A experiência é a base do sucesso, podem dizer alguns estudiosos do futebol. Mas a História mostra que nem sempre é escrita desta maneira. Em 1988, a conquista do título do Campeonato Paulista diante do favorito Guarani, consagrou um time formado por garotos revelados no Corinthians.
Além da glória estadual na temporada, o clube – que já tinha o zagueiro Marcelo, o volante Márcio e o atacante Marcos Roberto como destaques das categorias de base – também viu o nascimento de dois de seus ídolos de toda sua História: Ronaldo e Viola.
O primeiro, titular por dez anos, foi o goleiro recordista de partidas pelo clube (602). Estreou em jogo oficial com apenas 20 anos, em clássico contra o São Paulo, substituindo o veterano Carlos, e pegou até pênalti.
– Legal foi a visão de Jair Pereira, nosso técnico na época. Ele facilitou nossa subida e gostava de trabalhar com a molecada, que se esforçava – lembra Ronaldo.
Após o bom início, Ronaldo viveu ainda grandes momentos no Corinthians. Foi campeão brasileiro (90), da Copa do Brasil (95) e paulista (além de 88, em 95 e 97).
– A determinação e a garra vinham em saber que tinha uma nação torcendo por nós. Até amistoso era uma guerra para mim.
O Viola é um terror
Outro jovem que foi fundamental para a conquista daquele Paulistão e escreveu seu nome na História foi Viola. Titular inesperado na final, marcou o gol que deu o título ao Timão na prorrogação.
Foi emprestado para pequenos clubes e não pôde ser campeão brasileiro em 90. Mas quando voltou, tornou-se um artilheiro implacável, fundamental na conquista da Copa do Brasil de 95. Um ano antes, havia defendido a Seleção Brasileira na Copa do Mundo dos EUA e sagrando-se campeão.