para ver quem vai. A Seleção está em boas mãos, é um treinador que sabe montar um time bom dentro de campo. Agora, vai – garantiu.

domingo, 25 de julho de 2010

Corinthians 3x1 Guarani...No ADEUS de Mano



Assim como aconteceu na estreia de Mano Menezes, há dois anos e meio, o Corinthians bateu o Guarani e ajudou a fechar com chave de ouro a passagem do novo técnico da Seleção Brasileira pelo Parque São Jorge. O placar, que levou o Timão de volta à liderança do Brasileiro, foi parecido com o de janeiro de 2008. Com gols de Jorge Henrique e Bruno César (2) o Timão venceu o Bugre por 3 a 1 e se despediu de seu técnico, que amanhã fará sua primeira convocação pela Seleção.

A última escalação de Mano trouxe novidades com relação ao time que perdeu a invencibilidade no Brasileirão, no meio de semana, contra o Atlético-GO: machucado, Chicão deu lugar a Paulo André; Jucilei e Paulinho entraram nos lugares de Ralf e Danilo; e Jorge Henrique substituiu Iarley na frente.

Se antes do jogo o clima era de festa pela despedida de Mano Menezes, logo no primeiro minuto o atacante Jorge Henrique tratou de ampliar a alegria da Fiel. Após cobrança de escanteio de Bruno César, o zagueiro Willian desviou de cabeça no primeiro pau e a bola encontrou o baixinho dentro da pequena área: 1 a 0 Timão
Depois do gol, o Alvinegro continuou sufocando o Guarani, que não conseguia passar do meio-de-campo. Os primeiros 10 minutos foram de um time só. O primeiro chute a gol do Bugre - sem perigo - foi aos 11 minutos, com Ricardo Xavier.

O Timão continuou mandando na partida, mas tomou um susto aos 18. Após Dentinho ter seu chute interceptado dentro da área do Bugre, o time de Wagner Mancini armou um rápido contragolpe, com Mazola, que lançou Ricardo Xavier, sozinho pela esquerda. Já dentro da área o atacante campineiro tentou devolver para Mazola e a bola saiu fraca, para fora.

O lance pareceu ter animado o Guarani, que passou a criar boas chances e equilibrou o jogo. Aos 22 o goleiro Júlio César precisou se virar para espalmar uma bomba do meia Renan.

A melhora do Bugre, porém, não assustou Timão. Como costuma acontecer quando joga no Pacaembú, o Alvinegro demonstrava ter o controle das ações, tanto quando se defendia como quando buscava ampliar. Antes do fim do primeiro tempo, Jorge Henrique teve pelo menos mais duas boas oportunidades de aumentar a vantagem.

Este, talvez, tenha sido o maior legado que o agora ex-comandante deixou no Timão: com a posse de bola, o time corre riscos calculados e parece saber a hora certa de "dar o bote" nos adversários. No primeiro tempo contra o Bugre os três setores (defesa, meio campo e ataque) estavam especialmente equilibrados. Uma prova foi a cobertura perfeita do lateral Alessandro, que voltava de uma subida ao ataque e afastou o perigo da área corinthiana após um belo drible de Ricardo Xavier em Jucilei, aos 46.

Segunda etapa - O Corinthians voltou do intervalo privilegiando o lado esquerdo de seu ataque. O lateral Roberto Carlos recebeu dois bons lançamentos. No primeiro o lateral colocou muita força na hora do cruzamento. Na segunda chance, a bola veio rasteira e a zaga bugrina afastou como pode.

A "blitz" comandada por Roberto Carlos continuou. Aos 6 minutos ele esticou uma bola precisa no peito de Jorge Henrique, que dominou, mas caiu após receber um tranco de Baiano. Dois minutos depois foi a vez de Paulinho perder o gol ao mandar para fora, de carrinho, bola cruzada pelo lateral esquerdo.

Em um lance polêmico, porém, o árbitro Rodrigo Amaral tratou de "esfriar" os ânimos do personagem do início da segunda etapa. Após falta duvidosa em Mazola, Roberto Carlos recebeu um cartão amarelo que tira o jogador do clássico contra o Palmeiras, no próximo domingo.

Pane e golaço - O jogo que parecia sob controle para o Timão "desandou". Depois do cartão amarelo de Roberto Carlos o Guarani perdeu duas boas oportunidades de empatar. O ensaio, porém, deu resultado aos 18 minutos: Baiano lançou o atacante Mazola no meio da defesa corinthiana. Roberto Carlos vacilou na marcação e Mazola tocou com tranquilidade na saída de Júlio César para fazer 1 a 1.

O Corinthians ficou nervoso e Dentinho foi expulso um minuto depois do empate do Bugre. Ao tentar se desvencilhar da marcação de Mário Lúcio, o atacante levantou demais o braço e atingiu o meia do Guarani.

Não demorou, porém, para o árbitro igualar o número de homens em campo. Aos 25 o zagueiro Aílson entrou forte em Jorge Henrique e também foi mais cedo para o chuveiro.

Aos 32 minutos Bruno César tratou de acalmar o apreensivo torcedor corinthiano, que naquela altura sofria com o placar favorável ao Fluminense no clássico contra o Botafogo, no Rio. Com extrema categoria, o meia cobrou falta no canto esquerdo do goleiro Douglas para desempatar.

Com o empate do Fogão no Engenhão, a Fiel cresceu. E Bruno César ampliou. Aos 39 minutos Roberto Carlos foi à linha de fundo e cruzou. No segundo pau o meia mergulhou para fazer o terceiro do Timão: 3 a 1.

Com o apito final, a festa foi completa no Pacaembú: volta olímpica de Mano, vitória e liderança de volta.


FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 3 X 1 GUARANI

Estádio: Pacaembú, São Paulo (SP)
Data/hora: 25/7/2010 - 18h30
Árbitro: Rodrigo Ferreira do Amaral (SP)
Auxiliares: João Bourgalber Chaves (SP) e Anderson José Coelho (SP)
Renda/público: R$ 784.451,00 / 24.501 pagantes
Cartões amarelos: Bruno César e Roberto Carlos (COR); Rodrigão, Mário Lúcio, Paulo Roberto e Rodrigo Heffner (GUA)
Cartões vermelhos: Dentinho, 19'/2ºT (COR); Aílson, 25'/2ºT (GUA)
GOLS: Jorge Henrique, 1'/1ºT (1-0); Mazola, 18'/2ºT (1-1); Bruno César, 32'2ºT (2-1); Bruno César, 39'/2ºT (3-1)

CORINTHIANS: Júlio César, Alessandro, Paulo André, Willian e Roberto Carlos; Jucilei, Elias (Boquita, 26'/2ºT), Paulinho (Ralf, 35'/2ºT) e Bruno César (Danilo, 44'/2ºT); Jorge Henrique e Dentinho. Técnico: Mano Menezes.

GUARANI: Douglas, Rodrigo Heffner, Aílson, Rodrigão e Márcio Careca; Renan, Paulo Roberto e Baiano (Geovane, 35'/2ºT); Mario Lúcio (Heverton, 27'/2ºT), Mazola e Ricardo Xavier (Diogo, 15'/2ºT). Técnico: Wagner Mancini

1971: Vaguinho, o eterno camisa 7 do Corinthians

Na História quase centenária do Corinthians, a camisa 7 sempre foi usada por grandes jogadores. Foi assim com Cláudio, Bataglia, Marcelinho Carioca e com Wagno de Freitas, o Vaguinho.

Mesmo sendo o 15 maior artilheiro da História do Timão e sexto jogador que mais vestiu a camisa alvinegra, o nome de Vaguinho poderia estar escrito ainda mais forte na História do clube. Isso porque na final do Paulistão de 1977, foi ele quem chutou a bola na trave depois do cruzamento de Zé Maria, deixando a bola livre para Basílio marcar o gol do título estadual.

Vaguinho também poderia ter ocupado o lugar de Basílio alguns dias antes da fatídica final contra a Ponte Preta. No segundo jogo da decisão, contra a Macaca, Vaguinho protestou com o técnico Oswaldo Brandão, que o havia deixado no banco. Insatisfeito, ameaçou não ir ao estádio, e acabou comparecendo com a condição de vestir a camisa 7. Mas foi com a 15 nas costas que ele entrou no segundo tempo e marcou o gol do Corinthians. Porém, a Ponte virou para 2 a 1 e forçou o terceiro jogo, no qual Basílio brilharia com o gol solitário.

Ao todo, Vaguinho ficou dez anos no Corinthians, entre 1971 e 1981. Marcou 110 gols e conquistou dois títulos paulistas, em 1977 e 1979. Ainda teve uma rápida passagem pela Ponte Preta, antes de encerrar a carreira no Santo André.

Adílson Batista é o novo técnico do Corinthians

A diretoria do Corinthians não perdeu tempo para concluir as tratativas que foram iniciadas com Adilson Batista assim que Mano Menezes ganhou força como possível técnico da Seleção Brasileira.

Neste sábado, o presidente Andrés Sanchez e o diretor de futebol, Mário Gobbi, acertaram os últimos detalhes com o ex-cruzeirense, que acertou até dezembro de 2011 e será apresentado no início da semana.

O nome de Adilson sempre foi a prioridade dos dirigentes corintianos, que viam no perfil dele alguém parecido com o antecessor, que esteve nos últimos três anos à frente da equipe do Parque São Jorge.

Nos últimos dias, o LANCENET! acompanhou toda a negociação. Apesar de Mano ainda não estar confirmado no cargo de treinador da Seleção, o clube não bobeou e, por precaução, tratou de saber detalhes sobre o ex-cruzeirense, que foi vice-campeão da Libertadores-08. Membros da comissão técnica que ele gostaria de trazer, salário e tempo de contrato foram alguns dos assuntos pré-definidos entre as duas partes.

Nem mesmo uma pendência financeira entre o clube e o treinador evitou que ele fosse a prioridade. O ex-zagueiro do Timão, que foi campeão mundial de clubes, em 2000, acionou o clube na Justiça meses depois de deixar o Parque São Jorge. Ele pede cerca de R$ 500 mil relativos
aos direitos de imagem da época em que atuou como camisa 4. Algumas audiências foram realizadas, mas nunca houve um acordo entre eles.

De acordo com Andrés Sanchez, não haveria problema nenhum em relação à briga na Justiça, já que o
“acerto seria feito primeiro com o profissional, depois com o departamento jurídico”. Foi dessa maneira que o presidente corintiano, praticamente, anunciou a contratação na manhã deste sábado, durante a entrevista de Mano que confirmou a transferência para a Seleção.

Adílson assume com a incumbência de levar o Corinthians ao quinto título brasileiro de sua História.




Quem é Adilson Batista?
Nome completo: Adilson Dias Batista

Natural: Adrianópolis-PR

Data de Nascimento: 16/03/1968

Carreira como jogador: Atlético-PR (1988/1989); Cruzeiro (1989/1993); Internacional (1993); Atlético-MG (1994); Grêmio (1995/1996); Jubilo Iwata – Japão (1997/1999); Corinthians (2000)

Títulos como jogador: Campeonato Paranaense (1988), pelo Atlético-PR; Campeonato Mineiro (1990 e 1992), Copa dos Campeões Mineiros (1991), Supercopa (1991 e 1992), pelo Cruzeiro; Copa Libertadores da América (1995), Recopa Sul-Americana (1996), Campeonato Gaúcho (1995 e 1996), Campeonato Brasileiro (1996), pelo Grêmio; J-League (1997 e 1999), Campeonato Asiático (1998 e 1999), Supercopa da Ásia (1998 e 19999), pelo Jubilo Iwata – Japão; Campeonato Mundial (2000), pelo Corinthians

Carreira como técnico: Mogi-Mirim (2001); América-RN (2002); Avaí (2002/2003); Paraná (2003). Grêmio (2003/2004); Paysandu (2004); Sport (2005); Figueirense (2005/2006); Jubilo Iwata – Japão (2006/2007) e Cruzeiro (2008)

Títulos como técnico: Vice-campeão Brasileiro da Série C pelo Mogi-Mirim, em 2001; Campeão Potiguar pelo América-RN, em 2002; Campeão Catarinense pelo Figueirense, em 2006; Campeão Mineiro pelo Cruzeiro, em 2008 e 2009; e Torneio de Verão no Uruguai (2009)

sábado, 24 de julho de 2010

1970: Super Zé: o rei da raça no Corinthians

A clássica imagem de Zé Maria com a camisa branca do Timão manchada de sangue, na decisão do Paulistão de 1979, representa tudo que um torcedor quer ver em seu seu ídolo: raça e amor ao clube.

E esses dois requisitos nunca faltaram na longa passagem do Super Zé pelo Parque São Jorge, o que fizeram dele um dos maiores ídolos do clube e dono incontestável da lateral direita no time de todos os tempos de qualquer corintiano.

A relação de amor de Zé Maria com o Corinthians começou em 1970. O lateral-direito já havia sido campeão mundial com a Seleção Brasileira na Copa do México, na reserva de Carlos Alberto Torres.

Vindo da Portuguesa após uma conturbada transferência, Zé teve de esperar os clubes se resolverem para estrear apenas em novembro.

Apesar da derrota para o Grêmio em sua primeira partida, os 13 anos (1970 a 1983) defendendo o Corinthians foram repletos de muitas realizações. A mais significativa delas: levantar a taça de campeão paulista em 1977, após jejum alvinegro que durou 22 anos. Na fatídica final de 77, o gol de Basílio saiu após jogada iniciada pelo capitão.

Zé Maria também construiu grande carreira na Seleção Brasileira. Campeão em 70, se tornou o titular na Copa de 74 e, em 78, viveu um drama ao ser cortado nas vésperas do Mundial da Argentina.

Hoje, Zé Maria é supervisor do projeto esportivo da Fundação Casa, que visa reintegrar menores infratores na sociedade. Como poucos, Zé sabe a função de um ídolo.

Bate-Bola:
Zé Maria - ex-lateral do Corinthians

‘O título de 77 foi um marco, a consagração’

LANCENET!: A clássica imagem do senhor com a camisa cheia de sangue é reverenciada pelos corintianos. Como foi aquela situação?
ZÉ MARIA: Foi uma situação normal, porque na época não tinha esse problema de jogar com sangue na camisa. Num choque tive uma abertura no supercílio e queria jogar. Foi mais um prêmio para mim, porque o torcedor foi à loucura e foi uma circunstância natural. Mas ganhamos o campeonato e por isso valeu.

LNET!: O senhor esteve presente na Democracia Corintiana. Como vê a importância do período?
ZM: Foi um avanço em nível nacional. Os jogadores de futebol não tinham abertura no clube e foi um grande passo que demos, tanto que alguns jogadores como eu, o Wladimir, o Sócrates, passamos a ter até direitos como conselheiros do Corinthians.

LNET!: Sua liderança o levou até a ser eleito técnico da equipe?
ZM: Exatamente. Nunca fui de ficar em bate-boca, falar demais. Era coerente com minha posição e reivindicava pelo grupo. Eu tinha um relacionamento bom com a torcida e com a direção, isso me ajudou bastante.

LNET!: Qual a diferença entre uma conquistas do Paulistão de 1977 e a Copa do Mundo de 1970?
ZM: O ano de 77 foi o grande marco. Um clube que fica 22 anos na fila e você poder estar no grupo que conquistou o título é uma consagração. Fui muito mais contemplado e saudado em 77 que em 70. Marcou minha vida.

Quem é
Zé Maria - xx-lateral do Corinthians
NASCIMENTO: 18/5/1949
599 jogos 17 gols

4 títulos
Zé Maria conquistou quatro Campeonatos Paulistas (77, 79, 82 e 83).

Líder político:
A sua liderança era visivelmente notada dentro e fora de campo. Na política, foi eleito vereador pelo PMDB em 1982, enquanto ainda atuava. No ano seguinte, seus próprios companheiros o elegeram treinador do time durante o período da Democracia Corintiana.

Seleção Brasileira (66 jogos):
Campeão da Copa do Mundo de 1970.

Chorando, presidente do Corinthians agradece Mano Menezes



Logo após o técnico Mano Menezes anunciar oficialmente que aceitou o convite da CBF para dirigir a Seleção Brasileira, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, tomou a palavra na sala de imprensa do Parque São Jorge.

Ainda segurando as lágrimas, o dirigente rasgou elogios ao treinador alvinegro, e afirmou que resolveu não interferir na ida de Mano para a Seleção para não frustrar o sonho do técnico.

- O Mano (Menezes) aceitou o convite. O Mário (Gobbi) se despediu dele. Eu não interferi em nada por Mano, por Muricy, por ninguém... Essa decisão foi do presidente - afirmou Sanchez.

- Jamais desde que assumi o Corinthians eu procuro prejudicar uma pessoa. A Seleção é top. Não queria ser o causador de uma frustração, ainda mais de um ser humano que me ajudou e que tem esse sonho desde o Sesi. Acredito que a nação brasileira merece pessoas como ele - completou, antes de cair no choro.

Andrés também não comentou sobre o substituto de Mano no Corinthians. Adílson Batista e Carlos Alberto Parreira são as principais opções do Timão no momento.

- Falaram que eu já tinha acertado (com um treinador). Não tem nada certo. Temos três possibilidades - disse.

E antes de encerrar seu discurso, com muitas lágrimas nos olhos, o presidente agradeceu ao treinador pelos três anos de Corinthians, e até brincou com uma possível volta de Mano após a Copa de 2014.

- Ele tem meu agradecimento. Seja feliz, Mano! O Corinthians está sempre com as portas abertas, e a partir de 2015 vai ser o nosso treinador. Vai levar o carinho e o respeito do torcedor corintiano. E se não ganhar do Guarani amanhã (domingo) eu não libero (risos) - brincou, antes de dar um abraço no técnico e sair da sala, ainda chorando.

Mano Menezes: do Guarani (RS) à Seleção



Nenhum cidadão de Passo de Sobrado, cidade do interior do Rio Grande do Sul, imaginou que alguém nascido no município teria a responsabilidade que caiu nas mãos de Luis Antônio Venker de Menezes neste sábado: ser o técnico da Seleção Brasileira que estará na Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil.

Nascido em 11 de julho de 1962, o novo comandante do Brasil nunca teve muita habilidade como jogador. Nos três times que passou, o Rosário o Guarani e o Fluminense, todos pequenos clubes gaúchos, só carregou o orgulho de um título amador, conquistado no Guarani (RS). A primeira grande responsabilidade só veio em 1986, quando paralelamente à carreira de jogador, iniciou o curso de Educação Física no Sesi do Rio Grande do Sul.

A carreira de treinador também começou no modesto Guarani (RS). Comandando as categorias de base do clube, Mano Menezes saiu rapidamente para trabalhar com os garotos do Caxias (RS) e depois no Internacional de Porto Alegre. Mas como havia sido desde o início da carreira, foi novamente no Guarani que o técnico teve a sua primeira grande emoção no futebol: o título gaúcho de 2002.
Daí em diante, seu nome passou a ser respeitado no Rio Grande do Sul. Treinou o Iraty e o Brasil de Pelotas, e voltou a trabalhar no Guarani por alguns meses. Mas foi no XV de Novembro que Mano Menezes ultrapassou as fronteiras gaúchas para ganhar notoriedade nacional. Na Copa do Brasil de 2004, o treinador conquistou a incrível 3ª posição, superando times como Palmeiras, Goiás e Fluminense.

Grêmio e a Batalha dos Aflitos

Em 2005, Mano Menezes foi contratado pelo Grêmio com a missão de recolocar o clube na Série A do Campeonato Brasileiro. Porém, o treinador foi além disso. Em dois anos pelo Tricolor Gaúcho, fez história com o título da Série B daquele ano, que ficou marcado pelo jogo contra o Náutico, no Estádio dos Aflitos, em Recife.

O Grêmio precisava vencer o jogo contra o Timbu para se campeão da Segundona, mas o jogo caminhou negativamente para o Tricolor. E aos 35 minutos de segundo tempo o juiz sepultou qualquer esperança gremista ao marcar pênalti para o time da casa. Com quatro jogadores a menos em campo, Mano, jogadores e torcida viram o goleiro Galatto defender a cobrança e, logo em seguida, o meia Anderson marcar o gol da vitória do Grêmio, em um dos jogos mais impressionantes da história do futebol brasileiro.

A boa campanha foi mantida em 2006, quando Mano terminou o Brasileirão em terceiro lugar, garantindo uma vaga na Taça Libertadores da América do ano seguinte, onde chegou à final diante do poderoso Boca Juniors (ARG). No entanto, o treinador não teve êxito e sucumbiu diante do time argentino.

Mano Menezes deixou o Grêmio no final de 2007 para assumir o comando do Corinthians, que também tinha caído para a Série B do Brasileirão. No total, Mano treinou o Tricolor em 169 jogos, obteve 89 vitórias, 35 empates e 45 derrotas, com um aproveitamento de 59,56%. Foram 302 pontos conquistados de um total de 507.

Corinthians - 'O maior projeto do futebol brasileiro'

Depois do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Corinthians contratou Mano Menezes no final de 2007 para apagar o capítulo mais triste da História do clube. Logo no primeiro ano, vários jogadores foram contratados, iniciando uma nova era no clube, que até então vinha de vários problemas dentro de fora de campo.

Em sua apresentação, Mano afirmou que só havia aceitado a missão de comandar o Timão naquele momento porque acreditava ser 'o maior projeto do futebol brasileiro'.

O início, porém, não foi muito positivo. No Campeonato Paulista daquele ano, o Corinthians foi eliminado na última rodada da primeira fase, ao perder para o Noroeste. Porém, o time foi acolhido pela torcida alvinegra, que lotando o Pacaembu em todos os jogos da Segundona e da Copa do Brasil levaram a equipe ao título da Série B e ao vice da Copa do Brasil, depois de perder a final para o Sport.

Em 2009, o Timão contratou Ronaldo Fenômeno para buscar o título da Copa do Brasil e a tão sonhada vaga na Libertadores. Mas o Corinthians de Mano Menezes foi além. Jogando um futebol bonito, o clube conquistou o Paulistão de forma invicta, depois de jogos épicos contra São Paulo, no Pacaembu e Santos, na Vila Belmiro, e motivou uma nova canção entoada das arquibancadas: "ôô, o Coringão voltou!".

Mas o Corinthians só iria voltar ao topo do cenário brasileiro em julho de 2009, quando conquistou a Copa do Brasil sobre o Internacional, no Beira-Rio.

Em 2010, ano do centenário do clube, todos apostavam que o Corinthians conquistaria o título da Libertadores. Mas não deu. O Timão sucumbiu diante do Flamengo, no Pacaembu, mas viu a fiel torcida, que em outras eliminações até ameaçou invadir o gramado, aplaudir o time.

Mano Menezes deixa o Corinthians com 102 vitórias, 49 empates e 33 derrotas em 184 jogos, em um aproveitamento de 64,4%, para o que é talvez, a maior missão de sua vida: ser técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014.

Jogadores 'invadem' coletiva para parabenizar Mano Menezes


Enquanto Mano Menezes confirmava sua ida para a Seleção Brasileira, na sala de imprensa no Parque São Jorge, o treinador foi surpreendido por gritos eufóricos que vinham de uma das salas ao lado da bancada onde falava.

- Parabéns! Parabéns!

Eram alguns jogadores corintianos que 'invadiram' o anúncio oficial para parabenizar o treinador. Entre eles, Dentinho, Ronaldo, Iarley e Alessandro. Ainda sem graça, o comandante interrompeu a entrevista para abraçar os atletas e cumprimentar um a um, enquanto eles continuavam a parabenizar Mano Menezes.

Já outros comandados de Mano preferiram parabenizá-lo pela internet. Por meio de sua página no Twitter, o zagueiro e capitão William (@WilliamCapita), deixou sua mensagem para o treinador.

- Muita sorte nesse novo desafio Mano. Estaremos todos torcendo pelo seu exito. Obrigado por tudo! - postou.

- É motivo de orgulho para mim assumir a Seleção Brasileira. É um momento especial - continuou o treinador após a paralisação.

Mano ainda comanda o Corinthians neste domingo, quando o Timão recebe o Guarani no Pacaembu, às 18h30.

Mano Menezes é o novo técnico da Seleção

Um dia depois de Muricy Ramalho ter se recusado a assumir a Seleção Brasileira, a CBF acertou com um novo técnico. Trata-se de Mano Menezes, que deixa o Corinthians para comandar o projeto que vai culminar com a disputa da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Mano confirmou que aceitou a proposta da CBF em entrevista coletiva concedida na manhã deste sábado, após dirigir o treino do Timão.

- Gostaria de comunicá-los que, como já estão sabendo, recebi o convite da CBF para assumir o comando da Seleção Brasileira. Tive uma conversa longa com Ricardo Teixeira e aceitei o convite dele - afirmou o treinador.

- Todo o Brasil, a partir de agora, eu digo oficialmente que aceito o convite para ser o técnico da Seleção Brasileira - completou Mano.

Mano Menezes iniciou carreira como técnico em 1997, dirigindo o Guarani-RS. Porém foi em 2004 que ele despontou para o cenário nacional ao conduzir o modesto XV de Novembro-RS a ser semifinalista da Copa do Brasil. No ano seguinte já estava no Grêmio, dirigindo o Tricolor na campanha de volta à elite do futebol nacional. O título da Série B do Brasileiro foi conquistado com a famosa Batalha dos Aflitos. Ainda pelo Grêmio foi campeão gaúcho em 2006 e 2007. Também em 2007 foi finalista da Copa Libertadores, com os gremistas caindo na decisão diante do Boca Juniors.

Depois do Grêmio, Mano Menezes assumiu o Corinthians em 2008 e conquistou o título da Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2009 levou o Timão a ser campeão paulista e da Copa do Brasil.

Mano Menezes repete assim a História de Vanderlei Luxemburgo e Carlos Alberto Parreira. Ambos, quando treinavam o Corinthians, foram chamados para assumir o Brasil e aceitaram a proposta

1969: Gaviões, surge o 4º poder no Corinthians

Diretoria, Conselho Deliberativo, Conselho de Orientação Fiscal e... a Gaviões da Fiel. Não é exagero afirmar que a maior torcida uniformizada do Corinthians – e do país – é o quarto poder no Parque São Jorge. Invisível e barulhento. Fundada em 1 de julho de 1969, por Flávio La Selva, Alcides Jorge de Souza Piva (Joca) e outros dez torcedores, a Gaviões nasceu como um movimento político para derrubar Wadih Helu, então presidente do clube que estava no poder havia oito anos.

O grupo de torcedores cresceu, ano após ano, chegando nos dias atuais ao número de mais de 92 mil sócios. Não foram poucas as vezes em que a pressão sobre dirigentes mudou diretrizes do clube, derrubou treinadores e provocou a saída de vários jogadores.

Para alguns, uma liberdade que, em certos momentos nesses 41 anos, tornou-se libertinagem, com mais acesso ao comando do clube e do departamento de futebol do que o necessário. Para outros, uma força imprescindível, que vai além da arquibancada e fundamental na fiscalização contra os desmandos dos dirigentes.

Exemplos dos dois tipos de atuações não faltaram ao longo da História. Festas inesquecíveis nos estádios e invasões ao clube para protestar sempre caminharam juntos. No ano passado, mesmo com dois títulos no primeiro semestre, Andrés Sanchez se viu obrigado a dar explicações aos líderes da Gaviões sobre o desmanche da equipe. Neste ano, voltou a recebê-los na sala presidencial para convencê-los que Mano Menezes não podia ser demitido depois da queda na Libertadores.

– Faz três anos que a torcida não quebra um vidro no Parque São Jorge. Tenho uma relação de respeito com ela. Minhas portas estão abertas, e eles estão aprendendo a ouvir nãos. Vivi com eles. Sou um dos fundadores da Pavilhão Nove e frequentador da Gaviões – afirmou Andrés, em entrevista ao jornal “O Globo”.

A outra uniformizada citada pelo presidente faz parte da relação de torcidas que atuam no dia-a-dia do clube, dentro e fora de campo.

Bate-Bola: Roberto Daga - Sócio n 3 da Gaviões
‘A Gaviões será sempre um órgão fiscalizador’

LANCENET!: Como foi o surgimento da Gaviões da Fiel, no ano de 1969?
Roberto Daga: Na verdade, nosso grupo já estava junto desde 1967. Éramos pessoas antenadas, que não queríamos ficar apenas no estádio gritando e batendo bumbo. Sabíamos que existia um ditador no Corinthians, que usava o clube como seu comitê eleitoral. Então, criamos um movimento político para acabar com isso.

LNET!: E quais as dificuldades?
RD: Os militares mandavam no país. E o Wadih Helu, que era presidente do Corinthians, pertencia à Arena (Aliança Renovadora Nacional), que era o partido do governo. Imagina, então, o que sofremos na mão dos militares. Ainda mais quando criamos o Movimento da Revolução Corintiana. Havia represália, mas ficávamos fortes a cada vez que eles tentavam combater. Fazíamos isso por pura ideologia.

LNET!: Onde surgiu a ideia de colocar o nome “Gaviões da Fiel”?
RD: Já foi em 1969. Outros nomes surgiram, mas um jornalista chamado Brasil fez uma explicação sobre a ave, que era ligeira e que observa. Colocamos em votação e venceu com sobras.

LNET!: Os fundadores tinham noção do que viria a ser a Gaviões, que hoje tem mais de 92 mil sócios?
RD: Não tínhamos, não. Foi um fogo no palheiro. Aquele movimento verdadeiro aumentou. A Gaviões será sempre um órgão fiscalizador do Corinthians.

Uniformizadas do Timão

Gaviões da Fiel
Fundação: 1/7/1969 (41 anos)
Tel: (11) 3221-2066
Rua Cristina Tomaz, 183 - São Paulo/SP
www.gavioes.com.br

Camisa 12
Fundação: 8/8/1971 (38 anos)
Tel: (11) 2081-4443
Rua Juvenal Gomes Coimbra, 12 - SP/SP
www.camisa12net.com.br

Pavilhão Nove
Fundação: 9/9/1990 (19 anos)
Tel: (11) 3622-4805
Av. dos Remédios, 90 - São Paulo/SP
www.cdpavilhaonove.net

Estopim da Fiel
Fundação: 5/1/1979 (31 anos)
Tel: (11) 4048-2445
Rua São Jorge, 160 - Diadema/SP
www.estopimdafiel.com.br

Coringão Chopp
Fundação: 14/10/1989 (20 anos)
Tel: (11) 3425-5294
Av. Moinho Fabrini, 27 - São Bernardo/SP
www.coringaochopp.com.br

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mano Menezes: mil dias que mudaram o Corinthians

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) deverá anunciar nesta sexta-feira Mano Menezes como novo comandante da Seleção Brasileira. Mas este não é o único motivo de comemoração para o treinador. Nesta quinta-feira, dia 22 de julho de 2010, ele completa 1000 dias no Corinthians.

Confirmado pelo clube paulista no dia 5 de dezembro de 2007, Mano assumiu um time fragilizado pelo rebaixamento e abraçou a missão de trazer o Corinthians novamente à elite do futebol brasileiro.

Mano fez sua estreia no comando da equipe com uma vitória convincente sobre o Guarani por 3 a 0, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista.
Apesar de fracassar no Estadual e Copa do Brasil de 2008, o gaúcho de Passo de Sobrado conquistou a Série B e ganhou a confiança do torcedor corintiano.

Com a presença de Ronaldo em 2009, Mano atingiu status de ídolo. Além da identificação com o clube, conquistou de forma invicta o Campeonato Paulista e, em seguida, a Copa do Brasil. Com a vaga assegurada para a Copa Libertadores do ano seguinte, não realizou uma boa campanha no Campeonato Brasileiro.

Em 2010, o grande desafio: conquistar a Copa Libertadores no ano do centenário. Apesar de obter a melhor campanha da primeira fase da competição, o Corinthians caiu diante do Flamengo, em pleno Pacaembu. Mas diferente dos últimos fracassos, ao invés de vaias, a equipe deixou o gramado com aplausos.

Líder do Campeonato Brasileiro com 21 pontos, Mano Menezes pode fazer sua despedida oficial do clube contra o Guarani, domingo, no Pacaembu. Caso o ciclo se encerre na própria sexta-feira, o treinador deixa o clube com a derrota por 3 a 1 sofrida para o Atlético-GO, na última quarta-feira, no Serra Dourada.

Ao todo, Mano Menezes comandou o Corinthians em 184 jogos (102 vitórias, 49 empates e 33 derrotas).

1968: Paulo Borges, o corintiano libertador do tabu

A máquina do Santos dos anos 50 e 60, que tinha Pelé, Coutinho, Mengálvio, entre outros craques, foi a razão dos pesadelos dos corintianos por muito tempo. Além de assistir ao time da Vila Belmiro comemorar grandes conquistas no período, o Corinthians viveu grande sequência sem vencer o rival.

Foram 11 anos, entre 1957 e 1968, sem conseguir bater o Santos pelo Campeonato Paulista. Apesar de ter vencido o Peixe por quatro vezes (três pelo Rio-São Paulo e uma pela Taça São Paulo) durante o período, o incômodo era inevitável para o time e para a Fiel.

– Nosso time sofria muito com essa sequência sem vitórias – lembrou o ex-ponta-direita Paulo Borges, em entrevista ao LANCE!, mesmo 42 anos depois.

O sofrimento geral acabou em 6 de março de 1968. E foi Paulo Borges quem começou a construir a vitória que libertaria o Corinthians.

O cenário da partida, em uma noite de quarta-feira, estava construído. O Santos adentrou ao gramado do Pacaembu com a temida dupla Pelé e Edu entre os titulares.

Já o Corinthians contava com algumas revelações, como os atacantes Buião, Paulo Borges e Eduardo. Na reserva, o trunfo: Lula, técnico bicampeão mundial e da Libertadores pelo Santos, comandante do clube por mais de dez anos e que ajudou a construir a escrita.

No primeiro tempo, as equipes não saíram do 0 a 0. Foi na segunda etapa da partida que a história foi construída. Paulo Borges, que ainda fazia sua terceira partida pelo Corinthians, abriu o placar aos 13 minutos e mostrou que tinha estrela. Aos 31, Flávio, o artilheiro corintiano dos anos 60, fez o segundo e sacramentou a vitória e a libertação alvinegra. E a torcida corintiana, que lotava o Pacaembu, passou a entoar o canto: “Com Pelé e com Edu, nós quebramos o tabu!”.

Mesmo jogando fora de sua posição, Paulo Borges foi um dos heróis da noite e escreveu seu nome na História do clube paulista.

– A sensação foi uma das maiores emoções que vivi na minha vida. Ajudar o time a quebrar um tabu de 11 anos foi algo maravilhoso. Não tem nem como explicar o sentimento – assumiu Paulo Borges.

Até hoje ele não consegue.

Bate-Bola
Paulo Borges - ex-atacante do Corinthians

LANCENET!: Qual foi a sensação de contribuir para o fim de um tabu que perseguiu a torcida corintiana durante tanto tempo (11 anos)?
PAULO BORGES: A sensação foi uma das maiores emoções que vivi na minha vida. Ajudar o time a quebrar um tabu de 11 anos foi algo maravilhoso. Não tem nem como explicar o sentimento.

LNET!: Como o time do Corinthians lidava com essa escrita?
PB: O nosso time sofria muito com essa sequência sem vitórias, toda vez que havia jogo contra o Santos era esse sofrimento.

LNET!: Como vê a importância daquele gol para sua carreira?
PB: Aquele gol foi fundamental para minha carreira. Eu estava emprestado ao Corinthians e aquele era apenas minha terceira partida. Depois daquilo, fui comprado em definitivo.

LNET!: E em relação à condição de ídolo do clube alvinegro, acredita que o jogo contra o Santos contribui para tal status?
PB: Aquela partida contra o Santos foi imprescindível para eu entrar na galeria de ídolos do Corinthians. Hoje estou na calçada da fama do clube e, graças a Deus, é para o resto da vida.

"Nota da redação: Ao lado de Flávio Minuano, Paulo Borges colocou seus pés na calçada da fama do Memorial do Corinthians no dia 13 de março de 2010."

Atlético - GO 3x1 Corinthians




O Corinthians perdeu a chance de garantir sua permanência na liderança do Brasileirão ao perder, nesta quarta-feira, para o Atlético-GO, por 3 a 1. Agora, o time do Parque São Jorge pode ser ultrapassado na tabela pelo Fluminense, caso os cariocas vençam o Cruzeiro, em casa, nesta quinta-feira. De quebra, o Alvinegro perdeu a invencibilidade no Campeonato, na que pode ser a última partida do técnico Mano Menezes no comando da equipe, já que o treinador dever assumir a Seleção Brasileira.

O primeiro tempo de jogo, ao contrário da maioria dos jogos do Campeonato Brasileiro, foi muito movimentado. Os dois times comandaram a partida em alguma parte da etapa.
O Corinthians começou melhor e criou as primeiras chances claras de abrir o placar. Primeiramente com Iarley, que recebeu bom passe de Danilo, mas acabou travado pelo goleiro do Atlético-GO na hora de marcar. Aos 11 minutos, Marcio salvou novamente o time goiano ao defender chute forte de Bruno César.

O Dragão pouco chegou, e a impressão que ficava era a de que o Timão abriria o placar a qualquer momento. Mas...

Aos 20 minutos, após uma sequência de bobeadas corintianas - primeiro com Bruno Cesar, depois com Chicão - Rodrigo Tiuí recebeu bom passe, em posição irregular, invadiu a área e foi derrubado por Julio Cesar. Pênalti para o Dragão, que Robston bateu bem e pôs o time goiano à frente no marcador.

O gol desestabilizou a equipe do Parque São Jorge, que não conseguiu mais chegar à meta do goleiro Marcio com tanta facilidade. O Atlético, por alguns, instantes dominou o jogo.

O curso da partida foi alterado, quando aos 33 minutos Bruno César cruzou da esquerda e Danilo inteligentemente ajeitou para Iarley, que fuzilou o goleiro Marcio, que nada pôde fazer.

O segundo tempo começou com panorama parecido com a etapa incial: jogo franco com ambas as equipes buscando o ataque.

A chance mais aguda foi logo aos 8: Pedro Paulo completou cruzamento prensado vindo da esquerda e Julio Cesar grande defesa, salvando o Corinthians. A resposta do Timão veio cinco minutos depois, após ótima enfiada de Elias para Dentinho, que o goleiro Marcio interceptou.

Aos 23 minutos, o jogo ficou ainda mais eletrizante quando um passe do meio de campo corintiano bateu no árbitro Gutemberg de Paula Fonseca. A sobra ficou para Robston, que lançou Pedro Paulo, que finalizou no ângulo do goleiro Julio Cesar.

Seis minutos depois, Pituca esbarrou em Iarley dentro da área, e o árbitro, novamente, errou, marcando penalidade máxima para o Timão. Chicão bateu rasteiro e Marcio foi buscar, garantindo a vantagem do Dragão.

O mesmo Chicão foi o protagonista do lance que decidiu a partida em favor do Atlético. O zagueiro do Timão trombou com Pedro Paulo e a bola sobrou para Marcão, que só teve o trabalho de empurrar a bola para o gol corintiano e decretar a vitória do Dragão: 3 a 1.

Na próxima rodada, o Corinthians recebe o Guarani, no Pacaembu, tentando se recuperar do revés desta quarta-feira. Enquanto isso, o Atlético-GO não terá vida fácil, e vai à São Januário enfrentar o Vasco.


FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO-GO 3X1 CORINTHIANS

Estádio: Serra Dourada, Goiânia (GO)
Data/hora: 21/7/2010 - 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ)
Auxiliares: Dilbert Pedrosa Moises (Fifa-RJ) e Marco Aurelio Pessanha (RJ)
Renda/público: R$ 415.705,00/ 17.445 pagantes.
Cartões amarelos: Rodrigo Tiuí, Robston, Marcão, Pituca, William e Welton Felipe (ATL); Julio Cesar, Chicão e Souza (COR)
GOLS: Robston, 21'/1ºT (1-0); Iarley, 33'/1ºT (1-1); Pedro Paulo, 23/2ºT (2-1); Marcão, 34/2ºT (3-1).

ATLÉTICO-GO: Marcio; Dida, Jairo (Daniel Marques, 9'/2ºT), Welton Felipe e Chiquinho; Pituca, Robston, William e Pedro Paulo; Marcão (Juninho, 39'/2ºT) e Rodrigo Tiuí (Agenor, 28'/2ºT). Técnico: Roberto Fernandes

CORINTHIANS: Julio Cesar; Alessandro, Chicão, Paulo André e Roberto Carlos (Defederico, 37'/2ºT); Ralf, Elias, Danilo (Tcheco, 24'/2ºT) e Bruno César; Iarley e Dentinho (Souza, 24'/2ºT). Técnico: Mano Menezes.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

1967: Uma canela abençoada no Corinthians

Na História quase centenária do Corinthians, existem personagens que ficarão guardados na memória dos fiéis torcedores mesmo sem terem conquistado títulos. É o caso de Benê, atacante que marcou sua trajetória no clube no ano de 1967.

No Paulistão daquele ano, o Timão chegou à última rodada sem qualquer chance de conquista. Para piorar, a equipe do técnico Lula enfrentava o São Paulo com a missão de evitar o caneco rival, que dependia de uma vitória simples. E, como havia maneira de colocar água no chope, o Corinthians cumpriu seu papel de eterno algoz do clube do Morumbi.

Atrás no placar, o Alvinegro se manteve no ataque e, no último lance, conseguiu. A torcida tricolor já comemorava o fim do jejum de dez anos sem conquistas quando Marcos cruzou a bola pela direita. O centroavante Benê, bem colocado, colocou a canela e empatou o clássico no lotado Pacaembu. Com o resultado, o iminente título do São Paulo, quase certo, ficou adiado.

Sem a vitória, a equipe do Morumbi teve de participar de um jogo extra com o Santos, que acabou vencendo posteriormente por 2 a 1, finalizando o que o Corinthians havia começado na rodada anterior.

Finalmente artilheiro
O Corinthians não foi campeão, mas consagrou Flávio como artilheiro do Paulistão, com 21 gols.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Se Mano sair, quem pode chegar?



Com a possibilidade de Mano Menezes sair do Corinthians para assumir a Seleção Brasileira , os torcedores corintianos começam a se perguntar quem poderia substituir o treinador do Timão. Em nota oficial, o clube disse que o treinador não foi procurado pela CBF e que ele continua no comando do time . Mas o temor de que a CBF possa fazer uma oferta irrecusável para Mano está presente.

Confira abaixo a situação desses técnicos:

Abel Braga

Situação atual:
Técnico do Al Jazira (EAU). Tem multa recisória muito alta.

Histórico recente:
Foi campeão da Libertadores e Mundial com o Internacional em 2006. Saiu e voltou ao clube em 2007. Sua saída definitiva aconteceu após conquistar o título Gaúcho de 2008, para dirigir o Al Jazira.

Identificação com o Corinthians:
Não tem.

Adilson Batista

Situação atual:
Desempregado.

Histórico recente:
Fez boa campanha com o Cruzeiro na Libertadores de 2009 (vice-campeão). Classificou o time em dois anos seguidos para o torneio continental (em 2008 e 2009). Pediu demissão do clube, alegando motivos pessoais, pouco depois da eliminação para o São Paulo nas quartas de final da Libertadores de 2010.

Identificação com o Corinthians:
Encerrou sua carreira de jogador no Corinthians, em 2000.

Antonio Carlos Zago

Situação atual:
Desempregado.

Histórico recente:
Foi treinador do Palmeiras por três meses. Acabou sendo demitido da equipe alviverde após briga com o atacante Robert, que também foi demitido pelo clube.

Identificação com o Corinthians:
Jogou no Corinthians entre 1997 e 1998. Foi campeão paulista pelo Timão em 1997. Após a aposentadoria, trabalhou como diretor técnico do clube entre 2008 e 2009. Foi demitido após pressão do Conselho Deliberativo do clube, que não aprovou sua participação na polêmica que envolveu o atraso da chegada de jogadores na concentração após partida contra o Palmeiras, em Presidente Prudente. É amigo de infância do presidente Andrés Sanchez.

Carlos Alberto Parreira

Situação atual:
Desempregado. É cotado para assumir o cargo de diretor de Seleções da CBF .

Histórico atual:
Foi técnico da Seleção da África do Sul na Copa do Mundo, eliminada ainda na primeira fase da competição. Foi a primeira vez na história das Copas que a Seleção da casa não passou para a segunda fase.

Identificação com o Corinthians:
Foi campeão paulista e da Copa do Brasil pelo Timão em 2002. No mesmo ano foi vice-campeão brasilero. Deixou o Corinthians para assumir a Seleção Brasileira.

Ney Franco

Situação atual:
Técnico do Coritiba.

Histórico recente:
Após maus resultados no Brasileirão de 2009 foi demitido pelo Botafogo. Foi logo contratado pelo Coritiba e caiu para a Série B. Continuou no comando da equipe e foi campeão paranaense no início de 2010. Faz boa campanha com o Coxa na Série B.

Identificação com o Corinthians:
Não tem.

Oswaldo de Oliveira

Situação atual:
Técnico do Kashima Antlers (JAP).

Histórico recente:
Foi contratado pelo clube japonês em 2007. É tri-campeão japonês (2007, 2008 e 2009).

Identificação com o Corinthians:
Começou sua carreira de treinador no Corinthians, em 1999. Foi campeão paulista e brasileiro no mesmo ano. Comandou o Timão na conquista do Mundial da Fifa de 2000. Teve nova passagem como treinador do Corinthians em 2004, quando não foi bem.

Silas

Situação atual:
Técnico do Grêmio. Balança no cargo devido à má campanha da equipe gaúcha no Brasileirão.

Histórico recente:
Fez boa campanha no Brasileirão de 2009 com o Avaí, terminando na sexta posição. Contratado pelo Grêmio no começo do ano, foi campeão gaúcho. Foi eliminado na semifinal da Copa do Brasil pelo Santos.

Identificação com o Corinthians:
Não tem.

Tite

Situação atual:
Desempregado.

Histórico recente:
Como treinador do Internacional, conquistou a Copa Sulamericana de 2008. Foi campeão do Campeonato Gaúcho de 2009 e vice da Copa do Brasil do mesmo ano (perdeu o título para o Corinthians). Foi demitido após uma derrota para o Coritiba por 2 a 0, no Couto Pereira, na 29ª rodada do Brasileirão de 2009, devido a uma sequência de maus resultados no campeonato.

Identificação com o Corinthians:
Dirigiu o Corinthians em 2004. Chegou com o Timão na beira da zona de rebaixamento do Brasileirão daquele ano e terminou campeonato na quinta colocação. Com a chegada da MSI, em 2005, foi demitido, mesmo contando com o apoio da torcida.

Mano deve assumir Seleção na segunda-feira


Segundo informações do jornal 'O Globo', o técnico do Coritnhians Mano Menezes deve ser anunciado até segunda-feira como novo técnico da Seleção Brasileira. O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, teria dito a pessoas próximas que, com a dificuldade de contratar Felipão, Mano se tornou a opção mais viável para a CBF.

Ricardo Teixeira, presidente da Confederação, tem pressa para escolher o técnico da Seleção. Isso porque a Fifa exige que jogadores que atuem no exterior sejam convocados com pelo menos 15 dias de antecedência para amistosos. Como a Seleção enfrentará os Estados Unidos em 10 de agosto, em Nova Jersey, a CBF deve apresentar a lista de convocados até o dia 26, na próxima segunda-feira
Com ótimo relacionamento com Ricardo Teixeira, Andrés Sanchez não criaria entraves para a ida do treinador do atual líder do Brasileirão para a Seleção. Quem também deve ser anunciado nos próximos dias é o novo coordenador técnico da Seleção. Carlos Alberto Parreira é o nome mais cotado para assumir o cargo.

Em enquete criada pelo LANCENET! na semana passada, Mano Menezes foi o mais votado depois que Felipão disse que a vida dele é o Palmeiras. Veja o resultado:

Sem Felipão, quem deve assumir o comando da Seleção?


Candidato Votos Porcentagem

Mano Menezes 1.566 27,03%
Vanderlei Luxemburgo 1.330 22,96%
Muricy Ramalho 1.047 18,07%
Leonardo 935 16,14%
Joel Santana 483 8,34%
Parreira 286 4,94%
Ricardo Gomes 146 2,52%


Total de votos: 5.793 votos

1966: Um 'mané' corintiano

Por muitos anos o Corinthians sofreu com os gols de Pelé, o maior jogador da História do futebol mundial. Por isso, foi buscar, em 1966, um craque que só não era melhor do que o próprio Rei.

Considerado o segundo melhor jogador brasileiro, Garrincha chegou ao Parque São Jorge, contratado ao Botafogo, por um valor equivalente hoje a US$ 100 mil. O atacante das pernas tornas foi parte de uma série de reforços com que o Corinthians fechou na tentativa de acabar com o incômodo jejum de títulos, que já durava 11 anos.

Apesar de bicampeão mundial com a Seleção Brasileira (1958 e 1962), Mané já não vivia uma grande fase. Aos 32 anos, convivia com problemas no joelho e seu vício com bebidas alcoólicas o atrapalhavam. Ainda assim, sua chegada reuniu milhares de corintianos no aeroporto de Congonhas.

Em sua estreia no Pacaembu, mais fanáticos pelo Corinthians foram ao estádio para acompanhar Garrincha vestindo as cores do Timão pela primeira vez. Contudo, a frustração tomou as arquibancadas: derrota por 3 a 0 para o Vasco.

A passagem de Garrincha pelo Timão não teve glórias. Em 13 partidas foram apenas dois gols marcados, um deles, um golaço na vitória contra o São Paulo, pelo Torneio Rio-São Paulo, o único título de Mané pelo clube – dividido com Santos, Vasco e Botafogo.

Para a Copa de 1966, Garrincha foi o único corintiano convocado.

Surge o apelido histórico: 'Timão'

Além de Garrincha, o Corinthians contratou o zagueiro Ditão e o volante Nair, ambos da Portuguesa. Na época, a verba destinada ao departamento de futebol foi recorde. A tentativa era acabar com o jejum de títulos no Campeonato Paulista – o último havia sido em 1954. Com isso, o jornal "A Gazeta Esportiva" passou a tratar o time como o "Timão do Corinthians". Assim nasceu o apelido.

1966: Um 'mané' corintiano

Por muitos anos o Corinthians sofreu com os gols de Pelé, o maior jogador da História do futebol mundial. Por isso, foi buscar, em 1966, um craque que só não era melhor do que o próprio Rei.

Considerado o segundo melhor jogador brasileiro, Garrincha chegou ao Parque São Jorge, contratado ao Botafogo, por um valor equivalente hoje a US$ 100 mil. O atacante das pernas tornas foi parte de uma série de reforços com que o Corinthians fechou na tentativa de acabar com o incômodo jejum de títulos, que já durava 11 anos.

Apesar de bicampeão mundial com a Seleção Brasileira (1958 e 1962), Mané já não vivia uma grande fase. Aos 32 anos, convivia com problemas no joelho e seu vício com bebidas alcoólicas o atrapalhavam. Ainda assim, sua chegada reuniu milhares de corintianos no aeroporto de Congonhas.

Em sua estreia no Pacaembu, mais fanáticos pelo Corinthians foram ao estádio para acompanhar Garrincha vestindo as cores do Timão pela primeira vez. Contudo, a frustração tomou as arquibancadas: derrota por 3 a 0 para o Vasco.

A passagem de Garrincha pelo Timão não teve glórias. Em 13 partidas foram apenas dois gols marcados, um deles, um golaço na vitória contra o São Paulo, pelo Torneio Rio-São Paulo, o único título de Mané pelo clube – dividido com Santos, Vasco e Botafogo.

Para a Copa de 1966, Garrincha foi o único corintiano convocado.

Surge o apelido histórico: 'Timão'

Além de Garrincha, o Corinthians contratou o zagueiro Ditão e o volante Nair, ambos da Portuguesa. Na época, a verba destinada ao departamento de futebol foi recorde. A tentativa era acabar com o jejum de títulos no Campeonato Paulista – o último havia sido em 1954. Com isso, o jornal "A Gazeta Esportiva" passou a tratar o time como o "Timão do Corinthians". Assim nasceu o apelido.

Confira o hino do centenário corintiano!

O livro "Corinthians - 100 anos de Paixão" terá uma novidade de peso. Seu conteúdo contará com a letra de uma música composta por Tom Zé, que promete ser o hino do centenário corintiano. O cantor é, sabidamente, corintiano, e tem algumas passagens suas retratadas no livro.

Confira abaixo a letra da música.

Tom Zé

Ê Coringão, cem anos de tradição
Ê Coringão, guerreiro, time, timão
BIS

Mas o Corinthians vai crescer, crescer, crescer
Com a vibração daquela fé
Tenha ela o nome que quiser
Força, magia, feitiçaria,
Porque se o inimigo
Tem truque nos pés
O Corinthians tem 1910

Ê Coringão, cem anos de tradição
Ê Coringão, guerreiro, time, timão
BIS

Dia de jogo logo cedo
O que se passa comigo é segredo:
Coração bate que pula,
Senhor São Jorge é quem me segura

As fadas, musas olímpias
Todas elas se dizem Corinthians
Eratos, Euterpes, Urânias
Quietinhas, mas corintianas

Ê Coringão, cem anos de tradição
Ê Coringão, guerreiro, time, timão
BIS

Corinthians contrata atacante Gilmar, ex-Náutico

O Corinthians acertou a contratação do atacante Gilmar, ex-Náutico. Atualmente no Guingamp (FRA), o jogador desembarcou em São Paulo nesta segunda-feira para assinar contrato.

Com vínculo até 31 de julho de 2012 com o clube francês, Gilmar permancerá no Parque São Jorge por empréstimo, com duração de um ano. O atacante já passou por exames médicos.

- O Guingamp aceitou a proposta de empréstimo. Vamos para São Paulo acertar tudo amanhã (terça-feira) - explicou Fernando Umeoka, empresário do atacante, ao LANCENET!.

- Ele (Gilmar) demonstrou interesse, o Corinthians é um grande clube. Essa mudança será muito boa profissionalmente - complementou.

Gilmar chega para ser mais uma opção para Mano Menezes no setor ofensivo da equipe, que ainda não conta com Ronaldo, em recuperação.

Ficha Técnica:

Nome: Gilmar Silva Santos
Data de Nascimento: 3/9/1984 (26 anos)
Naturalidade: Ubatã (BA)
Altura: 176 cm / Peso: 64 kg
Clubes: Vitória, Santos, Tokyo Verdy (JAP), Yokohama FC (JAP), Náutico e Guingamp (FRA)

1965: Há dez anos na fila, Corinthians lança Rivellino

A fila de títulos – o último havia sido em 1954, o Campeonato Paulista do IV Centenário da cidade de São Paulo – já chegava a dez anos. O Corinthians continuava em crise técnica, mas pintou uma esperança: Roberto Rivellino, meia de 19 anos, promovido em janeiro de 1965, depois de surgir como revelação do futebol de salão.

Criador do drible do elástico e dono da “patada atômica”, Rivellino fez 474 jogos e 144 gols pelo Timão, foi campeão do mundo pela Seleção Brasileira, em 1970, mas deixou o clube e foi para o Fluminense, em 1974, depois da fatídica final do Paulistão de 74, contra o rival Palmeiras. Injustiçado, sem ter conseguido encerrar a fila de títulos, que só acabaria em 1977, nunca mais voltou ao Parque São Jorge – ganhou o Torneio Rio-São Paulo de 66, mas dividido com Botafogo, Santos e Vasco.

Mas nem por isso deixou de entrar na lista dos maiores craques da História do Corinthians.

LANCENET!: Hoje, 45 anos depois de ter estreado no profissional do Corinthians, o que representa o clube na sua vida?
Rivellino: Tudo! Foi o clube que me abriu as portas e pelo qual tenho um carinho muito grande. Ele me deu a condição de jogar futebol e de ser convocado para a Seleção de 70, um dos melhores times de todos os tempos. Fui campeão do mundo e disputei duas Copas, atuando pelo Corinthians. Então, o Corinthians é minha vida, não é?

LNET!: Você foi um dos maiores ídolos da História do clube, mas faltou aquele título paulista...
R: Realmente! Era obsessão... Infelizmente, não tive a felicidade de ser campeão paulista. Mas faz parte da vida. Tantos grandes craques não tiveram a felicidade de ganhar a Copa como eu...

LNET!: E a saída conturbada?
R: Foi mais pela imprensa na época. Uma pessoa, por exemplo, depois de muitos anos, veio me pedir desculpas... O senhor J. Hawilla (hoje, dono da Traffic), que fez uma campanha maldosa e a imprensa tirou Rivellino do Corinthians. Eu não queria, nunca esperava ter saído.

LNET!: E como está a sua relação hoje?
R: É maravilhosa! Com o clube e com o torcedor. Quem é corintiano sabe o que eu representei para o clube.

LNET!: E o que acha da idolatria da torcida com Ronaldo?
R: Ele já era ídolo antes. Todo torcedor, não só do Corinthians, mas do mundo todo, tem adoração por Ronaldo. No primeiro semestre (de 2009), ele mostrou porque é diferenciado. Eu até achava que ele não teria condições. Agora, ele está com lesão... Tem de jogar mais, porque jogou pouco para ser um ídolo da Fiel, né? Mas ele é o maior goleador da História das Copa, bicampeão do mundo... É um puta cara, por quem tenho muito carinho, mas o torcedor corintiano quer ver ele jogando.

LNET!: Como vê essa relação de paixão do torcedor com o Corinthians?
R: É impressionante! As torcidas de Corinthians e Flamengo são muito parecidas, têm laços muito fortes. O resto é resto. Eu, aliás, fui convidado, dia 24, para pôr o pé na Calçada da Fama (no Parque São Jorge), recebi o livro (oficial) dos cem anos do clube... Na primeira parte tem um lance meu contra o Pelé... Então, isso mostra o que é Rivellino e Corinthians.

Quem é

Roberto Rivellino - Ex-camisa 10
Nascimento: 1/1/1946, em São Paulo (SP).

Apelidos
Reizinho do Parque e Maloca.

No clube
Disputou 474 jogos (238 vitórias, 136 empates e 100 derrotas) e marcou 144 gols, entre os anos de 65 e 74.

Título
Rio-São Paulo de 66 (com Santos, Vasco e Botafogo).

Seleção
Titular e campeão da Copa do Mundo em 1970. Disputou também as Copas de 1974 e 1978.

domingo, 18 de julho de 2010

Corinthians 1x0 Atlético MG



O Corinthians é o líder isolado do Campeonato Brasileiro. Com a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, no Pacaembu, o time paulista chegou a 21 pontos somados e garantiu a primeira posição da competição por mais uma rodada. O herói do jogo foi meia Bruno César, que fez o único gol da partida em chute de fora da área que desviou no zagueiro e entrou.

O Ceará, que dividia a ponta com o Alvinegro foi derrotado, fora de casa, pelo Internacional e ficou para trás na classificação.

A partida no Pacaembu começou quente. Logo no primeiro minuto, Dentinho recebeu passe pelo lado direito, se enroscou com o zagueiro Werley, caiu na área e o árbitro marcou penalti. Na cobrança, Chicão chutou rasteiro, mas errou o alvo, mandando a bola para ao lado esquerdo do gol de Fábio Costa.

Mesmo com a chance desperdiçada, o Corinthians seguiu pressionando o rival mineiro, que respondeu chegando com perigo pelo lado direito, contando com os avanços Diego Macedo.

O jogo começou a esfriar a partir dos 15 minutos. A empolgação das equipes diminiu e o jogo passou a ficar truncado no meio de campo. Sem conseguir entrar na área atleticana, os donos da casa arriscavam apenas nos tiros de fora da área, enquanto os visitantes desperdiçavam boas chances nos contra-ataques.

Aos 46, a chance mais clara da primeira etapa. Neto Berola recebeu cruzamento da esquerda, errou a cabeçada, mas a bola bateu em sua coxa e tocou no travessão antes de sair pela linha de fundo.

No segundo tempo, o Alvinegro paulista novamente começou partindo para o ataque. Com Jorge Henrique no lugar de Iarley, a movimentação melhorou e o baixinho corintiano criou duas boas oportunidades. A primeira, aos 4 minutos, ele mesmo saiu cara a cara com Fábio Costa, mas parou no goleiro atleticano, que defendeu com o pé esquerdo. Aos 17, encontrou Bruno César no lado direito da área, ele driblou Jairo Campos mas concluiu mal, desperdiçando grande oportunidade.

Enquanto isso, o time mineiro se fechou na defesa e tentava sair apenas nos contra-ataques, mas só levou algum perigo com cruzamentos na área de Julio Cesar.

Com o ataque pouco efetivo, restou ao Corinthians tentar os chutes de fora da área. E foi assim que o gol da vitória aconteceu, e saiu dos pés de Bruno César. O camisa 11 recebeu do lado esquerdo da área, próximo a meia lua, cortou para o meio e bateu. A bola desviou em Jairo Campos e enganou Fabio Costa, que caia para o lado contrário e nada pode fazer.

O último susto para a torcida corintiana foi aos 43 minutos, quando Ricardo Bueno cabeceou após cobrança de escanteio e obrigou Julio Cesar a fazer bela defesa que impediu o empate e garantiu a primeira posição do Brasileirão.

Próximo jogo

O Corinthians volta a campo na quarta-feira, em Goiânia, quando enfrenta o Atlético-GO. O Atlético-MG recebe o Internacional, também na quarta.

FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 1X0 ATLÉTICO-MG

Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data/hora: 18/7/2010 - 16h
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF)
Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e Marrubson Melo Freitas (DF)
Renda/público: R$675.393,50 / 22.163 pagantes
Cartões amarelos: William, Danilo, Jorge Henrique (COR); Werley, Diego Macedo (CAM)
GOLS: Bruno César, 35'/2ºT (1-0);

CORINTHIANS: Felipe, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf (Jucilei, 26'/2ºT), Elias, Bruno César e Danilo; Dentinho (William Morais, 13'/2ºT) e Iarley (Jorge Henrique, Intervalo). Técnico: Mano Menezes.

ATLÉTICO-MG: Fábio Costa, Diego Macedo, Jairo Campos, Werley e Leandro; Zé Luis, Serginho, João Pedro (Fabiano, Intervalo) e Ricardinho (Fernandinho, 28'/2ºT); Neto Berola (Diego Souza, 11'/2ºT) e Ricardo Bueno. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

1964: Preliminar de sucesso para os corintianos

Quem falou que o Corinthians não ganhou títulos estaduais na década de 60? Os torcedores puderam comemorar, sim, uma conquista. Se o time principal passou por maus momentos, os aspirantes honraram a camisa e levantaram a taça do torneio em São Paulo.

A competição era disputada pelos principais times do Estado. Os jogos serviam como preliminares dos encontros principais. Seria uma espécie de abertura para esquentar um pouco o ânimo dos torcedores. E quem acompanhou o Timão, não deve ter se arrependido.

Com uma campanha incontestável, o Alvinegro teve 17 vitórias, quatro empates e somente uma derrota. Um dos jogos mais marcantes foi o triunfo por 5 a 2 diante do arquirrival Palmeiras. Se não bastasse, os corintianos voltariam a ser campeões em 1965 e 1966.

Mais do que diminuir a carência por títulos paulistas, o campeonato de aspirantes foi importante para revelar alguns jogadores. O principal deles: o meia Rivellino. Um dos destaques da conquista em 1964, ele ganhou uma chance entre os profissionais na temporada seguinte. Mas essa é outra história.

Time principal
Novamente, o Corinthians voltou a sofrer com o Santos durante o Campeonato Paulista. Com chances de título até as últimas rodadas do torneio, o time viu a esperança dos torcedores ruir diante do rival.

No penúltimo jogo, o Timão foi goleado por 7 a 4 pelos santistas. O grande vilão não era novo: Pelé.

1963: O adeus do vitorioso de Del Debbio

Não é de hoje que os jogadores, ao abandonarem suas carreiras, decidem trocar de área dentro do futebol. Com Armando Del Debbio, a história não foi diferente. Após um grande período dentro de campo, ele ainda se arriscou no comando do Corinthians. E repetiu o sucesso com a conquista de outros títulos.

O antigo atleta e treinador vestiu pela primeira vez a camisa do Timão em 1922. A partir desse dia, começou a construir sua passagem vitoriosa pelo clube. Ao todo, foram oito títulos paulistas em campo.

Muito ligado ao Alvinegro, Del Debbio não quis largar sua paixão nem após o fim da carreira. Então, decidiu se tornar técnico. E qual foi o time escolhido? O Corinthians. O treinador começou o desafio de maneira vitoriosa. Foram outras duas conquistas estaduais. Nessa conta ainda existe uma terceira taça, que merece uma explicação à parte.

Em 1939, quando já tinha iniciado a carreira como técnico, o ex-zagueiro teve de vestir o uniforme e as chuteiras mais uma vez. Por causa de uma série de lesões dos outros defensores, o treinador foi chamado para fazer parte da equipe em um duelo contra o Ypiranga. Assim, ele ajudou o Alvinegro a vencer por 2 a 1 e ficar perto da taça.

Del Debbio treinou o Timão em três oportunidades, a última em 1963. Com a equipe em má fase, ele comandou os corintianos nas últimas rodadas do Estadual. Seu último jogo foi em um empate por 2 a 2 com o Santos. Vitorioso como sempre, não poderia terminar sua passagem pelo clube com derrota.

Vitorioso

Del Debbio conquistou como técnico e zagueiro do Timão dez títulos paulistas. Foram sete como jogador, dois como técnico e um nas duas funções. Como treinador, foram 175 jogos, com 114 vitórias.

Ronaldo luta, mas já admite parar no fim deste ano

A carreira vitoriosa de um dos maiores jogadores da História do futebol mundial pode estar perto do fim. As limitações do corpo de Ronaldo viraram obstáculos quase intransponíveis para o atacante.

O Fenômeno, que já deu a volta por cima várias vezes na carreira, luta diariamente contra o passado de oito intervenções cirúrgicas no corpo, além da idade avançada - completará 34 anos em setembro.

As limitações não o deixam perder peso. E pior: não devolvem a mobilidade que marcou sua carreira e seu primeiro semestre no Parque São Jorge, em 2009. Mesmo com a dedicação diária.

Ronaldo é um frequentador da programação feita pelo departamento de futebol, raramente se atrasa nos treinamentos e não se recusa a fazer os exercícios que lhe são determinados. O camisa 9 não deixa de participar nem dos períodos de concentração no interior, do qual sempre foi contra.

Uma dedicação que, segundo uma pessoa ouvida pela reportagem do LANCENET!, beira a obstinação. Mas que parece não ser suficiente para evitar o fim precoce. A situação incomoda, mas não como outrora. As lesões momentâneas e limitações do seu corpo, que antes alteravam seu humor, já não incomodam tanto.

Aos 33 anos, Ronaldo tem contrato com o Timão até o fim deste ano. Verbalmente, acordou com o clube sua permanência na próxima temporada (dezembro de 2011). Hoje, algo que nem ele acredita ser possível. No Parque São Jorge, diretoria e companheiros não confirmam publicamente e evitam tocar no assunto, mas todos internamente já vêem a possibilidade como real e possível.

O primeiro indício de que o Fenômeno não suporta mais a rotina de treinos e as dores constantes aconteceu em maio deste ano. Na ocasião, o colunista Ancelmo Gois, do jornal "O Globo", publicou declaração de Ronaldo, afirmando que seu "corpo está pedindo para parar".

- Estou ficando velho - disse, em roda de amigos, durante conferência de grupo de marketing, no Rio. O craque não questionou a informação.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Amistoso do Corinthians com o Real Madrid é cancelado

O amistoso entre Corinthians e Real Madrid (ESP), que estava previsto para o dia 24 de agosto, no Santiago Bernabéu, em Madrid, capital da Espanha não vai acontecer.

A CBF não aceitou o pedido para a troca de datas de duas partidas do Campeonato Brasileiro, impedindo que o Timão enfrentasse o time de Cristiano Ronaldo, Kaká & Cia. No dia 22 de agosto, dois dias antes da data prevista do amistoso, o Alvinegro encara o São Paulo, e três dias depois, o Cruzeiro.

Nesta partida, a expectativa era pelo reencontro do lateral Roberto Carlos com o clube em que atuou por 11 anos, e que até hoje é reconhecido como um dos ídolos, além de Ronaldo, que também teve passagem vitoriosa pela equipe espanhola.

Contratado para ser embaixador do Corinthians no ano do centenário, Marcelinho Carioca também tinha chances de atuar no amistoso, apesar de ambas as partes não confirmarem a presença do eterno camisa 7 do Timão no jogo.

Para barrar Guarulhos, Rosenberg vence até 'alergia'


Apesar do discurso de 'único e verdadeiro até agora' e 'algo muito bom para o clube', o projeto de construção do estádio em Guarulhos não seduz a diretoria do Corinthians, que corre atrás de construtoras, empreiteiras e bancos para tentar viabilizar novos projetos.

Assim, conseguir obter algo para oferecer ao Conselho Deliberativo do clube, na intenção de confrontar com o oferecimento da parceria Banif/Bradesco/Hochtief.

O desejo de desbancar o projeto de Guarulhos, que prevê um estádio para 56 mil lugares, fez até o diretor de marketing, Luís Paulo Rosenberg, mudar sua opinião sobre a construção no terreno de Itaquera, cedido pela Prefeitura ao clube por 90 anos.

- De acordo com todas as estatísticas, São Paulo está crescendo na direção da Zona Leste. Confesso que eu tinha aquela alergia a Itaquera, comum a quem mora em Higienópolis, mas isso passou - afirmou o dirigente, sorrindo, durante uma palestra na manhã desta sexta-feira.

- O povão chegará fácil e ainda é perto do metrô. Para a classe A, agora existe o Rodoanel. Vamos estudar o melhor para o Corinthians - completou Rosenberg, explicando as facilidades que os corintianos teriam para chegar ao local.

A ideia do diretor de marketing, assim como de Andrés Sanchez e toda sua diretoria, é a construção de um estádio mais simples, para 45 mil lugares no máximo.

- Estou tentando construir um estádio com o preço de R$ 6 mil por cada assento. E vai dar. Outros projetos orçam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Para onde será que vai essa diferença? - questionou o dirigente, deixando a questão no ar.

Apesar do trânsito, Bobadilla é apresentado no Timão


O trânsito de São Paulo atrapalhou, mas o novo paredão do Corinthians, enfim, foi apresentado na manhã desta sexta-feira, no Parque São Jorge. Com a missão de substituir Felipe, afastado pela diretoria, Aldo Bobadilla vestiu pela primeira vez a camisa corintiana.

O Corinthians desembolsou cerca de US$ 300 mil (R$ 540 mil) ao Independiente Medellín (COL) para contratar o paraguaio. O vínculo terá validade até dezembro de 2011.

- Estou feliz em estar aqui. jogar em um time grande como o Corinthians, não tem comparação. É um clube com uma torcida maravilhosa, é um desafio grande. Estou aqui para somar. O clube tem bons goleiro, mas vou fazer meu trabalho e tentar fazer o melhor possível. Estou muito agradecido ao presidente (Andrés Sanchez), ao Mário (Gobbi, diretor) e ao Mano - afirmou o goleiro, confirmando ainda que foi procurado por Andrés ainda na África do Sul.

Apesar de chegar com status de titular, o Capitão América sabe da dificuldade que será a disputa pela posição com Julio Cesar.

- O Julio Cesar jogou muito bem (contra o Ceará), o time somou um ponto importante. Desejo sempre o melhor para o goleiro que vai jogar. Falaram para mim que tem goleiros bons aqui. Vai ser uma disputa difícil pela posição. Fora de campo vou tentar ser amigo dos meus companheiros. Quando o Mano precisar, vou estar bem. Venho para colaborar - finalizou.

Ficha técnica:

Nome: Aldo Antonio Bobadilla Avalos
Nascimento: 20/04/1976 (34 anos)
Altura: 1,92m
Peso: 88 kg
Carreira: Cerro Porteño-PAR (1998-2004), Gimnasia-ARG (2004-2005), Libertad-PAR (2006), Boca Juniors-ARG (2006-2007), Independiente Medellín-COL (2008-2010)
Títulos: Campeonato paraguaio (2001 e 2004) e Copa Libertadores da América (2007)

1962: Timão alcança vitórias no longo tabu

O que é um tabu? No futebol, esse termo é usado normalmente quando uma equipe passa muito tempo sem ganhar da outra. Quando o assunto é a rivalidade entre Corinthians e Santos, muitas pessoas comentam sobre o tabu de 11 anos (de 1957 a 1968) sem vitórias corintianas diante do rival. Mas como isso pode ter ocorrido se, em 1962, o Timão bateu o rival por 3 a 1 e, com um empate, no duelo seguinte, levou o título da Taça São Paulo?

Na verdade, o jejum corintiano diante dos santistas foi só em jogos do Campeonato Paulista. Isso porque, nesse período, o Corinthians bateu o adversário em quatro oportunidades. Além do triunfo pela Taça São Paulo, o Timão conseguiu outras três vitórias, todas pelo Torneio Rio-São Paulo. Mas a mais importante, realmente, foi a última.

O Corinthians passou mais um ano sem conquistas expressivas. O que está longe de representar outra temporada em branco. O Timão foi campeão da única edição da Taça São Paulo, bem diante do Santos.

O torneio eliminatório contou com equipes de todas as Divisões do estado. O Alvinegro passou por Portuguesa Santista, Taubaté, São Paulo, Ferroviária e Santos.

Na decisão com os santistas, teve uma vitória e um empate, em 3 a 3. O triunfo no primeiro jogo foi o último contra o rival antes de 1968. O tabu existiu. Mas ele não foi tão longo quanto as pessoas contam...

As vitórias no tabu:

O Timão passou 11 anos (1957 a 1968) sem derrotar o Santos no Campeonato Paulista. Mas em outros torneios, o Corinthians teve quatro vitórias diante do rival. O último triunfo antes do fim do jejum foi pelo primeiro jogo decisivo da Taça São Paulo:

27/3/58 - Corinthians 2x1 Santos, pelo Torneio Rio-São Paulo
31/3/60 - Corinthians 2x1 Santos, pelo Torneio Rio-São Paulo
29/3/61 - Corinthians 2x0 Santos, pelo Torneio Rio-São Paulo
16/6/62 - Corinthians 3x1 Santos, pela Taça São Paulo


Curiosidade - 1961

14 de outubro
Início da Crise dos Mísseis, em Cuba. É um dos momentos mais tensos da Guerra Fria. Após os Estados Unidos instalarem mísseis nucleares na Turquia e tentarem invadir Cuba, a União Soviética coloca mísseis no território cubano como retaliação. O mundo fica à beira de uma guerra nuclear. O problema só chega ao fim no dia 20 novembro com a retirada dos mísseis da Turquia e de Cuba.

Estádio do Timão: mais tempo e promessa

A apresentação do aguardado projeto da diretoria e o confronto com o de Guarulhos não aconteceu. Na noite desta quinta-feira, a reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians apenas adiou a definição sobre a construção do futuro estádio.

A decisão de não se votar nada e de aguardar pela chegada de novos projetos foi chamada por Andrés Sanchez como "voto de confiança". O presidente garantiu que nos últimos dias teve reuniões importantes que poderão se transformar em novos projetos. De quebra, conseguiu que o oferecimento para a construção em Guarulhos fosse adiado.

– A diretoria não é contra esse projeto que, aliás, é o único que temos. Apenas queremos ter todas as garantias que são necessárias para um assunto tão sério – afirmou.

– Queremos que nossos departamentos jurídico e financeiro sejam acionados, para analisar os detalhes – completou Andrés Sanchez, que se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem.

Segundo o presidente do Timão, o encontro foi casual, com vários assuntos em pauta. Aos conselheiros, também afirmou que se encontrou com representantes da empresa que construiu a Amsterdã Arena.

O conselheiro Edgard Soares se irritou com a reunião, principalmente, pela decisão de ter que esperar até 13 de setembro para responder sobre o projeto de Guarulhos.

– Tenho uma reunião com os investidores. Vou comunicar sobre o novo prazo. Não sei se eles vão aceitar. Eu acho que não deveriam – afirmou o conselheiro, transtornado.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

1961: O ano do Corinthians 'Faz-me rir'

Até parece impossível que um dia / Foste o homem sonhado por mim / Esta cínica farsa de agora / Faz-me rir, ai... Faz-me rir...”. Dizia o refrão de um bolero, cantado por Edith Veiga, sucesso nos anos 60.

O que não fazia tanto sucesso naquela época era o time do Corinthians que, por essa razão, ganhou de seus rivais como apelido o título do hit do momento: Faz-me rir.

O ano de 1961 foi muito ruim para o Timão. Apesar de começar a temporada com uma bela vitória por 7 a 2 contra o Flamengo, de Gérson e Dida, na noite que inaugurou o sistema de iluminação do Parque São Jorge, o resto do ano não foi nada bom para os corintianos.

No Campeonato Paulista, durante as primeiras 11 partidas, o Corinthians havia perdido sete, empatado outras duas e vencido apenas duas. A diretoria do clube tentou dar um jeito na situação trocando o treinador e alguns jogadores, porém de nada adiantou, e o Corinthians terminou o primeiro turno entre os últimos colocados.

O time, reforçado por Adílson, Beirute, Espanhol, Ferreira e Manoelzinho, só conseguiu reagir no segundo turno da competição estadual, e a campanha, que começou de maneira pífia, para delírio das torcidas rivais, terminou com uma “honrosa” sexta colocação.

Para responder aos rivais, dois torcedores do Timão compuseram a resposta ao incômodo apelido: “No momento difícil, presente / A torcida responde por ti / Demonstrando a toda essa gente / Que tu tens um Nome, do qual não se ri!”

Curiosidades – 1961

31 de janeiro
Jânio Quadros toma posse como presidente da República, o 22 da História.

21 de março
Nasce Lothar Matthäus, campeão mundial com a Alemanha em 1990 e melhor jogador do Mundo da Fifa de 1991.

4 de agosto
Nasce Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

13 de agosto
Na Alemanha, é construído o Muro de Berlim, dividindo o país em dois.

25 de agosto
Alegando pressão de “forças terríveis”, Jânio Quadros renuncia à presidência.

2 de setembro
Nasce Carlos Valderrama, folclórico meio de campo da Seleção da Colômbia, bom jogador e também conhecido pela vasta cabeleira.