Sempre que há algum questionamento sobre a quantidade de torcedores dos clubes brasileiros, diretores do São Paulo apontam para o objetivo de o clube tornar-se no futuro o detentor da maior torcida do país. Na tarde desta sexta-feira, Luís Paulo Rosenberg ironizou.
Em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, o diretor de marketing corintiano afirmou que a torcida rival se faz presente apenas nos momentos decisivos.
- O São Paulo merece uma torcida grande e fiel. Mas é duro você produzir no marketing uma torcida de finalistas. Afinal, transborda gente no panetone, nos outros jogos não vai ninguém - afirmou o dirigente, aproveitando para ironizar o estádio Morumbi.
- Quem tem a melhor torcida do país não tem de se preocupar muito com o tamanho - completou.
O dirigente corintiano ainda alfinetou outro rival, o Santos, e disse que é mais fácil trabalhar no clube do Parque São Jorge, pela demanda dos aficionados, do que no rival da Baixada Santista.
- Ser diretor de marketing do Corinthians é fácil. Difícil é ser diretor de um clube que joga a Libertadores em casa e tem público de oito mil pagantes - declarou em tom sarcástico sobre o confronto do rival com o Cerro Porteño (PAR), na Vila Belmiro, que teve pouco mais de seis mil pagantes.
Se zombar o Peixe é uma novidade, a troca de farpas e ironias tornou-se marca registrada entre são-paulinos e corintianos nos últimos anos. Recentemente, após uma vitória, o site oficial do Corinthians perguntou: "CPF na nota?", em alusão à sequência de triunfos. Depois, foi a vez da página virtual do São Paulo retrucar: "Troco para 100?", comemorando o centésimo gol de Rogério Ceni.
O goleiro tricolor, aliás, aproveitou para ironizar o Corinthians dias depois. Na apresentação de Luis Fabiano, o ídolo do Sampa enalteceu o Morumbi desdenhando da falta de um estádio próprio do Timão.