Capitão América, o novo super-herói do Corinthians

Acertado verbalmente com o Corinthians, o paraguaio Aldo Bobadilla desembarca no Brasil entre quarta e quinta-feira não somente com a missão de substituir Felipe, mas também para acabar com a sina de fracassos dos últimos goleiros sul-americanos na História do clube.

O primeiro deles foi Carlos Buttice, o Batman, ídolo do San Lorenzo (ARG) e destaque do Bahia, contratado em 1974 para ser o reserva de Ado. Ele, entretanto, assumiu a posição após o titular se desentender com a comissão técnica.

Mas seus “poderes” - os argentinos diziam que ele voava - não foram suficientes para afastá-lo do insucesso. Caiu em desgraça após sofrer o gol de Ronaldo, do Palmeiras, na final do Paulistão de 1974.

– Eram duas grandes equipes, duas seleções. Tinha Rivellino de um lado e Leivinha de outro... Foi um espetáculo lindo! Tomei o gol, mas eu agarrei pra c... na final. P.q.p., como eu joguei! Foi um gol de bola parada. Não tive culpa alguma – defende-se Buttice, em entrevista ao LANCENET!.

Situação não muito diferente viveu o chileno Johnny Herrera, o Superboy. No Estadual de 2006, o goleiro falhou no clássico vencido pelo São Paulo, por 2 a 1. De titular, virou reserva de Sílvio Luiz. Em baixa, voltou para o Chile. Hoje, defende o Audax Italiano (CHI).

Apesar do histórico ruim de goleiros sul-americanos com apelidos de super-heróis, Bobadilla pode se inspirar no Capitão América para, quem sabe, por fim à maldição.

Revelado pelo Cerro Porteño (PAR), o goleiro foi campeão da Copa Libertadores com o Boca Juniors (ARG), em 2007. No ano seguinte, foi negociado com o Independiente de Medellin (COL), onde tornou-se ídolo. Se não bastasse conhecer boa parte do continente americano, representou seu país nas Copas do Mundo de 2006 e 2010.

O Capitão América das histórias em quadrinhos conta com físico avantajado e um escudo de Adamantium-Vibranium (substância de origem alienígena). Aldo Bobadilla não tem escudo, tampouco superpoderes, mas sua experiência pode ajudar o Corinthians.