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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

2007: O capítulo mais triste do Corinthians



A História do Corinthians, contada em preto e branco, teve seu capítulo mais negro e doloroso em 2007. Nem mesmo a troca de técnicos, a queda de Alberto Dualib e a cobrança da torcida puderam evitar o rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro.

O fantasma do MSI assombrava dirigentes e jogadores a todo momento. Os treinos eram ofuscados pela presença da Polícia Federal no Parque São Jorge.

Após um empate por 1 a 1 com o Grêmio, no Olímpico, em 2 de dezembro, o pior foi inevitável: com dez vitórias, 14 empates e 14 derrotas (aproveitamento de 38,6%), o Timão não escapou da queda para a Série B do Brasileirão.

– Você pensa que é incapaz, insuficiente, que poderia ter feito melhor... Foi um sentimento de vergonha muito grande. Mas eu fiz o meu máximo. Tem coisas que precisavam acontecer para o clube mudar – disse o zagueiro Betão, capitão da equipe na campanha do Brasileirão.

Durante o Nacional, o clube foi comandado por Paulo César Carpegiani, o interino Zé Augusto e Nelsinho Baptista, técnico da queda. Um dos grandes erros foi a venda do meia Willian, o maior destaque do time, para o Shakhtar Donetsk (UCR), em agosto de 2007. Nem mesmo a chegada do ídolo Vampeta, fora de forma, pôde salvar uma queda anunciada.

Bate-Bola - Betão

Na campanha do rebaixamento, o Corinthians até liderou as primeiras rodadas...
Começamos bem, não faltava qualidade de grupo. Mas tem de se analisar a bagagem de cada jogador. Eram poucos que estavam preparados para suportar aquela pressão, lidar com a grandeza do clube, com a torcida de massa. Sofremos empates e derrotas no último minutos. Algumas coisas são inexplicáveis.

Você, apesar de jovem, era capitão e um dos mais cobrados pela torcida. Essa exposição atrapalhou você?
Alguns amigos até falavam para eu me esconder mais, evitar falar no momento ruim. Não sou assim. Não me escondia. Tinham outras pessoas no clube que poderiam fazer esse papel, mas não posso obrigar ninguém a fazer algo que não quer, não é?

Você se sentiu sozinho?
Não, eu poderia ter me esquivado. Outras pessoas poderiam ter colocado a cara a tapa, mas não posso exigir nada de ninguém. Tenho de fazer aquilo que acho certo.