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Rodrigo Freitas - rodrigo_adefreitas@hotmail.com

segunda-feira, 6 de junho de 2011

River Plate bom é o genérico, bicampeão em Sergipe



O River Plate acaba de conquistar mais um título. Mas a comemoração está longe de ser em Buenos Aires. É que, ao contrário do centenário time argentino, quem está honrando o nome ultimamente é o genérico do Sergipe. O River Plate brazuca faturou no domingo passado o bi sergipano. Enquanto isso, o hermano respira por aparelhos no Campeonato Argentino e está à beira do rebaixamento inédito.

A ascensão do time da pequena cidade de Carmópolis – que fica a 40 km da capital Aracaju – começou em 2008, ano em que a diretoria do então São Cristóvão se inspirou no campeão do “Torneo Clausura”, mudou de nome, uniforme e destino.

– A ideia veio mesmo do River argentino. Tinha um Boca Junior (sem o "S") aqui no Sergipe e queríamos ganhar projeção imitando o clássico dos hermanos. Deu tão certo que até o Boca sergipano saiu de circulação e está querendo voltar para jogar a Série B do Estadual. Mudamos de nome e parece que a sorte deles veio para cá – brincou o presidente Ernando Rodrigues, que também revelou planos para um amistoso entre os rivais.

Ele tem razão, já que 2008 foi o ano do último título do River da Argentina e curiosamente 2009 foi o primeiro do River brasileiro (a Segundona sergipana). De lá para cá, os "Millonarios" argentinos colecionaram fracassos e o “River do Carmo” ganhou projeção nacional: conseguiu até vencer o jogo de ida contra o Botafogo na Copa do Brasil-2011.

Monumental de Núñez? Que nada. Um outro alçapão ajudou a deixar o River Plate bem caliente para as competições deste ano.

– Nosso estádio, Fernando França, que é uma espécie de La Bombonera – disse Ernando, fazendo uma blasfêmia com o homônimo ao relembrar o estádio do Boca.

Com vagas na Série D e na Copa do Brasil-2012 garantidas, o River (SE) sonha em fazer o trecho do hino do clube se tornar real: “És Sergipano e vai vencer no mundo inteiro”. Quem sabe até na Argentina.

Com a palavra
Ernando Rodrigues, Presidente do River Plate (SE)
Queremos ir bem na Série D e Copa do Brasil

River tomou conta do futebol sergipano com uma ascensão incrível nos últimos três anos. Mas queremos que a projeção do time aumente com boas atuações nas competições nacionais. Neste ano, já incomodamos o Botafogo na Copa do Brasil. Agora vamos nos preparar para ir bem na Série D. Formamos uma base nesses últimos anos e o técnico Ailton Silva está fazendo um ótimo trabalho. Somos bons pagadores e vamos em busca de reforços.

Argentina: River com a corda no pescoço

Há cinco rodadas sem vencer, a situação do River Plate é dramática na Argentina. No último domingo, o torcedor compareceu ao Monumental, incentivou, roeu as unhas... Mas no fim, empate frustrante por 1 a 1 com o Colón.

A duas rodadas do final do Argentino, o resultado fez com que os Milionários não dependem somente de suas forças. Ou seja, precisam vencer Estudiantes (fora) e Lanús (casa) e ainda rezar para que Olimpo, Arsenal e Tigre não somem pontos, sendo que o primeiro enfrenta o desinteressado e rebaixado Quilmes e o segundo tem de ser derrotado em pelo menos uma das duas partidas.

Como o rebaixamento é definido pela média das três últimas temporadas, o River, mesmo uma posição fora da Promoção (confronto que define a permanência na elite) corre risco. Desesperados, dirigentes fazem contas e torcem para que o tradicional clube não manche sua história.