Roberto Rivellino, sem dúvida, é um dos maiores ídolos da História do Corinthians. Mas seu sucesso se deve também ao companheiro Tião. Quase sempre coadjuvante, o volante era o responsável por segurar as contas dentro de campo.
Sebastião Carmo Silva iniciou a carreira em 1968, no próprio Timão. Falar de Rivellino sem mencionar Tião é quase impossível. Foram quase sete anos atuando juntos.
– Ele era segundo volante. Além de marcar com qualidade, o Tião era muito técnico, tocava bem a bola. Foi um prazer jogar com ele, foi muito importante, fizemos uma dupla boa. Era ele que segura a bronca (risos) – elogiou Rivellino.
No dia 11 de maio de 1968, contra o Palmeiras, Tião, o Santo Protetor, estreou com a camisa corintiana. Coincidentemente, ele substituiu Rivellino na etapa final. O clássico terminou empatado em 2 a 2.
Três anos depois, no dia 25 de abril, pelo Paulistão, o arquirrival voltou a fazer parte da trajetória dele. Apelidado como “O jogo da sua vida”, o volante marcou um gols da vitória corintiana por 4 a 3.
A estreia e o triunfo histórico diante do Palmeiras não foram suficientes para Tião. Ele queria mais contra sua vítima favorita. Em março de 1973, além do Carnaval, a Fiel comemorou o título Laudo Natel, torneio disputado apenas pelos grandes do Estado. Vitória por 2 a 1, com gols de Rivellino e Lance.
Ao todo, Tião realizou 363 jogos pelo Corinthians. Deixou o clube em 1977, apenas oito meses antes da quebra do jejum de títulos.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2x1 PALMEIRAS
TAÇA LAUDO NATEL
DATA: 3/3/1973
ESTÁDIO: Morumbi, São Paulo (SP)
GOLS: 7’ 1ºT> Mílton, 37’ 1ºT> Rivellino e 39’ 2ºT> Lance
CORINTHIANS: Ado, Zé Maria, Vágner, Luís Carlos e Miranda; Tião e Rivellino, Vaguinho, Lance, Mirandinha (Adãozinho) e Marco Antônio (Suingue). T: Duque
PALMEIRAS: Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha (Madurga), Mílton e Nei.
T: Oswaldo Brandão