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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

quinta-feira, 6 de maio de 2010

R9: 'Eu tenho 33 anos, oito operações e dores'

Para aqueles torcedores que colocam culpa em Ronaldo e têm certeza de que houve falta de comprometimento dele em relação à forma física, o Fenômeno respondeu. E com desabafo. O camisa 9 do Timão rechaçou qualquer tipo de acusação nesse sentido e, visivelmente emocionado no momento da resposta, lembrou de suas limitações físicas nos últimos anos da carreira.

- É muito fácil falar de comprometimento, é fácil a pessoa do lado de fora fazer julgamentos. Vocês (Jornalistas) não devem saber, mas eu tenho 33 anos, fiz oito operações no meu corpo, tenho muitas dores, enfim, e eu tenho de ouvir esse tipo de pergunta, sobre comprometimento. Enfim, o povo está comigo, o corintiano está comigo, é isso - desabafou o Fenômeno.
Ronaldo revelou que teve uma conversa com o preparador fisico Walmir Cruz na última semana e, segundo as estatísticas da comissão técnica, ele foi um dos jogadores que mais treinaram na temporada.

- Eu estava vendo essa semana com o Walmir, eu estou entre os dez que mais treinaram esse ano, uma das maiores cargas horárias. Esses dados não são passados porque o torcedor não quer saber isso, o torcedor quer saber de futebol jogdo, vitórias, derrotas - lembrou.

Apesar das dificuldades que o término da carreira traz a ele, Ronaldo garantiu que não tem a mínima intenção de parar de jogar neste momento. Nem mesmo as ironias que parte da imprensa faz no dia-a-dia muda sua opinião. O camisa 9 do Timão pediu ainda que haja um tratamento mais adequado aos ídolos brasileiros, e ainda citou os EUA.

- É claro que a cobrança é válida, é motivadora, mas o que eu vejo é uma parte da imprensa é uma cobrança muito pessoal, envolve coisas pessoais, não é justo comigo nem com ninguém. Eu não concordo quando vejo críticas ou matéria sobre minha vida pessoal, acho isso tudo muito ultrapassado. As coisas deveriam ser mais técnicas, mas entendo também como dentro do futebol existem profissões que não são capacitados, na imprensa também há pessoas assim - afirmou.

- Nós estamos muito atrasados. Nosso comportamento, até mesmo a chacotas, podem ser engraçadas mas são muito ofensivas. Eu tenho uma admiração grande com os EUA porque o ídolo é um ídolo mesmo, ele chega a ser quase intocável. As pessoas falam do Jordan como Deus na Terra. Não pretendo isso no Brasil, mas o respeito pela carreira do atleta precisa ter. A carreira de um atleta é sofrida, você joga 70 vezes no ano, treina todos os dias, enquanto seus amigos têm fim de semana, você está jogando, treinando. São 18 anos que eu não sei o que é um final de semana prolongado. Depois que consegue uma situação financeira boa, o dinheiro fica em segundo plano. Vôce pensa no sonho de criança, que era jogar futebol. Precisa ter o respeito com a História do cidadão - finalizou o desabafo.