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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

quarta-feira, 28 de julho de 2010

1974: 100 mil corintianos em silêncio

"A lembrança que tenho é terrível. Eu tento sempre apagar as coisas negativas que aconteceram na minha vida profissional, tento pensar sempre para a frente, pensar apenas naquilo que conquistamos.

Naquela noite, encontramos o Morumbi na situação que sempre encontrávamos a torcida. A nação corintiana sempre foi participativa, sempre nos apoiou. E isso tornou a derrota ainda mais dolorosa. Saber que você entrou, tentou e não conseguiu dar a eles um retorno positivo. Um sonho de milhares de torcedores não foi alcançado. Para mim foi uma grande derrota, a maior da minha vida. E acredito que tenha sido também para todos os jogadores que estiveram lá.

Depois que você conquista um título, como foi nos anos seguintes, você consegue superar, mas para aqueles que não conseguiram deve ter sido muito mais frustrante.

O lance do gol do Palmeiras foi em uma jogada bem construída. O Buttice (goleiro do Timão) deu azar no lance, ele foi na bola, mas não conseguiu pegar. O Palmeiras foi muito feliz, foram poucos os lances de gol. Mas futebol é assim mesmo, você aproveita as oportunidades ou não. E o Palmeiras aproveitou.

A pressão no Corinthians é uma coisa diferente, não sei explicar. A emoção do torcedores, a revolta acontece, faz parte da vida. Tentamos sempre ganhar, ninguém gosta de perder. Na situação da derrota, você olha para cara de um, de outro e acaba se sentindo culpado, mesmo não participando do lance que nos levou para essa situação.

Sou contra ao que aconteceu depois. Tentaram responsabilizar o Rivellino, mas o time todo, com pouquíssimas exceções, não teve brilho. Criaram uma situação e o Vicente Matheus abraçou a ideia.

Para mim, realmente, foi a maior derrota da minha vida."

Derrota tirou Rivellino do clube

Se o Corinthians ficou com o vice-campeonato paulista, a torcida indicou um culpado para a derrota: Rivellino. Destaque do time, o meia ficou marcado por uma confusão no primeiro jogo do segundo turno no torneio. Na derrota por 1 a 0 para o Botafogo-SP, ele foi expulso por agredir o auxiliar Mário Molina após um impedimento. O duelo não terminou e o Timão perdeu seu rumo.

Com o vice-campeonato e a perseguição da torcida, Rivellino deixou o clube e foi para o Fluminense em seguida.

- A saída foi como foi mais pela imprensa. Uma pessoa principalmente, depois de muitos anos, veio me pedir desculpa. Foi o senhor J. Hawilla, que fez uma campanha maldosa - disse o meia.