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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ausência da TV afasta Séries C e D da elite

A falta de receitas da TV é apontada pelos clubes das Séries C e D como principal motivo para a enorme dificuldade em retornar à elite do futebol brasileiro. Hoje, apenas as duas principais divisões do país envolvem negociação de direitos de transmissão – o que aumenta cada vez mais a distância financeira para as secundárias.

O Juventude, por exemplo, faturou R$ 800 mil da TV este ano, referentes à curta campanha no Campeonato Gaúcho. Em 2009, a Série B impulsionou as receitas de direitos de transmissão do clube, que chegou a R$ 1,7 milhão – 125% a mais do que o valor desta temporada.

Para 2011, a perspectiva é a mesma, já que, em princípio, não haverá televisionamento da Série D. O Juventude, no entanto, promete esforços para mudar o quadro. O presidente Milton Luiz Scola se oferece desde já para representar os clubes na negociação com a CBF para venda dos direitos de transmissão.

– Não tenho nada formalizado ainda, mas depois de ter passado por essa experiência, alguma coisa nós vamos fazer. Foi algo muito doloroso – afirmou o dirigente.

'A TV tem de estar nas Séries C e D'
O principal motivo para a queda de receitas nas Séries C e D é a perda de ganhos com a TV. Se houvesse transmissão, a CBF poderia fechar uma parceria com o mercado publicitário. A saída seria a criação de planos comerciais regionais, que se encaixariam melhor na realidade dos clubes menores, sem tanta expressão nacional. Na Série C, poderia render algo em torno de R$ 500 mil; na D, cerca de R$ 150 mil.
A própria CBF, no entanto, não toma o assunto como prioridade. A entidade já foi consultada sobre a possibilidade de negociar os direitos das Séries C e D, mas, até o momento, não há qualquer definição para a próxima temporada.

Ajuda?
Outro caminho seria a intervenção do Clubes dos 13, responsável por negociar os contratos de TV de 20 clubes brasileiros – 16 da Série A e outros quatro da Segundona. A proposta da entidade é se tornar uma liga de maior representatividade nacional. Porém, a prioridade atual é sua reorganização interna.

O mais recente contrato de TV assinado pelo C13 garantiu R$ 1,4 bilhão aos seus associados pelo triênio de 2009 a 2011.