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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

terça-feira, 20 de julho de 2010

1966: Um 'mané' corintiano

Por muitos anos o Corinthians sofreu com os gols de Pelé, o maior jogador da História do futebol mundial. Por isso, foi buscar, em 1966, um craque que só não era melhor do que o próprio Rei.

Considerado o segundo melhor jogador brasileiro, Garrincha chegou ao Parque São Jorge, contratado ao Botafogo, por um valor equivalente hoje a US$ 100 mil. O atacante das pernas tornas foi parte de uma série de reforços com que o Corinthians fechou na tentativa de acabar com o incômodo jejum de títulos, que já durava 11 anos.

Apesar de bicampeão mundial com a Seleção Brasileira (1958 e 1962), Mané já não vivia uma grande fase. Aos 32 anos, convivia com problemas no joelho e seu vício com bebidas alcoólicas o atrapalhavam. Ainda assim, sua chegada reuniu milhares de corintianos no aeroporto de Congonhas.

Em sua estreia no Pacaembu, mais fanáticos pelo Corinthians foram ao estádio para acompanhar Garrincha vestindo as cores do Timão pela primeira vez. Contudo, a frustração tomou as arquibancadas: derrota por 3 a 0 para o Vasco.

A passagem de Garrincha pelo Timão não teve glórias. Em 13 partidas foram apenas dois gols marcados, um deles, um golaço na vitória contra o São Paulo, pelo Torneio Rio-São Paulo, o único título de Mané pelo clube – dividido com Santos, Vasco e Botafogo.

Para a Copa de 1966, Garrincha foi o único corintiano convocado.

Surge o apelido histórico: 'Timão'

Além de Garrincha, o Corinthians contratou o zagueiro Ditão e o volante Nair, ambos da Portuguesa. Na época, a verba destinada ao departamento de futebol foi recorde. A tentativa era acabar com o jejum de títulos no Campeonato Paulista – o último havia sido em 1954. Com isso, o jornal "A Gazeta Esportiva" passou a tratar o time como o "Timão do Corinthians". Assim nasceu o apelido.