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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tolima; os segredos da equipe colombiana

Uma equipe rápida, entrosada e que tem na bola parada sua principal arma. Porém, o setor defensivo esquerdo cede muitos espaços para cruzamentos e a bola aérea é um dos pontos fracos do goleiro. Assim pode ser definido o colombiano Tolima, adversário do Corinthians na Primeira Fase da Libertadores.

Para disputar o tão sonhado título continental, o Timão terá dois jogos para eliminar o rival. O primeiro acontecerá no Pacaembu, dia 26 de janeiro. A volta está marcada para 2 de fevereiro, na cidade de Ibagué, interior da Colômbia.

Se os comandados de Tite terão a desvantagem de fazer o confronto decisivo longe de sua torcida, pelo menos não haverá a preocupação com um adversário muito temido, principalmente na Libertadores: a altitude. Ibagué está a apenas 1.225 metros do nível do mar, fato que não implica em complicações respiratórias para os corintianos.

A derrota por 3 a 1 para o Once Caldas, na noite do último domingo, fez com que o Vinho e dourado, como é conhecido devido as cores de seu uniforme, terminasse como vice-campeão. Mais que isso, expôs algumas das características do time. O gol de honra foi marcado em uma das principais jogadas do Tolima: as cobranças de falta do meio-campo Rodrigo Marangoni.

No último jogo, ele encontrou a cabeça do lateral-direito Danny Aguilar, mas os corintianos também devem ficar atentos a outros colombianos. O zagueiro Arrechea costuma subir ao ataque para deixar sua marca em jogadas aéreas.

No entanto, se a equipe ataca bem pelo alto, não se pode dizer o mesmo da defesa. O goleiro Antony Silva tem dificuldades nas saídas de bola, fato que pode ser bem aproveitado pelos jogadores altos do Corinthians. Jucilei, Paulo André e, quem sabe, Adriano podem aproveitar eventuais vacilos do camisa 1 da equipe colombiano.

Jorge Henrique ou Dentinho são dois atacantes que podem ser decisivos no confronto. Já que o lateral-direito Vallejo é considerado lento e costuma deixar espaços.

Aos poucos, o vice-campeão colombiano começa a ser desvendado. Tite e o Corinthians têm de estudar para não serem surpreendidos pelo Tolima, em janeiro.




Osvaldo Hernandéz, Editor de Esporte do “La Patria”
"Sem dúvida, o Tolima é uma das poucas equipes que se sustentou ao longo dos últimos anos. Isso permite ao clube ter o que os técnicos chamam de memória coletiva, que começou com o treinador Jorge Luis Bernal e segue hoje com o atual técnico Hernán Torres.

Todo os jogadores da equipe jogam em bloco e deixam poucos espaços para os adversários. Um dos pontos fortes do Tolima é a bola parada, porque o elenco conta com o meia criativo Rodrigo Marangoni e o volante Gustavo Bolívar, como bons cobradores. Além deles, o zagueiro central Yaír Arrechea se destaque com vários gols de cabeça.

Mas a defesa tem problemas. Os treinadores que enfrentam o Tolima dizem que o goleiro Antony Silva apresenta muita fragilidade nas jogadas aéreas. Seu lado fraco é o esquerdo, onde atua o lateral-esquerdo Gerardo Vallejo, que é um atleta lento. Os zagueiros centrais se salvam. Ambos têm muita raça e brigam por cada lance com veemência, como se fossem a última bola, a última jogada de suas vidas.

O técnico Hernán Torres arma o time no 4-4-1-1. Hoje, o Tolima é a equipe que joga o melhor futebol na Colômbia. Um jogo coletivo, rápido e efetivo."