O gol de Dentinho fez o Morumbi balançar. E não apenas metaforicamente falando. Em medição feita pela IEME Brasil, empresa de engenharia consultiva especializada em análise dinâmica de estruturas que monitora o estádio desde 1996, a torcida corintiana fez vibração de 455 mm/s² (milímetros por segundo ao quadrado) no momento do gol do camisa 31 – contra 355 mm/s² no maior registro dos torcedores tricolores, no início do primeiro tempo.
– Até pelo resultado do jogo, é normal que o pico de vibração do jogo tenha sido entre os corintianos – afirmou Marco Juliani, engenheiro responsável pelo procedimento
Antes da partida, oito sensores foram instalados nos pilares de sustentação do Setor Laranja, onde estava parte da torcida do Sampa, e no Setor 9, onde ficaram os corintianos. Foi a primeira vez que o método foi usado como comparativo entre torcidas. Normalmente, a sua função é indicar se a vibração pode ou não ser danosa para o estádio.
–Esse pico atingido pela torcida do Corinthians é considerado dentro da normalidade. Não provoca nenhum dano para o estádio e está dentro das normas de segurança.
O estudo é feito corriqueiramente no estádio, alternando a localização dos sensores. Segundo Juliani, o mesmo processo é feito no Palestra Itália, Engenhão e Maracanã, mas sem a mesma frequência. Em caso de anormalidade, a administração do estádio é informada e toma medidas preventivas contra acidentes.
Neste último domingo, mesmo com presença muito menor no Morumbi, a torcida corintiana fez o estádio balançar com os gols de Elias e Dentinho.
