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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

2002: Corinthians nas mãos do mestre Parreira

Ao longo de sua História quase centenária, apesar de grandes conquistas, o Corinthians sempre conviveu com crises e turbulências. Quase sempre, a “bucha” estourava no treinador. Em 2002, o carioca Carlos Alberto Parreira chegou ao clube paulista para acabar com esse estigma.

Mesmo sob o olhar desconfiado de muita gente, Parreira se encaixou muito bem no Corinthians. Implantou um sistema de jogo que valorizava extremamente a posse bola e ia ao ataque com muita prudência. Ao longo do trabalho, encontrou a formação ideal jogando com três atacantes: Leandro, Deivid e Gil. Este último também fazia parte de outro trio importante no time do Corinthians. Ao lado do lateral Kléber e do meia Ricardinho, formou o que Parreira classificou como o “melhor lado esquerdo do mundo”.

Com essa característica, o Corinthians conquistou o Torneio Rio-São Paulo e a Copa do Brasil.
O regional tinha outro formato, “turbinado” com 16 times, nove de São Paulo e sete do Rio. Na semifinal, a classificação veio ante o São Caetano. Já na decisão, um velho rival. No primeiro jogo, vitória sobre o São Paulo e um inesquecível drible de vaca de Gil no zagueiro Émerson. Na segunda partida, um empate e o título.

Apenas três dias depois, Parreira e o Corinthians comemoravam mais uma conquista. Após ter passado, novamente, pelo São Paulo na semifinal, o Timão bateu o Brasiliense, no Morumbi, e empatou no Distrito Federal. Era o segundo título de Carlos Alberto Parreira no clube paulista.

Mesmo perdendo peças fundamentais como Dida e Ricardinho, o Corinthians ainda conseguiu chegar à final do Campeonato Brasileiro. Na decisão, não conseguiu vencer o Santos de Diego e Robinho e o sonho da tríplice coroa não se realizou, por pouco.

Bate-Bola - Carlos Alberto Parreira - Em entrevista ao LANCENET!

‘Dirigir o Corinthians é como dirigir a Seleção’

LANCENET!: Por que se deu a decisão de aceitar trabalhar no Corinthians?
PARREIRA: Aceitei trabalhar no Corinthians porque, profissionalmente, seria muito bom. É um clube de massa, e quem trabalhou lá sabe que dirigir o Corinthians é como dirigir a Seleção Brasileira, pela responsabilidade.

LNET!: O time tinha um lado esquerdo forte, que o senhor classificou como o melhor do mundo.
P: E era mesmo. Não me lembro de ter visto um lado esquerdo melhor no mundo naquele momento. Futebol é momento, e naquele momento não havia trio (esquerdo) melhor do que Kléber, Gil e Ricardinho, que tinha qualidade, eficiência e inteligência. Não é fácil encontrar isso.

LNET!: O senhor se identificou muito com a torcida corintiana.
P: Com certeza. Até hoje, quando vou a São Paulo, sou muito bem tratado. Foi um período muito bom, tenho só boas lembranças.

LNET!: E a tranquilidade que o senhor conseguiu implantar no clube. Por que não houve crises?
P: Houve uma razão muito simples: não permitimos. Não perdemos dois jogos seguidos sequer. Era um ambiente de trabalho que dificilmente vou esquecer. Fui bem aceito pelo grupo, os jogadores eram bons profissionais. Eu não vou esquecer jamais. Era o tipo de trabalho que dá prazer de ir para o clube.