O Corinthians encara o São Paulo, neste domingo, no Morumbi, com objetivo de se credenciar como o mais forte dos candidatos ao título brasileiro, o quinto da história do clube. Há exatos cinco anos, o Timão vencia um outro clássico e fazia o mesmo na luta pelo tetracampeonato.
No dia 6 de novembro de 2005, diante de mais de 20 mil corintianos no Pacaembu, Carlitos Tevez e seus companheiros faziam História com a camisa do Timão, ao massacrar o Santos, pelo inimaginável e inesquecível placar de 7 a 1.
Um massacre que atormenta os torcedores santistas até hoje, principalmente, pela insistência dos corintianos de lembrarem daquela tarde ensolarada de domingo. Sempre que há um confronto entre os rivais, seja no Pacaembu ou na Vila Belmiro, os torcedores do Corinthians fazem questão de lembrá-los do placar, com faixas, cartazes e até bandeiras nas arquibancadas.
Na ocasião, alguns dos jogadores contratados pelo MSI tiveram seu momento mais mágico com a camisa alvinegra. Carlitos Tevez anotou três gols e ainda deu uma assistência para Rosinei. Nilmar fez outros dois (os dois primeiros dele pelo Corinthians no Pacaembu) e ainda acertou um chute no travessão de Saulo. Até Marcelo Mattos deixou o seu golzinho.
– Eu poderia ter feito até mais. Perdi algumas bolas ali na frente, mas está de bom tamanho – afirmou Nilmar após a partida, que foi uma espécie de coadjuvante de luxo de Tevez, maior ídolo da Fiel.
– Fizemos uma partida quase perfeita – completou Carlitos.
O outro lado
Totalmente desarrumado, o clube da Vila Belmiro não conseguiu acertar a marcação sobre os corintianos em nenhum momento. A dupla de zaga escalada por Nelsinho Baptista, aliás, colaborou para isso. Halisson perdeu a bola em dois gols do Corinthians, e Rogério foi expulso no início do segundo tempo.
Especulou-se que houve uma séria briga no intervalo, na qual Luizão teria sido um dos protagonistas. Falou-se muito também de um possível complô dos jogadores para que o treinador perdesse o emprego. Ninguém jamais confirmou...
As opiniões de quem estava no jogo:
Bruno Octávio
Volante do Timão
Aquela goleada marcou todo mundo. Na época, o Santos estava bem e, pelo fato de nossa equipe ter muitos jogadores jovens, a ansiedade era grande. Ainda mais que estávamos muito perto da conquista do título. Foi uma partida diferente, marcou todo mundo e ficará guardado na nossa memória para sempre, com certeza. Lembro da festa no vestiário, choveu copo de água para todo lado. Foi uma grande festa...
Luizão
Atacante doa lambaris
Para falar a verdade, eu nem gosto de ficar lembrando muito da minha passagem pelo Santos. Não pude jogar direito, não me dei bem lá, não me acrescentou nada. Eu nem penso nessa minha passagem e também nem penso muito naquele dia. Para falar a verdade, eu fui embora no intervalo. Depois que fui substituído, saí do estádio. O clube estava todo desorganizado na época, tudo errado mesmo!
