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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Top 5: Corintianos que saíram pela porta dos fundos

Ídolo. Para se tornar um é preciso muito suor e, quando se trata do Corinthians, a pressão é ainda maior. Basta uma falha em um jogo decisivo ou um desejo revelado de sair do clube para que a torcida esqueça todas as glórias e se revoltar. É exatamente o que acontece atualmente com o goleiro Felipe .

Um dos jogadores mais queridos da torcida alvinegra nos últimos anos, o camisa 1 forçou sua saída do Timão após apresentar uma proposta do Genoa (ITA) . Depois de um período de indefinição e algumas controvérsias, o Corinthians assinou a liberação do jogador e contratou o paraguaio Aldo Bobadilla. No entanto, o time italiano desistiu oficialmente da contratação de Felipe , e agora o jogador procura um outro clube do para defender.

Mas a situação vivada por Felipe não é a primeira e, provavelmente, não será a última. Grandes jogadores que vestiram a camisa do clube e se identificaram com a torcida conheceram bem a fúria da Fiel após algumas decepções. O LANCENET! listou atletas que fizeram muito sucesso pelo Timão, mas que saíram do clube carregando pela porta dos fundos. Confira:

Rivellino (1974)
Roberto Rivellino é considerado até hoje um dos melhores jogadores que vestiram a camisa do Corinthians. Apesar da técnica apurada, belos passes e precisão em cobranças de falta com a perna esquerda, o Reizinho do Parque era muito cobrado pela escassez de títulos que o time vivia desde 1954.

O ápice da indignação da torcida com o meia aconteceu em 1974, quando o Corinthians precisava de um empate com o Palmeiras na final do Campeonato Paulista para se sagrar campeão estadual. Porém, o Verdão venceu por 1 a 0 com péssima atuação do camisa 10, que atuou quase como um defensor durante toda a partida.

Acusado de falta de comprometivo e individualismo pela torcida, foi negociado com o Fluminense, onde marcou três gols contra o ex-clube logo em sua estreia. Pelo clube carioca, conquistou títulos, coisa que não conseguiu no Corinthians.

Edílson (2000)
Mesmo já tendo atuado no arquirrival Palmeiras, Edílson foi o grande nome do time corintiano na conquista do Mundial de Clubes da Fifa, de 2000 e dos dois títulos brasileiros, conquistados em 98 e 99. Levou a Fiel à loucura na final do Campeonato Paulista de 1999, quando Corinthians e Palmeiras empatavam em 2 a 2, resultado que dava a taça ao Timão, e numa jogada na lateral começu a fazer embaixadinhas e deixando os jogadores adversários irados, iniciando uma briga generalizada no campo.

No entanto, os torcedores esqueceram todos os títulos e provocações aos rivais depois que o Corinthians foi eliminado da Libertadores de 2000 nas semifinais, pelo próprio Palmeiras. Na ocasião, o camisa 10 optou por não participar das cobranças de pênalti. O Timão foi eliminado e na mesma semana Edílson foi encurralado por vários torcedores no estacionamento do Parque São Jorge, tendo que sair com a ajuda de vários seguranças. Sem clima, foi negociado com o Flamengo.

Marcelinho Carioca (2001)
O camisa 7 é o maior ídolo da história recente do Corinthians. Conquistou dez títulos, teve atuações brilhantes e sempre foi adorado pela torcida. No entanto, da mesma maneira que tinha talento com a bola nos pés, tinha para criar polêmicas. Na maior delas, brigou com Ricardinho em 2001 e saiu do clube pela porta dos fundos, encerrando uma geração vitoriosa.

Marcelinho voltou a jogar no Corinthians em 2006, depois de uma negociação estranha em que ele foi contratado para abater uma dívida financeira com o clube e saiu alguns meses depois com dinheiro para receber da diretoria. Ainda brigou com o volante argentino Mascherano e com o técnico Emerson Leão, antes de ser demitido.

Em 2010, foi anunciado como "Embaixador do Centenário", e fez seu jogo de despedida contra o Huracán (ARG), com vitória por 3 a 0.

Ricardinho (2002)
Um dos jogadores que mais conquistaram títulos pelo Timão (sete ao todo), Ricardinho era o grande xodó da Fiel torcida, ao lado de Marcelinho Carioca. No clube desde 1998, vindo do Paraná, foi convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para a Copa do Mundo da Coreia e Japão em 2002.

Logo após voltar do Mundial, aceitou uma proposta do rival São Paulo de 2 milhões de reais, sendo na época a maior transação entre clubes brasileiros da história. A torcida é claro, não deixou de mostrar sua indignação com o meia. No primeiro jogo dele contra o Corinthians, foi xingado de "mercenário" e vaiado durante toda a partida.

Em 2006, voltou ao clube para a disputa da Libertadores da América. Mesmo com boas atuações, o time fracassou e ele foi negociado com o Besiktas (TUR). Atualmente joga no Atlético-MG

Carlitos Tevez (2006)
Contratado junto ao Boca Juniors (ARG) pela MSI, parceira do Corinthians na época, o atacante argentino caiu rapidamente nas graças da Fiel por seu estilo raçudo em campo. Logo no seu primeiro ano pelo clube, conquistou o polêmico Campeonato Brasileiro daquele ano, marcado pela escândalo de corrupção da arbitragem.

No ano seguinte, era o grande nome do Timão para a Libertadores da América, mais caiu para o River Plate (ARG) nas oitavas de final, frustrando mais uma vez a nação alvinegra. A partir daí a relação entre o argentino e a torcida começou a se estreitar, e teve seu auge em um jogo contra o Fortaleza, quando Tevez marcou um gol e mandou a torcida ficar em silêncio. Na saída do estádio, seu carro foi chutado e e jogador recebeu muitos xingamentos. Com medo de continuar no clube e das represálias dos torcedores, foi negociado com o West Ham (ING), logo após a Copa da Alemanha. Mesmo com saída conturbada, é considerado até hoje um dos maiores ídolos da história do clube.